JULGAMENTO DE LULA

Quando líderes petistas foram condenados e presos por conta do mensalão, simpatizantes do PT protestaram contra o fato de Paulo Maluf continuar solto. Com a confirmação da condenação de Lula e com Maluf já preso, o protesto agora é contra outros políticos que continuam livres, embora nem tenham sido julgados. Os petistas parecem sofrer de certo complexo de injustiça.

LUCIANO HARARY (São Paulo, SP)

Se, para Matias Spektor, o "idiota útil" é aquele que acredita numa conspiração contra as esquerdas no caso da condenação de Lula, o que dizer dos que acreditam que um juiz impôs uma "condução coercitiva" em nome da segurança, que um áudio da presidenta foi vazado para impedir Lula de tomar posse como ministro e que ela sofreu impeachment por "pedalada fiscal", tudo em nome da "justiça"? Esses só podem ser os "idiotas necessários".

BRUNO ABUD, servidor público (Santos, SP)

Oxalá que certos membros do STF tenham assistido ao julgamento no TRF-4. A serenidade das discussões e o tom das vozes trouxeram-me à lembrança a rinha que são alguns julgamentos na mais alta corte do país.

EMERSON BRITO (São Paulo, SP)

Reinaldo Azevedo procura demonstrar que possui enorme saber jurídico, maior que todos os conhecimentos dos procuradores da força-tarefa de Curitiba, do juiz Sergio Moro e, agora, dos três desembargadores que julgaram Lula. Quanto à ressurreição do petista e à resistência de seus seguidores, trata-se de uma forte onda que irá se arrefecer e se transformar em uma marola.

OSVALDO CESAR TAVARES (São Paulo, SP)

Espero que jornalistas como Reinaldo Azevedo tenham um pouco mais de cuidado antes de adentrarem em seara científica que não dominam. Dizer que Lula foi condenado sem provas é de uma irresponsabilidade e de uma pretensão desmedidas, principalmente para quem é jejuno em campo jurídico de vasta complexidade. A fraude, a corrupção e o branqueamento de capitais nunca estarão visíveis em papel timbrado ou documento registrado em cartório com chancela reconhecida por tabelião.

RICARDO A. COSTA, advogado (Sacramento, MG)

O mercado é o verdadeiro interessado nesse vai e vem da política brasileira. Evidentemente, como era de se esperar,ele flutuou de acordo com as notícias e o placar do julgamento, assim como oscilou nos momentos mais críticos do governo Temer, no impeachment de Dilma, nos discursos de Meirelles e em tudo aquilo que possa gerar ganhos exorbitantes para um seleto grupo de investidores no Brasil. Esses, de fato, mandam e desmandam neste país.

ARLINDO CARNEIRO NETO (São Paulo, SP)


PRESIDENCIALISMO

O problema do país foi acreditar numa nova realidade institucional durante a época de ouro do presidencialismo de coalizão: a plena estabilidade democrática de quatro mandatos presidenciais (1995-2010). A solução, que é negada por quase todos na ciência política brasileira, é o semipresidencialismo, que separa as funções de chefe de Estado e chefe de governo, a fim de evitar graves crises institucionais, que podem provocar novas rupturas democráticas.

LUIZ ROBERTO DA COSTA JR. (Campinas, SP)


LAVA JATO

O Brasil não pode ter justiça a qualquer preço. Há que seguir as regras materiais e processuais previamente definidas, goste-se delas ou não, sem sucumbir ao apelo popular. Se mudadas, altera-se o norte, mas sem surpresas e com segurança jurídica. Parabéns ao advogado Kakay pela coragem da voz dissonante à pasmaceira e à Folha pela abertura do espaço democrático a quem pensa diferente da manada.

JOSENIR TEIXEIRA, advogado (São Paulo, SP)

O advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, introduziu o seu artigo com a famosa frase de Joseph Goebbels: de tanto repetir uma mentira, ela acaba se transformando em verdade. É o que tentam fazer muitos dos acusados da Operação Lava Jato antes de optarem pela delação premiada.

MARCELO MELGAÇO (Goiânia, GO)


RODRIGO MAIA

Será que a Folha não errou o título em "Maia doa R$ 792 mil para restaurar basílica em Belém"? O correto não seria "Maia se apossa de R$ 792 mil do nosso dinheiro e desvia para a Cisjordânia"? Maia poderia ter investido esses recursos em educação e ciência no Brasil, não? A PGR não tem por dever checar se isso não é improbidade administrativa?

ANTONIO C. MARQUES (Cotia, SP)


RELÓGIO DO APOCALIPSE

Não sabia da curiosa existência desse relógio. Lembrei-me de outro "marcador", o "impostômetro". Menos popular, mas igualmente importante, desde 2013 o "sonegômetro" soma-se à coletânea de mensuradores das mais diferentes matizes. E a continuar o atual ritmo de denúncias contra agressores sexuais, logo, logo teremos também o "assediômetro".

LUÍS CÉSAR SCHIAVETTO (Poços de Caldas, MG)


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