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22/03/2013 - 09h59

Plebiscito não muda direito da Argentina sobre Malvinas, escreve leitor

LEITOR GERALDO LIRA
DE RECIFE (PE)

Quando da Guerra das Malvinas --que, em 1982, envolveu a Inglaterra e a Argentina na disputa pelas ilhas de mesmo nome (Falklands, para os ingleses)-- , o então secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), o peruano Pérez de Cuéllar, junto com o presidente do Peru, na época, Belaúnde Terry, apresentou um plano de paz que consistiu na retirada dos combatentes do campo de batalha, enquanto fosse discutido um acordo para pôr fim ao conflito.

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O plano foi apresentado ao então líder militar e presidente argentino, Leopoldo Galtieri, que concordou. Foi também transmitido ao governo inglês de Margaret Tatcher. A resposta foi o afundamento do cruzador General Belgrano, que navegava fora da chamada "zona de exclusão", num evidente crime de guerra, que provocou a morte de centenas de marinheiros argentinos, surpreendidos pela ação inimiga.

Depois disso, seguiu-se a reação da aviação argentina, que pôs a pique vários vasos de guerra da armada britânica, com o uso de foguetes.

O que se depreende disso, é que poderia ter sido evitada a morte de tantos jovens argentinos e ingleses, se tivesse prevalecido o plano peruano.

A verdade é que o motivo da guerra, a soberania sobre as ilhas Malvinas --como é conhecido da opinião pública mundial--, teve início quando, em 1833, os ingleses expulsaram argentinos que habitavam aquelas ilhas.

Ian Simpson - 31.jan.2012/Efe
Destróier HMS Dauntless, que foi enviado às ilhas Malvinas, em meio a tensão do Reino Unido com Argentina
Destróier HMS Dauntless, que foi enviado às ilhas Malvinas, em meio a tensão do Reino Unido com Argentina

Na ocasião, a Argentina protestou e teve o apoio de Brasil e Bolívia, e, desde então os ingleses desconversam sempre que procurados para discutir o assunto, e vão "empurrando com a barriga", ganhando tempo e impondo seu colonialismo.

Recentemente promoveram um plebiscito entre os chamados "kelpers", descendentes de ingleses habitantes das ilhas, sobre se preferem Inglaterra ou Argentina. Claro que, falando inglês e com seus usos e costumes, só iriam confirmar --como fizeram-- a preferência pelos seus ascendentes.

Só que isso não muda em nada o direito da Argentina sobre as ilhas Malvinas, que, segundo o Prêmio Nobel da Paz, Pérez Esquivel, "basta olhar no mapa para ver que as Malvinas são argentinas". Não é mesmo papa Francisco?

 

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