Em mensagens enviadas à Folha, leitores lamentaram a morte de Carlos Heitor Cony, romancista, escritor, jornalista e colunista do jornal. Ele morreu por volta das 23h desta sexta-feira (5) aos 91 anos, no Rio de Janeiro

Alguns leitores relataram emoção ao ver neste domingo (7) vazio o espaço em que ele escrevia na página 2 da Folha.

Crédito: Folhapress Reprodução da página A2 da edição da <b>Folha<b/> deste domingo

Confira as mensagens.

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Nós, seus fiéis leitores e admiradores, perdemos uma fonte de estímulo e provocação intelectual, mas para Carlos Heitor Cony talvez fosse o momento de descansar e de se reencontrar com a Mila [sua cachorra]. Que descanse em paz. Fará muita falta.

NICOLE GROSSO (São Paulo, SP)

Perdi um amigo quase diário. Era impensável não ler sua coluna. Seu estilo inconfundível trazia cultura, riso, choro, crença, descrença, realidade, utopia e tantos outros contrastes indispensáveis para enfrentar o dia a dia.

JOSÉ ADEMIR NUNES (Cerquilho, SP)

Grande perda para o jornalismo brasileiro. Testemunha da história recente do país. Meio pessimista. Tinha suas razões, na política se justifica.

MARCOS VALÉRIO ROCHA (Luziânia, GO)

Vou narrar um episódio pouco conhecido da vida de Cony. Nós, os integrantes da primeira turma de jornalismo da UFMG, o escolhemos paraninfo da nossa formatura, em homenagem ao seu posicionamento crítico no "Correio da Manhã" ao movimento de 1964. A solenidade foi proibida. Ficamos sem formatura.

AMAURY MACHADO (Belo Horizonte, MG)

Cony foi um grande cronista e escritor, lúcido, corajoso e digno. Vá em paz!

HIRAM FURTADO BRAGANÇA (Vitória, ES)

"Meu Natal acabou e é triste a gente não poder mais dar água a um velhinho cansado das chaminés e tetos do mundo". Assim Carlos Heitor Cony terminou o texto de sua última coluna na Folha. Será que o velhinho que ele referia era o Papai Noel ou si próprio? Descanse em paz, Cony. Seus escritos vão fazer muita falta.

PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)

O falecimento do inigualável Cony, além de empobrecer a cultura do nosso país, certamente deixará uma enorme lacuna nas leituras dominicais desta Folha.

CARLOS CARMELO BALARÓ, advogado (São Paulo, SP)

Ao ver a notícia sobre a morte de Cony, creio ter conseguido entender porque o dia havia começado tão estranho. Perdi alguém com quem aprendi a saborear cada palavra que saia de sua escrita, sem igual na atualidade.Talvez eu tenha morrido um pouco com ele também.

JOÃO ARNALDO GENTINA (Leme, SP)

Um grande jornalista brasileiro que vai deixar saudades. Os textos dele eram sempre ótimos. Uma das últimas vozes sensatas da Folha. Que descanse em paz.

REINNER CARLOS DE OLIVEIRA (Araçatuba, SP)

Abri a Folha neste domingo (7) assim que a recebi, como faço há mais de 50 anos, esperançoso em encontrar um artigo que Cony tivesse escrito e enviado ainda em vida, mas encontrei o espaço em branco. Insubstituível!

ROBERTO ANTONIO CÊRA (Piracicaba, SP)

Linda homenagem o espaço em branco, simples e sincero.

ADRIANA CROCKER (São Paulo, SP)

Crédito: Rubens Lima Moura

RUBENS LIMA MOURA (São Paulo, SP)

A coluna em branco encimada pelo nome de Carlos Heitor Cony foi a homenagem mais contundente que o jornal poderia publicar. Impactante! A lápide atesta a ausência de Cony e, ao mesmo tempo, conjura sua presença. Missa silenciosa e respeitosa.

SYLVIA LOEB, psicanalista (São Paulo, SP)

Parabéns à Folha pela tocante homenagem a Cony na página A2 deste domingo (7).

JOSÉ ALFREDO FONTENELE FEIJÓ (Campinas, SP)

Difícil conter as lágrimas e a emoção diante do espaço em branco do escritor. Belíssima homenagem!

FRANCISCO BARRETO LOBATO (São Paulo, SP)

Quando alguém diz o definitivo adeus, fica um espaço em branco em nossa alma.

MARIA EFIGÊNIA BITENCOURT TEOBALDO (Belo Horizonte, MG)

A coluna em branco representa o vazio insubstituível que nos deixou Carlos Heitor Cony. Minhas manhãs de domingo jamais serão as mesmas!

FERNANDO MARTINS DE SÁ, advogado (Itajobi, SP)

Confesso que não li um livro do já saudoso Cony, mas suas palavras me eram caras, já que não perdia uma de suas colunas de domingo na Folha. Ele expressava um falso pessimismo de alguém que na realidade amava a vida e o Rio de Janeiro. A nos unir a paixão pelo nosso querido Fluminense, suas cores e suas glórias. Em vez de adeus, deixo aqui minhas "saudações tricolores".

OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP)

Quando morre um intelectual do porte de um Cony, qualquer país fica mais pobre. Seus escritos ficam para nos ajudar na luta de construção da grande nação que ele sonhou. Devemos aproveitar seus ensinamentos nas obras que nos deixou.

JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA, historiador e advogado, ouvidor-geral da OAB-RJ (Rio de Janeiro, RJ)

Nesse instante de vazio absoluto, as palavras, todas elas, estão reunidas em assembleia permanente e fora do espaço em branco para tentar resolver uma questão que parece não ter nenhuma solução possível no curto prazo e que só o prazer e a dor sabem definir: o que fazer agora sem Cony? No mínimo, podemos continuar lendo Cony. E ouvindo Mozart.

AYRTON PELIM (Tupã, SP)

O espaço em branco deixado pela Folha, no domingo (7), na coluna reservada a Carlos Heitor Cony ilustra com carinho sua despedida, externando com muita ternura palavras de Alexandre Dumas: "Em amor, não há último adeus, senão aquele que não se diz".

PAULO GUIDA (São Paulo, SP)

A partida de Cony deixa diminuída a grande imprensa, com todo respeito aos jornalistas que nela continuam militando.

JORGE DUARTE RODRIGUES (Salto, SP)


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