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17/05/2008 - 02h30

Marina SIlva, dengue, crime, literatura, racismo

da Folha Online

Marina Silva

"Não deixa de ser interessante observar que o mesmo governo que obedece cegamente as 'lições' da Standard & Poor's, que nada mais é do que uma única agência de risco, privada e internacional, vira as costas para o que tem a dizer uma brasileira com a história de Marina Silva."

MARCELA SILVEIRA (São Paulo, SP)

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"Triste destino têm os ministros idealistas no governo Lula. Cristovam Buarque brigou por mais investimentos na educação. Foi demitido por telefone. Marina Silva lutou para evitar a destruição da Amazônia. Foi obrigada a demitir-se. Nessa toada, o ministro da Saúde que se cuide. Se parar de falar em aborto e começar a trabalhar para melhorar a saúde pública, não dura uma semana no cargo."

JORGE ALBERTO DE OLIVEIRA MARUM (Piedade, SP)

*

"Recebi com muita tristeza a notícia da demissão da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Mais um duro golpe num PT, que já há algum tempo não tem mais espaço para as pessoas que o fundaram, com objetivos claros de transformação num país marcado pela escravidão humana e pela exploração predatória da natureza, em nome de um progresso que só nos faz ficar presos nos engarrafamentos das grandes cidades, entupidas de veículos exalando fumaça.
Que saudade do PT das Erundinas, das Heloísas e, agora, das Marinas, mulheres de garra e coragem, que ousaram enfrentar o mundo em nome de seus ideais. Elas não têm mais espaço no governo petista, porque esse já não é um governo petista, nem mesmo Lula é mais o líder sindical que ouvia os trabalhadores antes de tomar decisões. Agora, assistimos a uma repetição do mais baixo nível de fisiologismo político, dos conchavos e da obsessão pelo poder a qualquer custo, onde não há espaço para utopias e sonhos.
Vamos, assim, retrocedendo lentamente aos períodos mais conservadores e reacionários da história política brasileira, onde o presidente da República se auto-proclama o salvador da pátria e, para se manter nessa posição, negocia setores estratégicos do governo com partidos que só almejam a partilha de cargos e interesses duvidosos. Triste história a do PT neste momento, pois caem, um a um, seus filhos e filhas autênticos(as) e compromissados(as) com o real desejo de mudanças que geraram o próprio partido."

ALEXANDRE ASSIS (São Vicente, SP)

*

"Apesar de as evidências apontarem um avanço crescente de desastre climático na terra, prevalece, entre os países, a visão econômica sobre a ambiental.
Continua a subestimação aos ambientalistas e aos seus estudos, cada vez mais graves e consistentes, sobre o desastre que se aproxima velozmente. Elevação do mar, seca e declínio de espécie são assustadores. Mas os líderes políticos só se preocupam com o PIB. A demissão de Marina Silva assusta mais ainda."

ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)

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"O artigo de Frei Betto ('Tendências/Debates', 16/5) sobre Marina Silva é uma peça a ser guardada. Emoção tocante por todo o texto, deixa no ar dúvidas e certezas. Como ficará Lula diante de tal artigo, escrito por amigo dileto? O 'não sei' ou 'eu não sabia' não cabem na questão. O nome 'aloprados' se encaixa ao fato, mas não será utilizado, pois, no caso, aloprado só há um, e todos sabem de quem se trata."

AIRTON MANOEL DIAS (São Paulo, SP)

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Dengue

"O nosso ministro da Saúde mostrou-se pessimista. Informou que controlar a doença é difícil e que ela perdurará por algum tempo; inclusive disse que o mal ainda motivará contratempos em determinadas regiões, enunciadas por ele. A dengue não é enfermidade nova, e sobre ela conhecemos os métodos preventivos e assistenciais, bastando então usá-los de forma permanente, intensa e adequada, com o apoio de profissionais competentes. Quando influem vários fatores, vacina eficaz é almejada e impõe-se apoiar instituições para obtê-la. Infelizmente, contar com a colaboração de certas comunidades é insuficiente, porquanto elas vivem de forma miserável e não se preocupam com coleções de água. Ministro, coragem, aguerrimento, cobrança de concreta vontade política para enfrentar a enfermidade e apelo a fim de que disponibilizem recursos suficientes; conte com minhas rezas e com meu desejo de que aconteça sucesso."

VICENTE AMATO NETO (São Paulo, SP)

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Crime na cadeia

"Depois que vários ramais da empresa em que eu trabalho receberam um trote de pedido de resgate, conseguimos identificar o número da chamada. Para nos certificarmos da origem, tivemos o cuidado de ligar de volta, e percebemos que do outro lado da linha estava um bandido, dentro de uma cela. Diante da constatação, entramos em contato imediatamente com o 190 (Polícia Militar), que disse que não poderia fazer nada e mandou ligar para o 197 (Polícia Civil). Nada feito. A Polícia Civil também pulou fora e sugeriu um contato com o 181 (Disque Denúncia). Nada adiantou. O 181 voltou a passar a responsabilidade para o 197. Resultado: ninguém faz nada diante de uma denúncia concreta. Nenhuma autoridade se interessou ao menos em anotar o número do celular do bandido para verificar a veracidade da informação. Estamos perdidos."

GILBERTO DE ALMEIDA (São Paulo, SP)

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Literatura

"A Folha é realmente um jornal para (quase) todos os gostos. O incauto leitor pode bater os olhos num espaço recentemente ampliado na Ilustrada, que permite que uma colunista --além de fatos e fotos dispensáveis de todo dia-- registre o lançamento e cite trecho que ela considera 'saboroso capítulo' de biografia, mas que na realidade revela o mau caráter de um escritor (sic) em suas aventuras sexuais.
O que é 'saboroso' para a colunista (sexo em cemitério e em frente à tia muda e paralítica) pode ser covardia doentia com uma deficiente e de extremo mau gosto para outros.
Mas quem lê a coluna e o 'escritor' deve adorar a tal biografia."

PEDRO ERNESTO ERICHSEN PEREIRA BOMPEIXE (Curitiba, PR)

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Racismo

"O assunto é extenso, mas resumo minha opinião numa frase: racismo é reduzir para uma única etnia --a negra-- o desejo de dezenas de milhões de brasileiros que se projetaram na multirracial cor parda."

PAULO SÉRGIO MENDES (Santos, SP)

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Amazônia

"Em 1980, passando por Manaus, a serviço da Eletronorte, um engenheiro agrônomo dizia-me que é um equívoco confiar na fertilidade das terras amazônicas. A tênue camada fértil que sustenta a floresta é conseqüência do descarte do material orgânico caído das árvores que se reintegra ao solo e, num círculo vicioso, é reabsorvido pela mesma floresta. Eliminada a floresta e interrompido o ciclo, depois de alguns plantios, o solo vira deserto. Não seria o caso de se estudar a teoria antes que seja tarde?"

ELIZIO NILO CALIMAN (Brasília, DF)

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Impostos

"Duas notícias que toda a mídia, em seus cadernos de economia, noticiam são emblemáticas. 'Pobre paga mais imposto que rico' e 'Bancos têm rentabilidade maior com o governo Lula' são constatações representativas de um modelo macroeconômico que trava todo o processo de desenvolvimento sustentado do país. A atual linha neoliberal de juros celestiais, herdada da era FHC, que o governo do PT mantém e que só é aliviada pela rede de proteção social atualmente aplicada, é, com certeza, o que ainda está impedindo, não se sabe por quanto tempo, uma explosão social dos punidos pela exclusão social desse regime econômico suicida. Urge, assim, uma séria e profunda flexibilização responsável do modelo no sentido de democratizar a renda nacional e, com isso, gerar crescimento e renda fruto da produção e trabalho, única forma efetiva de combater a violência que tanto nos apavora."

JOSÉ DE ANCHIETA NOBRE DE ALMEIDA (Rio de Janeiro, RJ)

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Apadrinhados

"A Câmara dos Deputados e o Senado Federal gastam juntos, por ano, uma fortuna para pagar empresas locadoras de mão-de-obra, beneficiando apadrinhados de deputados federais e senadores da República.
Os números são impressionantes pelo fato de nós, leigos, imaginarmos que nestas Casas legislativas só trabalhem funcionários concursados ou de carreira, mas na prática não é bem assim.
São 3.562 funcionários de diferentes empresas que circulam pelo Congresso Nacional, fazendo seus lobbies em favor de seus padrinhos, que os tratam como marinetes em busca do sucesso pessoal e financeiro.
E o que ainda é pior: descumprindo a legislação trabalhista, visto que não possuem vínculo empregatício com as instituições públicas, mas que, em caso de qualquer dano, pelo artigo 37 da Constituição Federal, o Estado responderá objetivamente, quer dizer, deverá indenizar por ato de seus prepostos.
Somos um país de mentira e em níveis acima do tolerável de contaminação pela corrupção."

FABIO TAVARES (Rio de Janeiro, RJ)

 
 

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