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18/06/2011 - 02h30

Maconha, Oriente Médio, PIB, Battisti, juízes

DE SÃO PAULO

Maconha

Muito me admira ver setores ditos "intelectuais" defenderem as muitas "modernidades" que estão se instalando na sociedade brasileira. Com o beneplácito do Supremo Tribunal Federal (Cotidiano, 16/6) e de autoridades executivas, sob a estampa de "manifestação de vontade", vemos agora a aprovação de passeata em defesa da maconha, uma droga comprovadamente deletéria ao ser humano. Quais serão as próximas "vontades" liberadas?

EDUARDO HENRIQUE DE SOUZA (Santos, SP)

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Oriente Médio

Diferentemente do que escreveu Mauro Fadul Kurban ("Painel do Leitor", 16/6), quem tem se levantado contra Israel são os árabes, seja em 1947, em 1967 e em 1973, seja atualmente, na forma de foguetes disparados pelo Hamas e pelo Hezbollah contra populações civis inocentes.
No mesmo período, os árabes rejeitaram por três vezes a criação do Estado da Palestina, simplesmente porque não aceitam a coexistência pacífica com Israel, que pretendem varrer do mapa. Os palestinos e seus simpatizantes precisam aprender que enquanto não aceitarem a realidade histórica e jurídica da existência de Israel nunca haverá um Estado palestino nem paz no Oriente Médio.

JORGE ALBERTO DE OLIVEIRA MARUM (Piedade, SP)

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Cada vez que se publica algo na Folha sobre Israel e os palestinos surgem mensagens de leitores a favor de um ou de outro. Israel, com sua agressividade, desperdiçou a boa vontade de todos, persistindo no domínio e na colonização dos territórios tomados em 1967. Como este país pretende sobreviver, a longo prazo, com a antipatia que provocou no mundo? Só o apoiam alguns judeus e os governantes americanos. Mesmo quem não conhece ou admira os palestinos não deixa de ficar chocado com o seu sofrimento. Eles não têm onde se refugiar de seu prório "holocausto", como os armênios e os judeus tiveram.

CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

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PIB

Lendo o artigo de Antonio Delfim Netto "Selic e dívida" (Opinião, 15/6), notei que ele indica a situação alentadora do Brasil quanto ao crescimento do PIB nominal (2008 a 2010) e da relação dívida pública federal/PIB. Como somos historicamente dependentes da poupança externa, se a sigla PIB fosse substituída por PNB (Produto Nacional Bruto), que considera as rendas enviadas e recebidas do exterior, o denominador iria diminuir e a relação aumentar.
Isso ocorre porque em países em desenvolvimento, como o Brasil, o PNB normalmente é menor que o PIB, uma vez que as transnacionais enviam grande parte de seus lucros para seus países de origem. Já em países com muitas empresas de atuação global, como o Japão, a Alemanha e os Estados Unidos, o PNB tende a ser maior, já que há uma grande absorção dos lucros gerados por suas empresas no exterior.
Assim sendo, qualquer espirro no exterior tende a nos deixar em estado pré-comatoso e só seremos um país solidamente desenvolvido quando, por meio de um contínuo crescimento econômico como o da Coreia do Sul e da China, alcançarmos seus níveis de poupança interna.

ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)

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Battisti

Concordo com as palavras de Paulo Boccato ("Painel do Leitor", 17/6). O Brasil está se tornando uma nação acolhedora de bandidos fugitivos que aqui não são mais importunados. Somente o capricho do ex-presidente Lula para justificar a manutenção de Cesare Battisti em nosso país.

MÁRIO BENONI CASTANHEIRA DE SOUZA (Brasília, DF)

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Juízes

A respeito de texto publicado neste respeitado jornal sob o título "Juízes são investigados por uso ilícito de verba" (Poder, 13/6), do jornalista Frederico Vasconcelos, realmente eu informara que nada mais gostaria de falar sobre este rumoroso caso, que me envolve como ex-presidente da Ajufer (Associação dos Juízes Federais da Primeira Região), que é uma entidade privada, preferindo eu que sobre ele falasse meu advogado, Jonas Modesto da Cruz. Porém, por ser tão absurda a versão da publicação, esclareço que, quanto à venda da citada sala da associação, ela foi, de fato, negociada na minha administração frente à presidência da Ajufer, com aprovação da assembleia geral dos associados realizada no dia 6/9/2011, durante o último encontro anual da associação, em Pernambuco --aliás, autorização que era dispensável, já que para a compra do bem nenhuma autorização foi dada.
A citada sala foi adquirida para ser montado um estúdio de produção de programas para a TV Justiça. Como não foi possível concretizar tal objetivo, diante dos custos principalmente com os equipamentos, a sala --que não é contígua às da sede própria localizadas no mesmo edifício comercial-- ficou fechada, sem utilização por muitos anos, causando à Ajufer despesas de condomínio, IPTU, energia elétrica, limpeza etc. Vendi a sala para usar o dinheiro na compra de outra sala contígua às da sede, cujo negócio não chegou a ser concretizado ante a recusa à última hora pela sua proprietária, tendo eu a opção apenas de alugá-la para aumentar o espaço da sede, o que foi feito.
Realizei a venda da sala por R$ 115 mil. Quem intermediou o negócio foi o corretor Álvaro Eduardo B. da Silva, sobrinho da juíza Solange Salgado, que foi remunerado para tanto. A venda contou com a concordância da juíza, então diretora-financeira e do patrimônio da Ajufer, que inclusive comigo assinou o respectivo documento de venda.
Como havia resíduo de financiamento da sala em tela junto à FHE (Fundação Habitacional do Exército), a única orientação dada por mim foi no sentido de abater/liquidar o débito, não tendo este signatário orientado, por escrito ou verbalmente, a quem quer seja, no sentido de direcionar o valor total (ou parte dele) da venda da referida sala para abater empréstimos das pessoas citadas no texto jornalístico publicado. Aliás, fácil perceber a confusão nas informações --diga-se, tendenciosas e distorcidas-- que a soma dos valores ali ultrapassam o da venda da mencionada sala.
Além disso, quando me afastei da associação, havia um remanescente em caixa (contas bancárias da Ajufer) de mais de R$ 70 mil, valor proveniente da venda da sala, abatendo-se o resíduo do financiamento dela, porquanto a associação não tinha outro tipo de arrecadação para justificar o valor em caixa, mormente em período posterior ao encontro anual, que absorveu todos os recursos disponíveis, inclusive os referentes aos patrocínios, e também porque era a minha intenção, não sendo possível negociar a compra de nova sala, de adquirir um veículo para uso dos associados que para aqui se destinam eventualmente.
Este caso, que deveria merecer uma apuração séria e isenta, descamba para o uso político de alguns atuais dirigentes, que inclusive participaram das administrações anteriores da associação, inclusive da minha. Já falei e também já forneci o meu CPF e a minha identidade [RG] para quem quiser investigar se possuo algum bem e valores em contas bancárias que não sejam compatíveis com os meus ganhos salariais.

MOACIR FERREIRA RAMOS, ex-presidente da Ajufer - Associação dos Juízes Federais da Primeira Região (Brasília, DF)

RESPOSTA DO JORNALISTA FREDERICO VASCONCELOS - Procurado antes da publicação da reportagem, Moacir Ferreira Ramos não quis se manifestar nem indicou o advogado. A atual diretoria da Ajufer decidiu oferecer notícia-crime ao Ministério Público Federal, apontando a "destinação ilícita" dos recursos obtidos com a venda da sala comercial.

 

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