Com receitas reconfortantes, Padoca do Maní fisga paladar pela memória

MELHOR PADARIA - JÚRI

Não é a inventividade de seu irmão nove anos mais velho, o premiado Maní, que surpreende quem chega à Padoca do Maní, aberta no início de 2015 e consagrada neste ano como a melhor padaria de São Paulo.

No pequeno espaço para 30 pessoas, na mesma rua Joaquim Antunes que abriga duas das três outras casas do grupo, é a memória que fisga o paladar.

Que o irmão mais novo tenha alma mais velha e caseira que o primogênito genial não é demérito, sobretudo em se tratando de padaria. O brasileiro —e o paulistano, em especial— que passa um longo tempo longe delas sabe como fazem falta, com seus pães na chapa, pingados e bolos sem firula.

Surgida do que os sócios dizem ser o desejo de trazer à mesa coisas mais caseiras, muitas vezes com gosto de cozinha de avó no interior (gaúcho, como é o caso da chef Helena Rizzo e das sócias Giovanna Baggio e Fernanda Lima; catalão, no do chef Daniel Redondo), a proposta foi feliz em seu encontro de cucas e tortillas com o pão quente de cada dia, produzido sob o comando competente da padeira Papoula Ribeiro.

A proposta de comida saudável do grupo persiste, com um e outro toque de ousadia, como na tostada de avocado. Em geral, porém, o norte é o conforto.

O esmero vai da decoração às fornadas pequenas que mantêm tudo sempre fresco. Mas o despojamento do ambiente e dos pratos, seu apelo à familiaridade, contrasta, intencionalmente, com a imagem feita de restaurantes estrelados.

Os preços estão na faixa dos das grandes padarias, com o brunch a R$ 44, com seis itens, e o brioche de milho a R$ 3. A experiência é melhor se evitados os horários de pico (entre 10h e 13h) aos fins de semana.

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PADOCA DO MANÍ
R. Joaquim Antunes, 138, Pinheiros, região oeste, tel. 2579-2410.

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