Nos últimos meses, a chegada ao Poupatempo passou a lembrar a entrada de um aeroporto: totens de autoatendimento, semelhantes aos de check-in, são usados para agilizar e agendar os procedimentos. Nesses equipamentos laranjas, com tela sensível ao toque, já é possível solicitar, por exemplo, a renovação de carteira de habilitação —na máquina há um leitor de cartões bancários, e o usuário paga a taxa ali mesmo.
"No futuro, essas máquinas poderão realizar mais serviços e serem instaladas também fora do Poupatempo, como em shoppings e em supermercados", planeja Ilídio Machado, diretor de Serviços ao Cidadão da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo) e responsável pela gestão do programa, que tem seis de suas 72 unidades na capital.
Em 2017, o Poupatempo completa 20 anos e, pela terceira vez, foi eleito o melhor serviço público da cidade, com 11% (não souberam opinar ou não lembraram de um exemplo 32% dos entrevistados).
Os números, no entanto, vêm caindo. Em 2015, o programa foi escolhido por 20%. Em 2016, o total chegava a 13%.
Os totens não são a única novidade digital da rede, que passou a oferecer um programa que conversa com os cidadãos via chat no seu próprio site ou por meio do Facebook. Criada pela start-up brasileira Nama.ai, a ferramenta, que ganhou o simpático nome de Poupinha, tira dúvidas e agenda atendimentos. Desde dezembro, já trocou 10 milhões de mensagens.
"Muita gente acha que está falando com uma pessoa de verdade e termina a conversa com um 'Deus te abençoe", diz Machado.
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Poupatempo
Fundação: 1997
Unidades: 72 (seis delas na capital paulista)
poupatempo.sp.gov.br
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Ilídio Machado, diretor de Serviços ao Cidadão da Prodesp e responsável pela gestão do Poupatempo
Há algum novo serviço em destaque?
Fizemos parceria com o Ministério Público para auxiliar pessoas a incluírem o nome do pai nos documentos. O Poupatempo oferece um balcão ao qual o filho, se for adulto, ou a mãe, levam as informações. A partir daí, a promotoria vai procurar o pai. Caso ele não reconheça, o Ministério Público dá sequência e pode, inclusive, fazer teste de DNA sem custo para os envolvidos.