São Paulo tem limite, diz leitor sobre migração e política habitacional
Ao ler a coluna de Leão Serva desta segunda-feira, concordo, de plano, com a dedução de que Guilherme Boulos é um grande oportunista, possuidor de outras intenções além de arrumar um teto para os mais desprovidos.
Agora, sujeitando-me ao ódio de muitos, aproveito o mote para manifestar minha contrariedade com essa política de construção de moradias populares. Em primeiro lugar, pensando egoisticamente na minha cidade, pendo que essa prática estimula cada vez mais a migração de pessoas para cá, aumentando o sufoco de quem vive por estas plagas.
Não entendo por que ninguém grita, seja na mídia ou mesmo na política, que, apesar de fundamental, as pessoas não vivem apenas e tão somente com uma casa. Constroem casas, mas não escolas. Com o adensamento, aumentam ainda mais os déficits dos hospitais (quando existem) na região. Falta o transporte coletivo para levar essas pessoas para os seus locais de trabalho.
Ou seja, entendo que a solução apresentada, como apontado pela coluna, está longe de corresponder ao que precisam as pessoas que vêm para cá, além de complicar cada vez mais a situação de quem vive de forma tão apertada, insegura e preocupada em nossa terra. Insisto: alguém precisa assumir a defesa da nossa cidade!
Muito bacana ajudar os refugiados haitianos, os migrantes de outros estados. Entretanto, é preciso que alguém alerte os oportunistas de plantão de que São Paulo (e a sua gente) tem limites, sim!
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