Para leitor, Michel Temer admite que sua moral está 'baixíssima'

Crédito: Bruno Santos/Folhapress O presidente Michel Temer durante entrevista em seu escritório em SP
O presidente Michel Temer durante entrevista em seu escritório em SP

ENTREVISTA DE TEMER

O presidente Michel Temer vai se dedicar a sua "recuperação moral"? Pelo menos ele admite subliminarmente que tem baixíssima moral. Temer não tem como se dissociar dos episódios das gravações e da mala. Com o término do mandato, ele terá a oportunidade de, aí sim, se defender para não pegar cadeia. Eu duvido que não pegue.

UBALDO SOUZA JR. (Araguari, MG)

É interessante como acusam Michel Temer de tudo e perdoam Lula por tudo. Não está certo, pois Lula causou mais prejuízos ao país do que Temer e, apesar de condenado, lidera as pesquisas para a eleição a presidente.

MANOEL PASSOS (Brasília, DF)

Temer está empenhadíssimo na reforma da Previdência, o que é louvável. Compreende-se, inclusive, suas negociações com congressistas para esse fim. Acontece que, nesses expedientes, o presidente tem ultrapassado os limites da legalidade. Os despudorados congressistas não têm limites em suas vendas de votos. Talvez tenha chegado a hora de Temer jogar a toalha, como já ameaçou. Em três anos, o Brasil quebrará de vez.

JOSÉ DE SOUSA SANTOS (Teresina, PI)


BANCADAS

Dentre as várias bancadas do Congresso, há alguma voltada ao cidadão brasileiro, o pagador das contas?

VERA LÚCIA BAPTISTÃO (São Paulo, SP)


CRISE NA CAIXA

Depois de o Ministério Público indicar o afastamento dos vices e da decisão de afastar apenas quatro deles, os noticiários deram como boa notícia a mudança na sistemática da escolha dos executivos. Consideram que agora não haverá interferência política. Não vi informarem como são feitas as escolhas dos membros do tal conselho. A interferência continuará em vigor com essa maquiagem.

JOSÉ RENATO ALMEIDA (Salvador, BA)


CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Ao comentar a atuação das agências de classificação de riscos, Laura Carvalho toca num ponto delicado para os analistas econômicos de aluguel. Num mundo que se rende cada vez mais docilmente às operações financeiras desprovidas de lastro, as agências não estão aí para avaliar riscos e, muito menos, para orientar investidores. A crise de 2008 deixou bem claro que estão aí apenas para tanger a "manada" na direção que interessa aos "senhores do universo".

CELSO BALLOTI (São Paulo, SP)


ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

Falta alguém que preencha com otimismo os corações dos brasileiros. Embora lidere as pesquisas, Lula não é, a meu ver, o melhor candidato. Eleger o ex-presidente significará a volta da ruína. O presidencialismo de coalizão aumenta a ambição. Com mentes abertas e bem intencionadas, todavia, poderá surgir um nome que unifique as forças para enfrentar Lula. Mesmo permanecendo candidato, ele jamais vencerá no primeiro turno. No segundo, o jogo é outro.

VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF)


RODRIGO MAIA

Declaração oportunista. Quem escraviza não é o Bolsa Família, mas a péssima educação que o Estado brasileiro oferece à população mais pobre. Para quebrar esse ciclo vicioso de ignorância e pobreza, só investindo em educação.

ROBERTO KEN NAKAYAMA (São Paulo, SP)


ELETROBRAS

Privatizar é uma coisa, financiar a compra a preço vil é outra. Venda a preço de mercado, e quem puder pagar que pague. Torrar patrimônio, mas manter a ingerência e os apadrinhados é a pior coisa possível.

WAGNER SANTOS (Ribeirão Preto, SP)


CONCESSÃO NO METRÔ

A concessão da operação de duas linhas do metrô de SP não faz sentido. Não pela concessão em si, mas por um aspecto fundamental da Lei Federal 12.587, da Mobilidade Urbana, de 2012. O Estado só tem o metrô, que planeja e opera (mas não constrói), porque a prefeitura não tinha recursos para contratar as obras. O serviço de metrô, assim como o de ônibus, somente poderia ser objeto de concessão pelo município de São Paulo.

MAURO ZILBOVICIUS, professor (São Paulo, SP)


FEBRE AMARELA

A população não confia nos governantes e quer ser vacinada imediatamente. Sem subterfúgios e sem campanhas: basta vacinar todo mundo e pronto, as pessoas se acalmam. Quem confia num governo que fica postergando seguidamente a vacinação? Não existe isso de limitar a uma região da cidade, todos se locomovem, e a população vai procurar a vacina onde ela estiver.

JOSÉ PADILHA SIQUEIRA NETO (São Paulo, SP)

Nos últimos 20 anos, os governos investiram no congelamento das tabelas do IR, implicando abusivo acréscimo na tributação sobre os salários —principalmente dos mais pobres—, além de informatizar a Receita com supercomputadores. Do outro lado, porém, os exauridos contribuintes não têm, diante da incompetência e do desprezo, prontuários e carteiras eletrônicas das vacinas, imprescindíveis para orientar a população e gerenciar o fluxo delas.

JASON CÉSAR DE SOUZA GODINHO (Santos, SP)

As filas desumanas são provocadas também por informações às vezes desencontradas, parciais e desconexas, mesmo quando dadas por técnicos especialistas. Frente a essa verdadeira calamidade pública, já passou da hora de o presidente da República assumir a responsabilidade pela omissão governamental e dar informações corretas à população.

LUIZ DALPIAN, professor (Santo André, SP)


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