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Secretaria da Segurança Pública de SP contesta reportagem
A reportagem "Nova prova pode mudar investigação sobre mortes de PMs" ("Cotidiano", 20/8) é um show de jornalismo ao avesso. Ao contrário do que sugere o texto do "outro lado", a Secretaria da Segurança Pública (SSP), lamentavelmente, nunca teve a oportunidade de se manifestar, simplesmente porque o repórter André Caramante omitiu, em seus pedidos de entrevista, o fato que seria objeto da reportagem.
Caramante, em momento algum, explicitou as acusações que deveriam ser esclarecidas pela SSP ou pela PM. Como poderia haver resposta se não houve pergunta? Por uma estranha coincidência, o jornalista Josmar Jozino, do "Agora", jornal do Grupo Folha, solicitou posicionamento da SSP sobre o mencionado vídeo. Fez perguntas claras e recebeu uma resposta objetiva: o caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil, e pela Corregedoria da PM.
Na Folha da última segunda, revelou-se que o texto de Caramante tratava do mesmo assunto. E o jornal "Agora", o que fez? Mesmo tendo em mãos a resposta da SSP, optou por reproduzir a reportagem da Folha, sem o "outro lado". O "Manual da Redação" foi desrespeitado do início ao fim.
Vale dizer que a filmagem, obtida de uma câmera da concessionária da rodovia Ayrton Senna, não é nova e é do conhecimento do Ministério Público e da Justiça Militar desde o mês passado. O Ministério Público denunciou e processou judicialmente o policial militar Anderson Roberto por concussão e tentativa de homicídio, fato ignorado pela reportagem da Folha.
LUCAS TAVARES, coordenador de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (São Paulo, SP)
RESPOSTA DO JORNALISTA ANDRÉ CARAMANTE - A Folha enviou três e-mails, entre os dias 16 e 17, pedindo para ouvir algum representante da Segurança Pública sobre o caso. Na noite do dia 17, o missivista, em conversa gravada, afirmou que a "Segurança Pública havia chegado a um consenso de que só iria se manifestar sobre o caso após a publicação da reportagem". Se tivesse lido o texto com atenção, o missivista não afirmaria que "a reportagem não registrou que o PM Anderson dos Santos está preso por concussão e homicídio". Tal informação está no texto.
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