Dirigentes devem se espelhar na boa experiência dos ingressos para a Copa
No dia 7 de maio, estive no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, para retirar três ingressos que comprei para partidas da Copa do Mundo.
Logo na chegada, dois recepcionistas checaram meu nome em uma lista e fui encaminhado ao local da retirada dos ingressos. Todo o processo durou menos de cinco minutos.
Considero que a organização da Fifa e a paixão dos brasileiros pelo futebol contribuirão para fazer com que a edição brasileira seja a maior de todas as Copas já realizadas.
Nossos dirigentes têm que tirar proveito do planejamento que existe na venda de ingressos, todo realizado pela internet, havendo opção de escolher os lugares e preços através de mapas dos estádios, publicados em site específico.
A organização na etapa já projeta um grande sucesso nos dias de jogos, pois estarão envolvidos milhares de voluntários, escalados pela Fifa, inclusive aptos a atender torcedores em vários idiomas.
Eduardo Knapp/Folhapress | ||
Sou otimista quanto ao legado que será deixado pela Copa do Mundo no Brasil e, mais do que as obras dos estádios e de infraestrutura, será indelével a marca do padrão-FIFA: esta ficará para sempre nos corações e mentes de nós brasileiros, principalmente se implantadas nas áreas de Saúde, Educação e Transportes, tão almejadas por nossa população.
Na área da Educação temos exemplos de ilhas de excelência, como a USP, UNICAMP, UFMG, UFRJ, PUCs e muitas outras, sendo a maioria administrada e bancada pelo setor público, por incrível que pareça.
Por que não levar estas experiências a todos os organismos da área, grandes, médios ou pequenos, conscientizando seus dirigentes de que seus sucessos virão de políticas de gestão e do uso adequado das ferramentas de informação (internet, redes sociais, aplicativos) hoje tão disponíveis em nossas vidas.
Transportando para a área da Saúde, que bom seria se nossos compatriotas, principalmente os de mais baixa renda, pudessem marcar suas consultas e procedimentos através de meios eletrônicos, eliminando-se, assim, as sofridas filas de espera.
Qual o cidadão brasileiro que hoje não tem seu celular e que poderia ter ao seu alcance tais medidas.
Por último, os transportes públicos também podem ter um padrão-FIFA, desde que seus administradores implantem medidas visando melhorar seus horários, condições de higiene (que devem sobrar nos novos estádios), total automatização na circulação dos passageiros.
Temos exemplos de sucesso como o sistema existente na cidade de Curitiba e a implantação de corredores de ônibus em São Paulo, onde estes voam e os automóveis andam a passo de tartaruga nas principais vias.
E por que não citar a implantação das ciclovias, que podem colocar nas ruas veículos que não poluem e melhoram a capacidade física de seus adeptos.
Enfim, espero, em um futuro próximo, dizer: obrigado Fifa pelo exemplo dado e que nossos dirigentes, em todos os níveis, assimilem as medidas adotadas e as coloquem em prática!
OSVALDO CESAR TAVARES, 38, é morador do bairro de Moema, zona sul de São Paulo
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