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16/04/2008 - 02h30

Sindicalismo, Isabella, prata, Amazônia azul, Lula

da Folha Online

Sindicalismo

"Fora de qualquer dúvida, a conquista da liberdade de imprensa deveu-se em grande parte a atuação dos sindicatos profissionais que enfrentaram a ditadura militar e lutaram pela redemocratização do país.
A democracia tem, dentre os fundamentos que lhe dão sustentação, a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho. Os trabalhadores, como coletividade organizada, são representados pelo sindicato que tem como prerrogativa institucional a defesa de seus direitos individuais e interesses coletivos. Defende assim a dignidade da categoria para a qual foi constituído como valor social.
A imprensa livre pela qual lutamos é a imprensa responsável, que, traduzindo e retratando o que acontece em nosso mundo, contribui decisivamente para a formação da opinião pública.
A liberdade de imprensa que nós pensamos e queremos não é a liberdade do dono da imprensa, mas aquela que, escrevendo a verdade e assegurando o amplo direito de resposta, é indispensável para a realização do Estado democrático de Direito.
Por tudo que nos acode, não podemos admitir a campanha que sem outra razão senão a mercantilista, vender jornal, ou política de formação neoliberal, comprometer a atuação sindical junto aos leitores e assim junto a população.
A central a que nos filiamos (Força Sindical) tem procedimento tão limpo como tem (acreditamos) este jornal, e como ele não aceita barganhas, não compactua com procedimentos escusos.
Vem a nossa mente uma das histórias das 'Mil e Uma Noites': uma pessoa que denegria a imagem e a honra de outra foi levada à presença do juiz, que, após ouvi-la, ordenou que escrevesse o nome da ofendida num pedaço de papel. Isto feito, mandou que o picasse em pequenos pedaços e depois que espalhasse os retalhos pelas ruas da cidade. Em seguida ordenou que os catasse e recompusesse o que escrevera. Reconhecida a impossibilidade de cumprimento da ordem, respondeu o juiz, condenando-a, que o bom nome do ofendido fora para sempre despedaçado e que dificilmente poderia ser refeito.
É o que este jornal vem fazendo com a central Força Sindical, atingindo os sindicatos e seus filiados, seus dirigentes e os trabalhadores que nela se aglutinam.
Peca pelo abuso da propalada liberdade de imprensa não assegurar o direito de resposta do ofendido, dispensando apenas e ainda assim raríssimas vezes, como tem denunciado o ombudsman deste jornal, num canto de página, 'Painel do Leitor', quase sempre acompanhada de Nota da Redação ou réplica do jornalista redator da matéria.
Daí porque vimos hipotecar nosso apoio à Força Sindical, aos companheiros que a dirigem, especialmente a seu presidente Paulo Pereira da Silva, repudiando o procedimento deste jornal que compromete a liberdade de imprensa e o Estado Democrático de Direito.
Queremos sim o amplo direito de resposta, não no 'Painel do Leitor', mas no local onde as reportagens ofensivas vêm sendo publicadas, com a mesma dimensão e o mesmo destaque.
Sem isto a Folha deixará de merecer nosso respeito."

ANTONIO DE SOUSA RAMALHO, presidente do Sintracon-SP _Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (São Paulo, SP)

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Caso Isabella

"Esse massacre que um setor poderoso da mídia faz aos pais de Isabella não é normal. A opinião pública já os condenou. E se não forem os culpados? Mesmo se forem, será que a mídia não extrapola? Esse sensacionalismo mórbido tem, realmente, compromisso com a justiça e com a verdade? Trata-se de liberdade de informação ou a finalidade é comercial? Onde termina um e começa o outro?"

ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

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"O caso da menina Isabella tornou evidente a deficiência com que as perícias criminais são realizados no Brasil, sempre renegados a segundo plano. Não por culpa dos profissionais que arduamente trabalham nessa área, mas pela falta de estrutura e de recursos, principalmente humanos no qual, muitas vezes, um perito responde por crimes e fatos diversos de várias cidades ao mesmo tempo, prejudicando, assim, uma perícia mais cuidadosa e eficiente a cada local de crime."

EDENILSON MEIRA (Itapetininga, SP)

*

"É interessante a repercussão que alcança quando uma criança branca, de olhos claros e da classe média é assassinada. O caso do garoto João Hélio e o mais recente da Isabella, para ficar nos mais recentes, nos mostra esta situação que merece um estudo sociológico mais aprofundado. O que na verdade choca estes 'mortos vivos' cidadãos brasileiros não é a morte de uma criança, mais sim o fato de ser de uma classe mais elevada socialmente, pois diariamente morrem crianças nas periferias brasileiras em situações idênticas ou até piores e não se tem a mesma repercussão. Será que é a imprensa é que alimenta esta barbárie ou são os dois? É lamentável a situação evolutiva do povo brasileiro e sua elite, preocupada somente em manter seu status quo. Solta os pais da Isabella no meio destes animais e farão pior do que qualquer genocida no mais alto grau. É deprimente, e mais deprimente quando a imprensa, que deveria se julgar mais equilibrada, participa de forma a alimentar tamanha insanidade."

JUARES MACHADO (São Paulo, SP)

Medalha de prata

"Ponto negativo para a reportagem 'Em déjà vu, Jade conquista prata' ( Esporte, 13/4) sobre a conquista da medalha de prata por Jade Barbosa, 16, contra Oksana Chusovitina, 32. Cristiano Cipriano Pombo deixa a impressão que pouco é ficar em segundo lugar atrás da primeira do mundo."

SÉRGIO LÍSIAS DE MATOS ALVARENGA (São Paulo, SP)

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Amazônia azul

"A anunciada descoberta de um novo gigante campo de petróleo na bacia de Santos, no litoral fluminense, é alvissareira. Mostra a potencialidade econômica para o desenvolvimento sustentado do país da nossa Amazônia azul, o mar que nos pertence. Sabendo-se ainda que mais de 95% de nosso comércio internacional se faz por via marítima, essa área de nosso território ganha importância fundamental. Sabendo-se que toda riqueza gera cobiça, urge a operacionalização de estudos já existentes por civis e militares no sentido de um gerenciamento centralizado de suas potencialidades no sentido que não desperdicemos os recursos ali existentes."

JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

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Governo Lula

"Lula diz que o combate à dengue é de competência dos prefeitos. Errado! Afinal, existe um Ministério da Saúde subordinado ao presidente que deveria estar coordenando os trabalhos de combate da grave epidemia que assola o Rio e outras cidades. O Ministério da Saúde não é só um cabide de empregos para os companheiros petistas e caberia a ele, inclusive, a liberação de verbas adicionais nesta emergência para as prefeituras de cidades em risco. É na crise que podemos reconhecer os bons governantes, e este que aí está parece ser ótimo em 'passar a bola' e sair de banda. Não dá para Lula eximir-se da responsabilidade mais uma vez."

MARIA CRISTINA DA ROCHA AZEVEDO (Florianópolis, SC)

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Cartões corporativos

"A Casa Civil deixou que vazassem as despesas de FHC e dona Ruth com os cartões corporativos, mas guarda a 'sete chaves' as de Lula e dona Marisa. Entretanto, o povo que paga através de impostos toda a máquina governamental, tem o direito de conhecer esses gastos. Assim, quem sabe, tomando conhecimento dos imensuráveis custos particulares dos integrantes do governo com seus famosos cartões e mais o que é desviado em corrupção, as pessoas assistidas pelo Bolsa Família (que também pagam impostos) não se contentarão somente com um pouco mais que um parco prato de comida e, como cidadãos, também exijam direito à saúde, educação, segurança, habitação, infra-estrutura etc."

ENI MARIA MARTIN DE CARVALHO (Botucatu, SP)

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Igreja

"O correspondente da Folha em Washington fez uma reportagem depressiva sobre a Igreja Católica americana com nítida intenção de interpretação de dados de forma desfavorável e tendenciosa contra nós católicos. Lendo outros jornais internacionais --Le Monde, New York Times, El Pais, La Repubblica-- observei, comparativamente, um tom bem mais sereno, realista e profissional."

JOSÉ CÂNDIDO DA SILVA (Belo Horizonte, MG)

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Greve

"O ministro Gilmar Mendes, famoso jurista desde os tempos de FHC, praticamente decidiu que não existe mais direito de greve. Em pleno século 21 retrocedemos para o início da Revolução Industrial na Inglaterra, quando esse direito também não existia. O ministro disse que a greve nesses serviços essenciais pode afetar o interesse público. Quero lembrar que, sob a justificativa de grandes interesses públicos, cometeram-se enormes atrocidades no século 20. Na União Soviética, se matavam pessoas também sob a justificativa de defender o interesse público. O que a imprensa livre precisa fazer é ficar alerta quanto ao padrão comportamental deste governo. Eles não deixaram o TCU fiscalizar os sindicatos; lançaram a TV Brasil, estabelecendo censura no que podia ser dito a respeito do governo nos telejornais dessa TV. E, agora, não existe mais direito de greve. Quais serão os próximos passos do governo Lula, quem sabe no seu terceiro mandato? Talvez se olharmos para a Venezuela de Chávez possamos achar indicativos de respostas."

FREDERICO POMPEO PARREIRA (São Paulo, SP)

 
 

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