Câmara foi irresponsável ao lidar com dívida dos Estados, diz leitor
DÍVIDA DOS ESTADOS
A Câmara dos Deputados agiu irresponsavelmente ao postergar a dívida dos Estados sem que haja contrapartida séria que reverta ou amenize a crítica situação financeira em que se encontram. Agindo assim, os deputados só agravam o problema, herança maldita a ser administrada a partir de 2019 pelos próximos governadores.
HUMBERTO S. SOARES (Vila Velha, ES)
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A PEC que limita os gastos públicos por 20 anos já foi aprovada. Agora, a renegociação das dívidas dos Estados passa pela Câmara dos Deputados sem que seja exigido dos governadores que levem ao equilíbrio as contas públicas. Quer dizer, os pobres e desassistidos vão continuar pobres e desassistidos para sempre, enquanto a minoria privilegiada vai dando o seu jeitinho.
JOSÉ DIEGUEZ (São Carlos, SP)
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OPERAÇÃO LAVA JATO
Antes, roubava-se e ficava por isso mesmo. Hoje, o país parece querer atingir, ainda que primitivamente, um grau de transparência de países mais evoluídos e honestos com a população. A imprensa, tão atacada, faz bem o seu papel, ao nos mostrar a sujeira que assola o país. Espero que possamos continuar a receber as notícias de gatunos que desabonam e menosprezam nossa inteligência. Avante, Lava Jato.
CREUSA COLAÇO MONTE ALEGRE (São Paulo, SP)
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Não sei se sou o pior cego, mas também não consigo enxergar as tais provas que o leitor Abdias Ferreira Filho diz existirem contra o ex-presidente Lula. Aliás, pelo jeito, nem eu nem o juiz Sergio Moro, incapaz de arrancar até agora algo concreto das dezenas de testemunhas de acusações mal-ajambradas. O problema não é de quem não vê, é de quem vê demais.
MÁRCIO FONSECA (São Paulo, SP)
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ABORTO
Dizer que há cerca de meio milhão de abortos clandestinos no Brasil, sem citar a pesquisa e onde foi realizada, é repugnante. Consenso internacional sobre a tutela jurídica do feto ir aumentando à medida que avança a gestação? Que consenso? De quem? Ao articulista Daniel Sarmento manifesto meu protesto e considero que a única diferença entre um aborto e um homicídio é o momento da execução.
LUIZ MÁRIO G. P. PARAÍSO (Florianópolis, SC)
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Em seu artigo sobre aborto, Daniel Sarmento faz colocações das quais não posso discordar. Contudo, no que concerne à decisão do STF, favorável ao aborto no primeiro trimestre da gravidez, há uma inequívoca usurpação de Poderes por parte do tribunal. Legislar é competência constitucional do Legislativo, e o STF vem, com lamentável frequência, usando de forma inadequada tal função.
ISNALDO PIEDADE DE FARIA (Brasília, DF)
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COLUNISTAS
Diferentemente do que afirma Janio de Freitas em "A reação no seu lugar", Otávio Azevedo não acusou a presidente Dilma e protegeu o senador Aécio Neves. Desde o depoimento prestado na PGR, Otávio informou que não havia propina na campanha de Dilma advinda da Andrade Gutierrez. A mudança no seu depoimento perante o TSE ocorreu em razão de uma análise de prestações de contas dos partidos que se mostrou equivocada, e não em razão de um fato do qual ele teria conhecimento direto. Ao contrário do que também afirma o colunista, os encontros com Edinho Silva realmente aconteceram, fato que o próprio ex-ministro já admitiu. O ocorrido já foi esclarecido e documentos foram apresentados ao TSE e ao MPF. A Justiça Federal, em sentença transitada em julgado, considerou que a colaboração de Otávio é efetiva e cumpriu todos os termos acordados.
JULIANO BREDA, advogado de Otávio Azevedo (São Paulo, SP)
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UBATUBA
Sobre "Plano permite casa e comércio em área de mata atlântica de Ubatuba", cumprimento a Folha por denunciar a devastação ambiental que está sendo gestada pelo plano estadual ZEE. Ubatuba é um reduto brasileiro de mata atlântica preservada. A ampliação de zoneamento que venha a permitir a verticalização e o desmatamento de praias como Itamambuca, Félix e Ubatumirim destruirá o último pedaço de paraíso que alimenta o turismo ecológico e preserva fauna e flora no Estado de São Paulo. Fazemos um apelo para que o governador Alckmin não permita isso.
LUIZA NAGIB ELUF (São Paulo, SP)
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SALÁRIO DOS VEREADORES
O país numa situação caótica, com 12 milhões de desempregados, economia e situação financeira em frangalhos e a Câmara Municipal de São Paulo, por meio de uma lei que passou em menos de cinco minutos, aprova seu próprio aumento de salário.
DOUGLAS JORGE (São Paulo, SP)
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VELOCIDADE NA MARGINAL
A readequação das velocidades nas marginais não deve ser reduzida a uma promessa de campanha, como julga o colunista Hélio Schwartsman. As marginais foram projetadas para serem vias rápidas. A redução do número de mortes não está associada apenas à redução de velocidade. Dados do Infosiga mostram que houve redução de acidentes fatais em rodovias que não tiveram redução na velocidade. As velocidades serão retomadas nas marginais junto a ações que reforçam a sinalização e aumentam a fiscalização dos motociclistas e a segurança dos pedestres.
FABIO SANTOS, futuro secretário especial de Comunicação da gestão João Doria (São Paulo, SP)
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