Movimento de professores foi oportunista, diz leitor sobre greve
Será que a Apeoesp acredita que a população vai cair na conversa de 75% de aumento? O salário dos professores merece ser dobrado, triplicado. No entanto, a forma como foi iniciado esse movimento se mostrou oportunista de saída. Foi-se o tempo em que profissionais serviam de massa de manobra para sindicato ligado a partido. Os professores merecem e exigem respeito.
VICTOR SIQUEIRA CASSIANO DALTIN (Catanduva, SP)
Marlene Bergamo-20.mar.2015/Folhapress | ||
Professores fazem assembleia e decidem manter grave |
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A Folha condena o movimento grevista como sendo orquestração da Apeoesp, admite que os professores ganham mal, mas vende a ideia do bônus como sendo razoável. Estou em greve porque não aceito 0% em 2015 —o acordo de reposição terminou em 2014. Esse decreto aprofunda a diferença entre um professor e profissionais com o ensino superior. 75% são perdas históricas, mas defender isso como sendo um ponto de inflexão me passa a ideia de confusão.
NELSON BAPTISTA GONÇALVES JUNIOR (Limeira, SP)
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A luta dos professores por reconhecimento profissional e melhores condições de trabalho merece todo o nosso respeito e apoio. Mas há a tentativa sórdida do sindicato de usá-los como massa de manobra para desgastar o governo estadual e tentar equilibrar o pêndulo da popularidade da presidente e do PT.
VICTOR HUGO PANCHAMEL (Itapevi, SP)
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O editorial "Deseducação pela greve" é agressivo e demonstra posicionamento político contra os professores. A Apeosp não é satélite da CUT e do PT. Nosso sindicato é legítimo e representa 188 mil professores. Não estamos fustigando o governo. Exercemos o direito de greve para melhorar salários e condições de trabalho. Devemos nos conformar com nossos baixos salários? Lutamos por um plano de composição salarial para a equiparação com categorias com formação de nível superior, conforme determina lei nacional. Há tempos pedimos negociação. A intransigência é do governo.
MARIA IZABEL AZEVEDO NORONHA, presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) (São Paulo, SP)
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Sobre as cartas de Maria Izabel Noronha e Marcelo Domingues, a Secretaria da Educação afirma que o índice de 96% de comparecimento na última semana e de 2,5% de faltas na segunda-feira são baseados nos cadastros oficiais, não em estimativas aleatórias. Para a gestão, o direito à manifestação de um dos sindicatos não pode impedir os alunos de irem à escola nem incentivar que os mesmos faltem. São 45% de aumento acumulativo em quatro anos e uma política de benefícios que só este ano pagará mais de R$ 1 bilhão em bônus por mérito. O que vemos é uma rede comprometida com o ensino.
RONALDO TENÓRIO, assessor de imprensa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
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