Leitores lamentam desabamento de ciclovia no Rio e pedem providências
Felipe Dana/Associated Press | ||
Corpos de vítimas do desabamento de ciclovia no Rio são estendidos na areia da praia de São Conrado |
O desabamento parcial da ciclovia Tim Maia no Rio de Janeiro é a nota trágica para mais um equipamento urbano concebido de maneira incompleta e rudimentar. Nossas cidades merecem obras públicas bem solucionadas e eficientes, cuja tecnologia e beleza plástica justificassem os milhões de reais investidos e nas quais, sobretudo, não fosse possível morrer em um prosaico passeio de final de semana.
MARCOS BERTOLDI, arquiteto (Curitiba, PR)
*
Como eram fixadas as placas do piso da ciclovia Tim Maia? Quem projetou essa fixação? Esse é o real evento novo, sr. Pedro Paulo Teixeira, que precisa ser muito bem esclarecido.
PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO (São Paulo, SP)
*
À mesa para o café da manhã, eu me deparo com duas fotos chocantes. A primeira mostra o desabamento de uma ciclovia de R$ 45 milhões recém-inaugurada no Rio de Janeiro. A outra, pasmem, mostra um jogo de futebol na praia ao lado de dois corpos de vitimas do desabamento. A minha mulher acha que o jogo continuou porque já nos acostumamos com essa rotina. Será?
ROBERTO MAURO BATISTA GOMES (São Paulo, SP)
*
Sou leitora assídua da Folha e nunca vi uma foto de capa de tamanho mau gosto. Os dois corpos na areia descobertos, rodeados pela indiferença de jovens jogando bola, pessoas passando e adolescentes brincando, contribuíram para trazer ao leitor um ingrediente revoltante a respeito da tragédia. Hoje compreendo o real significado da banalização da morte.
SUELI GOMES GONCALVES (Santos, SP)
*
A foto da primeira página mostrando os corpos de dois indivíduos prostrados na areia foi estarrecedora para mim. Quanto descaso, quanta indiferença, quanto desrespeito! Mas podemos dizer que esse é o retrato do nosso país, em que dois cidadãos saem numa manhã para dar umas pedaladas e são surpreendidos pela incompetência criminosa de nossos gestores. Como se não bastasse, são tratados como um monte de carne.
MARCELO ROSA DE REZENDE (São Paulo, SP)
*
Inaugurada festivamente em janeiro e com o custo de R$ 44,7 milhões, caiu a ciclovia Tim Maia. Mais uma tragédia para a extensa lista de obras mal feitas que, em vez de beneficiarem a população, a afetam da pior maneira.
RONALDO GOMES FERRAZ (Rio de Janeiro, RJ)
*
Historicamente, o mar em ressaca assola o paredão rochoso. Uma estrutura no local deveria ser muito ponderada pelas autoridades e pela engenharia. Já vimos esse filme. Dizem que vão criar uma comissão para apurar os fatos e punir os responsáveis. Acho perda de tempo. Claro que o culpado é o rei dos mares, Poseidon.
MÁRCIO MOURÃO (Rio de Janeiro, RJ)
*
A queda da ciclovia no Rio mostra os problemas básicos do país. Há falta de informação, de planejamento e de gestão pública. A estrutura da ciclovia foi projetada sem levar em consideração a força das ondas do mar.
LUIZ ROBERTO JR. (Campinas, SP)
*
PARTICIPAÇÃO
Os leitores podem colaborar com o conteúdo da Folha enviando notícias, fotos e vídeos (de acontecimentos ou comentários) que sejam relevantes no Brasil e no mundo. Para isso, basta acessar Envie sua Notícia ou enviar mensagem para leitor@grupofolha.com.br
Livraria da Folha
- Coleção "Cinema Policial" reúne quatro filmes de grandes diretores
- Sociólogo discute transformações do século 21 em "A Era do Imprevisto"
- Livro de escritora russa compila contos de fada assustadores; leia trecho
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade