Leitores criticam propostas de deputados para reforma política
REFORMA POLÍTICA
Por que não manter a lógica do financiamento de pessoa física, que obriga os partidos a se aproximarem cada vez mais da população? Por que mais uma vez sermos compelidos a "pagar a conta" de um sistema político-eleitoral totalmente divorciado de princípios básicos da democracia (alternância de poder, igualdade na disputa eleitoral, entre outros)? Tristeza!
MURILLO L. FERREIRA (São Paulo, SP)
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Urge acabar com essas campanhas bilionárias para as eleições. Embora seja terrível despender dinheiro público para campanhas eleitorais num país em que falta tudo, é preferível a que sejam bancadas "gratuitamente" pelas empreiteiras, grupos financeiros e empresas que vivem das benesses do governo. O que vemos são políticos que se tornam "reféns" do poder econômico. Portanto há que se proibir qualquer valor advindo das pessoas jurídicas e criminalizar tanto aqueles que patrocinam quanto os que são patrocinados.
MILTON NAUATA (Campinas, SP)
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Reforma ruim. "Distritão" serve apenas para perpetuar nomes indesejados. O fundo de R$ 3,6 bilhões é excessivo e fora de sintonia com o país. Já que vamos reformar, façam um mutirão para aprovar o voto distrital, reduzir drasticamente o valor das campanhas e controlar rigorosamente os gastos e as fontes de financiamento. Não precisa de tanto dinheiro para marqueteiro espalhar mentiras e embrulhar maus candidatos em papel de seda colorido. E aproveitemos o "recall" para tirarmos os maus representantes.
JOÃO BATISTA CRESTANA (São Paulo, SP)
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Que se acrescente uma cláusula de barreira decente, não essa ridícula que pensam em nos impingir, em que bastará 1,5% dos votos para manter os partidos com todas as benesses atuais.
CÂNDIDO ESPINHEIRA DA COSTA FILHO (Rio de Janeiro, RJ)
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Cada um que se vire com doações particulares. Que façam campanhas baratas, não as altas produções cinematográficas, com marqueteiros caríssimos. O mundo se reinventa sempre, e tenho a certeza de que os candidatos também farão isso.
GUILHERME REIS (Rio de Janeiro, RJ)
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O voto "em branco" deveria ser considerado como voto válido para, ao menos, ser considerado para a formação do coeficiente eleitoral e, consequentemente, o coeficiente partidário. Seus efeitos? São os de uma legítima cláusula de barreira, pela elevação daqueles coeficientes.
MILTON CÓRDOVA JUNIOR (Brasília, DF)
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RODRIGO JANOT
O procurador Rodrigo Janot deve se orgulhar das críticas que vem recebendo. Demérito seria receber elogios de tipos tão desprezíveis. E não custa lembrar: só se atira pedra em árvores que dão bons frutos!
LAFAYETTE PONDÉ FILHO (Salvador, BA)
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DEFICIT NO ORÇAMENTO
Demorou uma eternidade, mas o governo parece ter finalmente percebido o óbvio. Já passou, e muito, da hora de o Estado aprender a se comportar com responsabilidade, reduzindo despesas e, acima de tudo, o perdularismo.
MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)
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Em vez de aumentar impostos de quem ganha mais, o governo de Michel Temer prefere apertar o cinto. Como entender isso em um país em que quem ganha R$ 4.700 por mês se encontra na mesma alíquota máxima do Imposto de Renda de quem aufere, por exemplo, R$ 50 mil, R$ 100 mil, 200 mil? Brasil, paraíso fiscal de ricos e milionários.
JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP)
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COLUNISTAS
Excelente a coluna de Claudia Costin. A acolhida aos imigrantes enriqueceu este país e é uma tradição que precisa ser valorizada e mantida.
MARIA TERESA LOPEZ ALVAREZ (São Paulo, SP)
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A coluna de Claudia Costin é, como sempre, atenta, sensível e objetiva. Parabéns pela inteligência e pela visão sem distorções da questão dos imigrantes.
FABRIZIO WROLLI (São Paulo, SP)
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PARQUE AUGUSTA
A entrevista "Ativistas do parque Augusta são meia dúzia paga pelo papai" demonstra a total desconexão do empreiteiro Antonio Setin com a realidade. Setin deveria compreender melhor que a cidade não é o quintal da especulação imobiliária. Desqualificar ativistas não encoberta a fúria da incorporadora contra o verde paulistano.
EDSON DOMINGUES, coordenador do Movimento de Defesa do Parque Estadual do Jaraguá (São Paulo, SP)
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ADVOCACIA
O artigo de Claudio Lamachi cita só uma ação da OAB como exemplo recente de sua atuação diante dos "desafios que lhe são impostos": a conclusão de que houve crime de responsabilidade de Dilma Rousseff. Os comentários seguintes soam como autojustificativa para um latente sentimento de culpa pelo golpe que se seguiu. Algo parecido com o que o também presidente da OAB, Carlos Povina Cavalcanti, pronunciou quando do apoio da entidade ao golpe militar. Dizia estar em paz com a consciência.
JOSÉ ZIMMERMANN FILHO (São Paulo, SP)
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EDUCAÇÃO
Sobre o editorial "Educação desfocada", garantir ênfase em português e matemática na base curricular nacional é como oxigenar a vida dos estudantes brasileiros. Entretanto há quem prefira vê-los respirando mal e sem perspectivas de futuro saudável, autônomo e próspero. Ler e escrever com clareza na própria língua e transitar nas operações matemáticas com desenvoltura básica são direitos. São desprezíveis os que se interpõem na obtenção de um direito fundamental.
DORALICE ARAÚJO, professora (Curitiba, PR)
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