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29/04/2008 - 02h30

Caso Isabella, greve, STF, biocombustível

da Folha Online

Caso Isabella

"A morte de Isabella sensibilizou toda a sociedade brasileira e a polícia usou todos os recursos tecnológicos para desvendar o crime, o que deve levar outros criminosos a pensar duas vezes antes de cometer tamanha brutalidade contra crianças indefesas. Mas, infelizmente, os políticos brasileiros não se sensibilizaram nem um pouco com esse crime e nem com a morte brutal de outras crianças como João Hélio, Ives Ota e tantos outros casos. Nunca se sensibilizaram com o assassinato de quase 50 mil pessoas por ano no Brasil, e apenas em épocas de comoção nacional aparecem na frente das câmeras e holofotes para dizer que algo precisa ser feito. Mas onde está a mudança de nosso arcaico Código Penal? Quando vão acabar com essas penas brandas, recursos infinitos, reduções de penas por bom comportamento para assassinos confessos e o direito de aguardar em liberdade o julgamento? Ao que parece, os políticos não mudam essas leis pois têm medo de que elas se voltem contra eles mesmos."

CRISTIANO REZENDE PENHA (Campinas, SP)

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"Qual será o sentido desta lição da vida que tanto nos chama a atenção? Talvez nas atitudes dos envolvidos indiretamente estejam os indícios da constituição desta tragédia, uma mistura de irresponsabilidade colossal com ódio profundo. De um lado uma família que preferiu a ausência de limites a ter de encarar a crua realidade dos fatos. De outro lado um pai violento e descontrolado, que agredia com tapas, atirava objetos e ameaçava de morte sua filha, mesmo depois que já estava adulta. O pai da vítima nunca teve atividade rentável, mas levava vida de playboy montado em carros e motos superpotentes. A madrasta tinha de recorrer a delegacias de polícia para registrar queixas contra seu próprio pai. Proteger os filhos é função dos pais, e passa por educar pelo exemplo, ensinando o respeito aos outros e a verdade."

MARCOS DE GUSMÃO LAMBERT (Belo Horizonte, MG)

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"Chega a ser assustador nos depararmos com tanta crueldade como a da qual foi vítima a menina Isabella. Atitudes como as que a levaram à morte ferem a integridade moral do ser humano. Viver numa sociedade tranqüila, livre de agressões e atos monstruosos, aproxima-se cada vez mais da utopia.
A acusação do pai e da madrasta como os reais assassinos só concretizam o estado calamitoso a que chegou a dignidade humana e, acima de tudo, o respeito ao próximo.
A ninguém pertence o direito de tirar a vida de outrem, mas como familiares da pequena, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá se tornam ainda mais condenáveis aos nossos olhos. Inconscientemente, ambos são portadores de um distúrbio que os marginalizam e os tornam hipócritas, sujos e cheios de crueldade."

ARYANNE BRANDÃO COELHO E SILVA (Bocaiúva, MG)

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Greve

"Sei que não são todos que estão participando dessa vergonhosa greve que a maioria dos auditores da Receita estão fazendo. Em três anos, os auditores ficaram um ano e um terço de ano sem trabalhar, 'lutando' por direitos e fazendo greve. Ou seja, uma vergonha típica de país de quarto mundo. Pessoas que ganham R$ 15 mil fazendo greve e atravancando o país, exigindo ganhar mais. Sabe qual o motivo catalisador de tal abuso? É vivermos num país títere e subdesenvolvido, que deixa funcionários aproveitadores prejudicarem toda uma nação sob o rótulo fajuto de democracia e direitos trabalhistas. Lamentável."

CARLOS SAVEDA (Santos, SP)

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STF

"Pelo que vi na reportagem 'A frente do STF, Mendes critica ações do MST' ( Brasil, 24/4), a impressão que me ficou (ou a certeza?) é que a oposição 'emplacou seu líder' no Supremo Tribunal Federal.
E agora, como fica a autonomia e a independência dos Poderes? Quem tem a maioria?"

ANTONIEL ALVES FEITOSA (Recife, PE)

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Biocombustível

"Tenho de parabenizar a Folha pelo editorial 'Mitos sobre o álcool ( Opinião, 28/4), reproduzindo a análise límpida do colega José Goldemberg sobre a excelência do etanol de cana como combustível. Infelizmente, as poderosas e subsidiadas economias agrícolas do Hemisfério Norte estão impondo ao mundo uma falsa imagem dos biocombustíveis como competidores com alimentos básicos, e, ardilosamente e por especulação, fazendo um agravamento da falta de comida na África e em países periféricos das Américas e da Ásia. É muita mesquinhez não permitir que essas regiões possam ter o almejado desenvolvimento por meio da produção de combustíveis limpos."

ADILSON ROBERTO GONÇALVES, pesquisador em biocombustíveis da Escola de Engenharia de Lorena - USP (Lorena, SP)

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Reeleição

"O Brasil vive hoje iludido e festivo com os bons resultados da economia. O governo ladino tenta capitalizar, mas não deve ignorar que o bom momento decorre, em grande parte, do desempenho internacional e de corajosos investimentos e sacrifícios do empresariado e de governos anteriores em pesquisa de petróleo, estradas, portos, hidrelétricas, indústrias e outros empreendimentos que tiraram o Brasil da condição de país tipicamente rural.
Preocupa ver a distribuição demagógica e sem critério de benesses aos carentes em troca de votos, sem exigência de qualquer contrapartida do beneficiário e a sua inclusão social. As 'bolsas' deveriam estar atreladas a oportunidades concretas de estudo, aperfeiçoamento e colocação no mercado de trabalho.
O dinheiro que o governo arrecada hoje vem de investimentos do passado e não pode ser malbaratado em aventuras eleitorais. Jamais poderá alavancar candidaturas; isso é crime. Para evitar, o ideal é acabar com a reeleição aos cargos executivos. Ao sair, prefeitos, governadores e presidentes da República devem se tornar 'eméritos', jamais postulando o retorno à mesma posição. Isso dará mais seriedade aos governos e respeito aos governantes."

DIRCEU CARDOSO GONÇALVES, dirigente da Aspomil --Associação de Assistência Social dos Policiais Militares de São Paulo (São Paulo, SP)

 
 

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