2018 evangélico: voto e respeito

Crédito: Divulgação O pastor Robson Lemos Rodovalho, criador da igreja evangélica Sara Nossa Terra, retoma em livro sua visão da ciência, que trocou pela religião. (Foto: Divulgação) ***DIREITOS RESERVADOS. NÃO PUBLICAR SEM AUTORIZAÇÃO DO DETENTOR DOS DIREITOS AUTORAIS E DE IMAGEM***
O pastor Robson Lemos Rodovalho, criador da igreja evangélica Sara Nossa Terra

"Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus." (Filipenses 3:13,14)

Vivas e bênçãos! Aos homens de boa vontade, um 2018 de saúde e paz; força ante os desafios e fartas colheitas de tudo o que semeamos na difícil travessia de 2017.

Começo esta mensagem com uma passagem bíblica, para reavivar a fé dos que creem no Senhor e/ou como reflexão dos que seguem outros caminhos. Viver é creditar e buscar seus objetivos, realizar projetos que nasceram de sonhos. Construir sabedoria para recuos estratégicos, mas nunca duvidar da vitória —ainda que pareça impossível.

Nós, evangélicos, que hoje somos quase um terço dos 200 milhões de brasileiros, chegamos ao novo ano com o projeto ambicioso de contaminar a nação inteira com essa vontade de viver.

Ao celebrar os 500 anos da Reforma em 2017, renovamos a certeza de que o caminho que escolhemos, iniciado com Martinho Lutero (1483-1546), nos faz existir pela fé e conscientes de que temos direitos e deveres na sociedade —sempre guiados pelos ensinamentos inscritos na Bíblia.

Vamos trabalhar muito para a renovação do Brasil em 2018, ano em que teremos a chance de escolher, democraticamente pelo voto, competências, projetos e lideranças que queremos para nosso país. De uma só vez, vamos votar para presidente, governadores, deputados federais e estaduais e 54 senadores.

Nós, evangélicos, trabalharemos para conquistar, nos Poderes instituídos, representação proporcional à nossa presença na sociedade. Queremos ampliar nossa bancada federal e nos Estados. No Executivo também, e por que não falar da Presidência da República?

Como todos os cidadãos, queremos uma administração pública limpa, voltada para servir à população, a partir de um desenvolvimento econômico sólido e capaz de aproximar vidas hoje tão distantes, separadas entre fartura e miséria.

Importante registrar que nossas bandeiras continuam as mesmas nas eleições. Defendemos valores e princípios históricos, com a determinação de sempre: preservação da vida e da família. No debate democrático, respeitamos diferenças. Na fé, acolhemos diferentes que buscam amor em nossas igrejas. Então, por que há tanta raiva e violência ao defendermos nossos valores?

Nas eleições vemos um maior interesse de segmentos da sociedade e principalmente da mídia pelos evangélicos. A história mostra que o que se busca é um flagrante, de repente um pastor que, no meio do culto, pede votos ou doações para A ou B.

Enfrentamos a certeza, velada e preconceituosa, de que igrejas evangélicas bancam partidos e candidatos, o que é ilegal. Em matemática pura: o poder evangélico está nos votos que representamos.

Terão o voto evangélico candidatos comprometidos com nossas bandeiras. É importante lembrar que pastores são cidadãos, votam e têm direito de conversar, com quem quer que seja, sobre candidatos, partidos e seus projetos. Falar de política, sim, mas sabem que sua liderança é espiritual, não eleitoral, e que a igreja é um lugar sagrado, de oração, não de votação.

Respeito da sociedade às nossas posições e compromisso dos homens públicos com nossos valores. Eis o nosso 2018.

No espírito de Lutero, termino também com uma passagem bíblica: "Nós, porém, não somos dos que retrocedem e são destruídos, mas dos que creem e são salvos." (Hebreus 10:39)

ROBSON RODOVALHO, doutor em física quântica e espiritualidade pela Universidade Cristã da Flórida, é bispo presidente da Igreja Evangélica Sara Nossa Terra e da Confederação dos Conselhos de Pastores do Brasil

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