MINISTÉRIO DO TRABALHO
Com a possível posse de Cristiane Brasil (PTB-RJ), assumirá sua vaga Nelson Nahim (PSD-RJ), condenado por estupro e exploração de menores de 18 anos. Onde estão os movimentos de rua e de redes sociais que se manifestaram contra a "pedofilia"? Somente são contra as artes em museus? É também indigno e desrespeitoso o Congresso aceitá-lo como um de seus integrantes.
MARIA HELENA BEAUCHAMP (São Paulo, SP)
A possível ministra do Trabalho envolvida em processos, justamente por não cumprir regras mínimas da lei trabalhista exigidas de todos os empregadores neste país, e o seu substituto, Nelson Nahim, condenado por exploração sexual de menores de idade, são o retrato fiel do governo Temer, que perdeu qualquer ranço de moralidade.
MAURICE POLITI (São Paulo, SP)
Corremos o risco de ter ministros usando tornozeleira eletrônica, por escolha e decisão do presidente da República.
CARLOS GASPAR (São Paulo, SP)
Não vejo qualquer problema com a nomeação da ministra do Trabalho. Neste governo parece-me que há um pré-requisito para ocupar cargos relevantes: estar "enrolado (a)", estar sendo processado e análogos. Assim sendo, ela cumpre as formalidades. É de chorar, não é mesmo, Roberto Jeferson?
WILSON REINHARDT FILHO (São Paulo, SP)
BOLSONARO
Como deputado federal de várias legislaturas, possivelmente Jair Bolsonaro (PSC-RJ) teria melhores condições de "lutar pela redução e aplicação decente dos impostos". Aliás, a reação dele foi decepcionante. Fez como todos e acusou complôs e besteiras. Ele deveria saber que "complôs" virão aos montes a todos candidatos que derem tamanha brecha.
ANÍSIO FRANCO CÂMARA (São Paulo, SP)
A Folha teria credibilidade se há muito tivesse feito as mesmas 32 perguntas e tantas outras entaladas na garganta do povo ao Luiz Inácio Lula da Silva. A imprensa deve ajudar a fiscalizar os políticos, mas onde esteve a Folha durante todos esses anos?
ARMANDO J. NIEDERMAYER, administrador de empresas (Florianópolis, SC)
Desde a década de 1980, a Folha foi a responsável por denúncias que abalaram o meio político, a exemplo do esquema criminoso do Paulo César Farias que levou à queda de Collor, dos deputados ladrões do Orçamento no governo Itamar, do escândalo das privatizações no governo FHC, do mensalão no governo Lula, dos casos eletrolão e da Petrobras no governo Dilma e de denúncias contra o governo Temer. A Folha tem credibilidade e cabe à família Bolsonaro responder às 32 perguntas. Por que não respondem?
PEDRO VALENTIM (Bauru, SP)
TATI BERNARDI
Não sou especialista, mas acho que corre muito "fake ethics" neste assunto [machismo e abusos]. De repente, todos estão chocados e seguem o protesto da multidão ("Qual minoria você vestiria no tapete vermelho?"). Realmente acho que estava na hora de a mulher reagir. Mas há mais de 50 anos eu leio e ouço falar do assédio que as atrizes sofriam em Hollywood. Por que somente agora algo acontece? Sei que é fácil criticar, afinal não sou atriz. Mas sou otimista.
SANDRA STEVENS, professora (são Paulo, SP)
MORTE DE TEORI
As sabotagens foram descartadas, segundo a investigação ("Desorientação é principal hipótese para queda de avião"). Mas não poderiam ter alterado o altímetro, que parece ser um dos mecanismos que auxiliam o piloto em um momento desses? Não sou da área, mas certamente existem outros artefatos que indicam a posição e a altura da aeronave do chão ou da água. Acredito serem necessários mais estudos para se concluir como "acidente" esse trágico acontecimento.
CARMEN KHOURY (São Paulo, SP)
JULGAMENTO DE LULA
A despeito dos crimes cometidos pelo PT e seus dirigentes, não dá para endossar a forma nada republicana de condução do processo contra Luiz Inácio Lula da Silva ("Caso Lula passa à frente de 7 ações da Lava Jato em tribunal"). E o mensalão do PSDB, nada?
PAULO WATRIN (Belém, PA)
A morosidade da nossa Justiça é um estímulo à impunidade. Veja o caso do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), que debochou da Justiça por anos. Além disso, cabem recursos e instâncias intermináveis. Conclusão, nossa corrupção é endêmica. Os advogados do Lula usam e abusam de todos esses recursos. Até quando toleraremos isso?
TANIA MORON S. BRAGA (Marília, SP)
COLUNISTAS
Dizem que as segundas-feiras são chatas. Mas a última edição de segunda (8) da Folha desmente isso, com as colunas de Gregório Duvivier, Celso Rocha De Barros e Alessandra Orofino. Um texto melhor que o outro.
MARCELO CIOTI (Atibaia, SP)
ENSINO PÚBLICO
O governo Geraldo Alckmin propõe uma "nova" fórmula mágica: contratar uma entidade privada para fazer um experimento em 61 escolas públicas ("Inovação no ensino público de São Paulo"). Nenhuma palavra é dita sobre melhorar salários e condições de trabalho, aspectos elementares. E por que contratar uma entidade privada se as universidades públicas estaduais e federais já possuem larga tradição de pesquisa em educação e vasto conhecimento acumulado nesse campo?
ANTONIO SIMPLÍCIO DE ALMEIDA NETO, professor do departamento de História da Unifesp (São Paulo, SP).
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