Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
31/08/2007 - 02h30

Mensalão, promotor, hospitais, Delfim, Lula, agricultura

da Folha Online

Mensalão

"A pessoa certa no lugar certo. Foi isso que fez vir à tona a declaração do ministro do STF Ricardo Lewandowski sobre 'ter a faca o pescoço' para votar. Não sei a quem ele tentava se explicar pelo telefone. Mas, para quem assistiu à grande parte do julgamento ao vivo, pelo UOL, já estava claro que, por ele, todos teriam se safado. Discordou do relator do processo de maneira às vezes absurda, às vezes parecendo nem mesmo ter lido o relatório. Foi seguido por Eros Grau várias vezes, mas este, ao encontrar qualquer resistência de outro ministro, voltava atrás. E se Dirceu está preocupado com a suposta 'ditadura da mídia', espero que ele não durma tranqüilo, pois até onde eu entendo, o papel da imprensa é mesmo este: mostrar tudo o que diz respeito à política às claras, doa a que doer, e deixar que cada cidadão tome sua posição. Uma das coisas mais saudáveis da democracia é acabar com as maracutaias políticas executadas por debaixo dos panos. E deixar tudo à mostra deveria ser papel não só da imprensa mas também dos políticos. Não sei por que eles insistem em agir de maneira excusa, escondidos, conchavando e tramando. Na era da informação, vai ficar cada vez mais difícil. E isso é bom para a sociedade.
Parabéns a Vera Magalhães por não ter se acovardado diante do que presenciou. Parabéns à Folha por ter publicado. E ao ministro do Supremo, meus pêsames por ter se sentido tão acuado num momento em que o Judiciário brasileiro deveria orgulhar-se por ter dado o pontapé inicial no julgamento que será o divisor de águas de nossa democracia."

ISABELLA NEVES (Brasília, DF)

*

Promotor

"Acertadamente, o Ministério Público do Estado de São Paulo decidiu por efetivar o promotor Thales Schoedl.
Pelo que li dos autos, Thales não saiu de casa para roubar ou matar alguém.
Estava, sim, exercendo sua cidadania e liberdade, acompanhado de sua namorada, quando vários pitboys iniciaram as ofensas à sua moral e integridade pessoal.
Identificou-se, deu voz de prisão e teve que correr para defender a si e à sua namorada.
Pressentindo ser impossível fugir correndo de seus agressores, teve que sacar sua arma de fogo e desferir petardos contra seus agressores.

JOSÉ MAURÍCIO DE ALMEIDA, perito judicial (São Paulo, SP)

*

"O Brasil é um país tão bizarro, tão absurdo, que aqui um assassino confesso, como esse cidadão Thales Ferri Schoedl, pode ser promotor de justiça.
E temos que acreditar no Poder Judiciário, neste que está aí. Ai de nós."

RENATO CRUZ (São Paulo, SP)

-

Hospitais

"Nós, do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, ficamos felizes pelo reconhecimento e inclusão entre os cinco principais hospitais de cardiologia (pesquisa Datafolha publicada em 26/8). Como hospital público voltado para o atendimento de pacientes do SUS (99,5%), sem freqüentar a mídia, é motivo de orgulho ser lembrado pelos médicos paulistas para compor esta lista.
Poderia acrescentar ao publicado números de produção em assistência, tecnologia disponível, pesquisa e ensino que certamente não foram citados pelo espaço da matéria. Apenas peço corrigir a informação sobre cirurgia de cardiopatias congênitas. Três instituições se destacam no atendimento aos doentes do SUS (responsável pela assistência médica de 80% dos paulistas e brasileiros): Beneficência Portuguesa, InCor e Dante Pazzanese. Se considerarmos que dispomos de apenas 280 leitos, provavelmente temos o maior número de cirurgias anuais por leito.
Todos os dados referentes a produção, custos e mortalidade desses hospitais estão disponibilizados na internet no site do Datasus."

LEOPOLDO SOARES PIEGAS, diretor técnico do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (São Paulo, SP)

-

Delfim

"Por razões profissionais, não pude apreciar ao vivo a sabatina histórica de meu amigo Delfim Netto. Li a íntegra da reportagem e, entre tantas idéias brilhantes, devo concordar plenamente com sua afirmação: 'O Brasil não gasta pouco em saúde e educação; o Brasil gasta muito mal'. Por essa razão, estou solicitando a constituição de uma comissão especial na Câmara Federal para discutir a gestão da saúde, pois a crise não será resolvida somente com aumento de recursos."

JOSÉ ARISTODEMO PINOTTI, deputado federal (São Paulo, SP)

-

Lula

"O filósofo Luiz Inácio, conhecido pela plebe ignara como 'Lula, o falastrão', rejeita a opinião de que a aceitação das denúncias contra seus auxiliares pelo STF atinge seu governo, valendo-se do resultado da eleição. Essa é uma tese da 'povologia', ciência que ensina que o povo é que está apto para julgar e condenar ou absolver. Se estiver certo, surpérfluas são as figuras dos tribunais e todo o aparato da Justiça. Como se viu, Genoino, João Paulo, Palocci e tantos outros foram absolvidos pelo 'povo'. E, certamente, também o estariam Delúbio e Marcos Valério se tivessem se candidato pelo PT."

CARLOS ALBERTO PRAIS (Ipatinga, MG)

-

Agricultura

"O ministro Cassel tenta mostrar que é inofensiva a atualização dos índices de produtividade.
Devemos ter muito cuidado com mensagens 'politicamente corretas', sobretudo quando elas vem dos 'talibãs' da anacrônica esquerda brasileira.
Pode parecer politicamente correta, mas o que deve ser debatido é a eficácia da reforma agrária no país. Talvez o engenheiro civil e ministro para-quedista companheiro devesse também citar quais são os índices de produtividade dos assentamentos de reforma agrária. Quem sabe deveria também dizer o quanto se gasta com essa distribuição de terras e qual é o público-alvo.
Também deveria dizer o quanto se dá, a fundo perdido, de dinheiro público para movimentos 'sociais' como o MST e outros que são eficientíssimos em invadir propriedades como as da Aracruz e destruir laboratórios, prédios públicos, plantações, matar animais, pruduzir queimadas e derrubadas de reservas legais (mínimo de 20% para áreas fora da amazônia legal).
Devíamos lembrar ao senhor Cassel que o maior produtor de grãos de Goiás cultiva suas lavouras sobre terras arrendadas. Precisou de certidão de propriedade de terra para produzir riqueza e gerar empregos?
A justiça social será alcançada por meio de mais liberdade para se produzir, por meio de menos regulação, menos impostos, menos ideologia, mais investimento em infra-estrutura, menos governo e mais empreendedores no campo.
Terra deixou de ser ativo para especulação imobiliária, mas é um fator de produção _e sem produzir não gera lucro. Que se estabeleçam critérios para expropriar terras, como no caso do uso para produção de matéria-primas de drogas, quando é usada para lavagem de dinheiro, quando é usada por senadores que usam sua lábia pra engordar boi etc..
Também nunca é demais lembrar que nas regiões em que o campo é fortalecido (e não se tem a tensão gerada pelas invasões, políticas fajutas de reforma agrária etc.), o agronegócio (todas os elos em que a agricultura ou pecuária são a base, sejam elas de que porte for _empresarial ou familiar, desde as indústrias e serviços antes da porteira, até as atividades após a porteira) é responsável pelo dinamismo econômico, pela maior oferta de empregos em outros setores não diretamente relacionados com o agronegócio, por melhores indicadores sociais etc..
É só perceber que a qualidade de vida está migrando para o interior do país. Curitiba é a melhor capital em termos de educação no país. Está atrás de 400 cidades do interior. BH é a segunda capital, oitocentas posições atrás. Ou seja, o fundamentalismo ideológico, o farol voltado para a traseira e o preconceito de governantes como o engenheiro civil Cassel é que atrasam este país."

JOSÉ EDUARDO F. DA SILVA, engenheiro agrônomo, MBA em gestão do agronegócio (Belo Horizonte, MG)

-

Cansei

"Parece que o movimento 'cansei' ganhou um nome de peso: dom Bertrand de Orleans e Bragança, nosso príncipe herdeiro. Cansado da vida enfadonha no seu palácio, no alto da serra fluminense, esse fidalgo senhor decidiu que ele, e não Lula, entende de povo, ofende o Ibope e este povo ao classificar de 'artificial' a popularidade do presidente e joga nas costas do governo atributos clássicos da monarquia: aparelhamento do Estado, submissão de atos políticos a uma ideologia e que tais. Dom Bertrand só se esqueceu de agradecer a nós, o povo, pela gorda 'bolsa família' que os Orleans e Bragança recebem, há mais de século e meio, e que o atual aventureiro que se apoderou da coroa nem se atreve a contestar."

MANUEL VÁZQUEZ GIL (São Vicente, SP)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página