'Onde mais os jovens da periferia poderiam ir?', pergunta leitor
Estudei em alguns bons colégios, que por bondade me matricularam. Passei férias na praia e no campo. Fui sócio de clubes paulistanos e de um interiorano.
Alguns amigos e eu, na fase pré e de adolescência, marcávamos encontros num determinado shopping paulistano, cujo propósito, além de paquerar, era tentar entrar de costas na saída do cinema, para, então, despertar os olhos atentos dos seguranças e provocar correrias.
Os "rolezinhos", encontros de jovens da periferia nos shoppings, apenas tomaram corpo em vista do número de adeptos, sem opções de lazer, esquecidos pelos governantes, e por uma sociedade consumista, que prega o uso de "rolex" como identificação de bom caráter ou de sucesso pessoal –o que, sem preconceito, influenciou o funk ostentação.
Ora, onde mais poderiam ir os jovens, que querem adquirir marcas –ter direitos iguais– e ter lazer em local seguro?
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