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02/10/2007 - 02h30

Assaltado nos Jardins, violência, Deus na escola, educação, desempenho

da Folha Online

Assaltado nos Jardins

"Acabei de ler o texto escrito por Luciano Huck ('Pensamentos quase póstumos', 'Tendências/Debates', 1º/10) e, lá na minha mente, ouvi o seu lamento. Sei quais foram os sentimentos que ele tentou expressar em seu texto. A decepção, a tristeza, a angústia, a vergonha! Tive há um mês meu carro roubado. Na verdade, foi uma tentativa de seqüestro relâmpago, mas graças a Deus (e não à polícia) consegui escapar. O mais interessante, para não dizer lamentável, foi que segui o bandido com um táxi e liguei para o 190 (o número da desilusão). E nada foi feito. Não mandaram nenhuma viatura. Não fizeram nada. O choque foi maior pela omissão da polícia do que pela ação do bandido.
Entendo perfeitamente o que Luciano Huck sentiu. Não ver os filhos crescerem. Não ver o sol da manhã seguinte ou sentir a garoa do dia seguinte. Sei o que é ser um brasileiro sem amparo, sem lei, sem governo. Porque é assim que nos sentimos: desamparados.
Também trabalho e pago imposto. Mas onde estão as políticas públicas de nosso país? Onde está o Bope do comandante Nascimento? Queremos mais segurança, mas sabemos que a política do país existe para sanar a fome do interesse pessoal, e não para acabar com a miséria.
Só nos resta lamentar e 'tentar' acreditar que tudo vai ser diferente... e quem sabe, um dia, realmente cantaremos: 'Ei, medo, eu não te escuto mais. Você não me leva a nada'. Mas, enquanto isso não ocorre, sabemos que o medo é real e dói. E temos a certeza de que nos leva a viver atrás de grades, enjaulados em nossas residências e com muito medo..."

ANA PAULA GOMES DE OLIVEIRA (Vila Velha, ES)

*

"Minhas condolências a Huck pelo trauma sofrido.
Lamento, contudo, também dizer que o pior vem agora, que é passar a viver constantemente com medo de ser novamente assaltado.
Lamento também dizer que como cidadão que também paga seus impostos tenho certeza de que nem tão cedo nada vai mudar, pois na atual tendência populista em que vivemos no país, o presidente da República, a classe política e até mesmo a Justiça não têm interesse nenhum em resolver questões relativas à segurança do cidadão comum que têm o 'privilégio' de pertencer a classe média ou a classe alta."

EDUARDO AGUIAR (São Paulo, SP)

*

"Digno como cidadão Luciano Hock nesta Folha, pois ele poderia simplesmente se calar, como muitos o fazem, em seus carros blindados, condomínios fechados e nem sequer mostrar sua indignação contra a insegurança total em nossas cidades."

MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

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Violência

"Sentenças judiciais devem ser cumpridas sem contestação? Juízes devem ser considerados como deuses e assim, onipotentes, onipresentes, sábios, donos dos nossos destinos, emitirem sentenças mesmo contrariando o laudo de psiquiatras, como aconteceu nesse terrível caso dos meninos mortos na Cantareira? A sociedade brasileira tem que reagir a essas atitudes, discutir esse poder do Judiciário. Vejam que enquanto o terrível caso João Hélio rendeu manchetes por meses em todos os meios de comunicação, hoje quase não se falou do caso maníaco da Cantareira. Acordem, ativistas dos direitos humanos! Manifestem-se também a favor de vítimas de sentenças judiciais!"

ENI MARIA MARTIN DE CARVALHO (Botucatu, SP)

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Deus na escola

"Urge que separemos a ética oficial da religiosidade. Temo que argumentos como o da deputada Maria Lúcia Amary, de que a divindade é necessária para combater a violência e impunidade, se perpetuem e ameacem a secularidade do Estado, abrindo espaço para todo tipo de discriminação religiosa."

GUILHERME ALMEIDA (São José dos Campos, SP)

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Educação

"Como digerir que o Estado mais rico do país tenha uma performance tão ruim no ensino público? Essa queda de qualidade se verificou justamente no governo do PSDB, com aprovação automática e com o esfacelamento do magistério. Esse é o choque de gestão que esse partido impôs ao Estado. O governador Serra só se manifestou sobre educação durante a campanha eleitoral , mesmo assim sem dizer claramente o que pretendia. Portanto, como ele nada prometeu, não precisa melhorar nada. O caráter privatista deste partido fala por si: cada vez mais surgem escolas particulares e, no final dessa triste história, a escola pública, que só serve aos mais pobres, deixará de existir. Dessa forma, o dinheiro que iria para a educação irá certamente para algo mais útil, do ponto de vista das 'prioridades' do PSDB."

MARA CHAGAS (São Paulo, SP)

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Desempenho

"Assiste total razão ao deputado estadual Carlos Giannazi, na questão abordada sob o título 'A farsa da avaliação de desempenho' ('Tendências/Debates', 1º/10). Sua coerente análise sobre a nefasta forma de remuneração do magistério é válida, ipsis literis, para outros segmentos de servidores estaduais, como os policiais que estão para receber mais um vexatório reajuste salarial, em forma de gratificação, excluindo os aposentados e pensionistas, em flagrante desrespeito à Constituição do país."

JARIM LOPES ROSEIRA (São Paulo, SP)

 
 

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