Leitores discordam de argumentos do jornalista William Waack

WILLIAM WAACK
O erro maior de William Waack não foi sua infeliz piada mas sim perder a oportunidade de ouro em denunciar o "politicamente correto", implacável em sua sanha inquisitória e que não dá chance de defesa a ninguém em sua ditadura do comportamento. Waack foi vítima da regra de um sistema que ele mesmo ajudou a impor ("Não sou racista, minha obra prova", "Opinião", 14/1).

PAULO BOCCATO (Taquaritinga, SP)

William Waack perdeu uma grande oportunidade de se redimir e mostrar que, apesar de ter errado, é uma pessoa digna de confiança e credibilidade. Bastaria, além de pedir desculpas, assumir explicitamente o erro (sem alegar que foi uma piada) e declarar que esta atitude deplorável e racista jamais seria repetida em sua vida.

RICARDO JOAQUIM (São Paulo, SP)

Somos o que somos e não somos perfeitos. Cometemos erros sim e somos sempre julgados e condenados por eles. Uma grande obra pode ser destruída por um único erro. Infelizmente essa é a natureza da nossa sociedade que as mídias sociais exploram cada vez mais.

YVES BESSE (São Paulo, SP)

Triste ver o esperneio de William Waack, tentando justificar (talvez para si mesmo) seu ato racista como uma simples piada. Num texto prolixo, visando exaltar suas próprias virtudes e agradecer àqueles que o apoiaram, esqueceu-se de tratar do ato. Waack claramente está mais preocupado consigo mesmo do que com aqueles que sofrem racismo diariamente.

MAURICIO MORAIS TONIN, procurador do município de São Paulo (São Paulo, SP)

Foi gratificante ler o artigo do William Waack. Finalmente foi permitido àquele jornalista apresentar sua versão sobre o nebuloso e estranho episódio, que motivou seu linchamento público e consequente banimento da mídia brasileira. Parabéns à Folha pela coragem e integridade moral ao oferecer ao jornalista uma tribuna imparcial e confiável para manifestar-se.

LUIZ ANTÔNIO ALVES DE SOUZA (São Paulo, SP)


BITCOIN
Num primeiro momento aqueles menos avisados pensarão que as autoridades monetárias estão querendo proteger os cidadãos investidores. Ora, longe disso, eles estão morrendo de medo que o povão se dê bem e abandone outros tipos de investimentos, onde são 'esfolados' com as escorchantes taxas de aplicação. O fato é que a porteira foi aberta e não dá mais para conter o estouro da boiada ("CVM proíbe fundos de investir em bitcoin e criptomoedas", "Mercado", 12/1).

MARIA ELISA AMARAL (São Paulo, SP)


UBATUBA
A maravilhosa Praia da Enseada, em Ubatuba, há algum tempo pede socorro. Além de estacionar carros na praia, alguns "turistas" retiram do porta-malas churrasqueiras e deixam o lixo na areia. Há alguns bares que colocam inúmeras cadeiras, mesas e barracas, obrigando o turista a caminhar na água. Encaminhamos e-mail para Secretaria de Turismo de Ubatuba e não recebemos resposta, nem providências foram tomadas. Obrigada Folha pela reportagem ("Temendo furtos, turistas ignoram lei e fazem da praia estacionamento", "Cotidiano", 13/1).

ANA PADILHA BERTANHA (Campinas, SP)


BOLSONARO
As candidaturas presidenciais de Ciro Gomes em 1998 e 2002 naufragaram precocemente por conta de seu destempero verbal em declarações à imprensa. Na entrevista de Bolsonaro à Folha, fica patente que sua falta de controle, sua intemperança no trato com a imprensa, comparada à do político cearense, pode ser elevada ao cubo.

LUÍS ROBERTO NUNES FERREIRA (Santos, SP)


PRIVATIZAÇÃO
Antes de propor a privatização de todas estatais por R$ 500 bilhões, o que apenas alimentaria o bolso dos corruptos no poder, e também como se não houvesse corrupção no setor privado, a Folha poderia nos mostrar como os países ricos se desenvolveram. Por que todos se utilizaram de empresas estatais ou protegeram a indústria nacional para chegar aonde chegaram. O neoliberalismo não desenvolveu país algum ("Privatização de 168 estatais poderia render até R$ 500 bi", "Mercado", 14/1).

CRISTIANO PENHA (Campinas, SP)

Sem as reformas, principalmente a da previdência, as receitas de privatizações só servirão pra postergar problemas estruturais, que voltarão mais tarde, e aí não haverão mais empresas a privatizar e o problema das contas públicas virá com força muito maior.

OTÁVIO DE QUEIROZ (São Paulo, SP)


ACIDENTES EM RODOVIAS
As tragédias nas estradas federais de Minas Gerais são uma constante no estado. Curvas sinuosas agravadas por pistas escorregadias em dia de chuva e ultrapassagens irresponsáveis em alta velocidade, em locais proibidos. Já perdi parentes em desastres. Quase nada muda nestas estradas depois de décadas. Troca-se a Constituição de 1946 pela Constituição de 1988. Troca-se o regime militar pelo democrático. As pessoas continuam morrendo em acidentes previsíveis por causa de pista simples ("Acidente deixa 13 mortos e dezenas de feridos em estrada em MG", "Cotidiano", 13/1).

LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)


COLUNISTAS
"Pessoas com uso problemático de drogas precisam ser tratadas como pacientes e não como criminosos" constitui uma das principais recomendações do Relatório da Comissão Global sobre Drogas, que conta com a colaboração de Fernando Henrique Cardoso, e que precisa ser lido pelo governador Geraldo Alckmim e pelo prefeito João Doria. É a conclusão que tiro do excelente artigo de Clóvis Rossi, hoje, na Folha ("Um outro olhar sobre drogas", "Mundo", 14/1).

EDUARDO MATARAZZO SUPLICY, vereador (PT-SP) (São Paulo, SP)

Parabéns, Rodrigo Zeidan. Sua primeira coluna na Folha nos tira do mais do mesmo. Concordo. O Brasil só tem dois problemas principais: violência e mobilidade social. Eu apenas trocaria a ordem: mobilidade social e violência, pois acredito que se houvesse uma melhor distribuição de renda, a violência diminuiria automaticamente ("Mobilidade social e desenvolvimento", "Mercado", 13/1).

JOSÉ DIEGUEZ (São Carlos, SP)

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