Leitores criticam soltura de Henrique Pizzolato pela Justiça italiana
Menos de 48 horas após a proclamação da vitória da candidata Dilma, as Justiças do Brasil e da Itália nos brindam, respectivamente, com a determinação do cumprimento do restante da pena de José Dirceu em regime aberto e da soltura de Henrique Pizzolato. Pronto, podem se servir: meia portuguesa, meia napolitana.
CARLOS CARMELO BALARÓ (São Paulo, SP)
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Não sei porque o Pizzolato deveria continuar preso na Itália. Também não entendi a indignação das autoridades brasileiras, visto que apenas o sr. Marcos Valério –aliás, o único que não fez parte da alta cúpula do PT–, continua atrás das grades. Os demais mensaleiros condenados estão praticamente soltos.
MARISA BODENSTORFER (Lenting, Alemanha)
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É estarrecedor que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não admita que a negativa da extradição de Pizzolato seja retaliação da Itália ao governo brasileiro, que concedeu asilo político a Cesare Battisti. Pior é reconhecer que o único obstáculo à extradição seja o sistema carcerário brasileiro, criticado na decisão da italiana. Quer dizer: os estrangeiros têm mais autoridade para avaliar as condições do nosso sistema prisional.
SHARLON SCHMIDT RENZI (Brusque, SC)
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Pizzolato fica livre na Itália e vai poder curtir os apartamentos que comprou no litoral da Espanha, evidentemente com as economias dos seus tempos de sindicalista. Dirceu cumprirá pena em casa, o mesmo acontecendo com José Genoino, Delúbio Soares, Bispo Rodrigues e Jacinto Lamas. Isso é que é Justiça rigorosa! Acho que o crime não compensa mesmo. Será?
LAERCIO A. C. NEVES (Ribeirão Preto, SP)
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A Itália seguiu o princípio da reciprocidade com o Brasil. Cesare Battisti não foi extraditado do Brasil para a Itália. Henrique Pizzolato não foi extraditado da Itália para o Brasil. Razões políticas são mais importantes do que razões jurídicas, pois não há relevância alguma na diplomacia entre os dois países.
LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)
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É evidente que a negativa da extradição de Pizzolato tem a ver com o caso Cesare Battisti. A justificativa da Justiça italiana sobre a situação das prisões brasileiras é conversa mole, pois todos os presos do mensalão (aliás, praticamente soltos) gozam de perfeita saúde física e mental.
LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)
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