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28/09/2008 - 02h30

Eleições, Desigualdade, Crise, Fumo, Novela, Médicos

da Folha Online

Eleições

"Leio que Fernando Henrique Cardoso fará frente com Geraldo Alckmin e Gilberto Kassab contra Marta Suplicy. Péssimo! Que ele faça frente com Alckmin, já praticamente fora do baralho. Se fizer com Kassab, ele o prejudicará, da forma como é encarado pelos eleitores. Todos se lembram do Proer, Vale do Rio Doce, Petrobras etc. Ele deveria é sumir do mapa para melhorar a imagem do PSDB. Eu não sei como José Serra ainda o aceita de seu lado, principalmente com suas últimas declarações quanto ao petróleo descoberto, que ele pretende continuar privatizando. Ninguém se esquece de que ele, em vez de procurar gás aqui, foi na Bolívia, deu dinheiro à Bolívia, e eis o resultado: a bomba na mão de Lula. Por que ele não some do cenário político para melhorar a imagem de seus parceiros? Alckmin não precisa de ninguém para desprestigiá-lo: basta dar um olhada no que ele fez com a educação e com os aposentados professores, desobedecendo a Constituição. Chegou a hora de dar-lhe o troco. Que volte a sua profissão, que ele diz ter e que, aliás, nunca exerceu."

OLAVO PRÍNCIPE CREDIDIO (São Paulo, SP)

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"Pior do que haver se beneficiado com o uso da máquina pública para alavancar sua candidatura para a Prefeitura do Recife é o cinismo com que o candidato João da Costa (PT) se defende das acusações, tentando dar a entender que está sendo vítima de um 'golpe'. O pupilo do prefeito João Paulo alega que estaria sendo acusado injustamente 'apenas' porque alguns funcionários teriam enviado e-mails propagando a sua candidatura, esquecendo-se porém de dizer que esses e-mails foram passados de computadores da prefeitura, durante o horário de expediente, como forma de constranger outros funcionários, inclusive para que participassem de eventos de campanha. A outra acusação que o candidato tenta minimizar é o uso de verbas da prefeitura para publicar uma 'revistinha' usada para fazer apologia da sua 'competência' como secretário municipal. É muita cara-de-pau!"

JÚLIO FERREIRA (Recife, PE)

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Desigualdade

"O Brasil vive um momento tão mágico de crescimento que até em notícia ruim é possível destacar um 'lado bom'. Pesquisa realizada pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) com o Instituto Sensus revela que 81,1% dos entrevistados acham que os preços subiram em 2008. Para esses cidadãos, ouvidos em 136 municípios, o aumento dos alimentos foi o mais sentido. O levantamento reflete uma realidade doida no bolso: comer ficou mais caro em todo o território brasileiro em 2008. Mas isso não é só fruto da crise internacional ou de problemas sazonais com safras. Boa parte desses reajustes é fruto do aumento da demanda. O brasileiro está consumindo mais, o que já era previsível. Mais de 10 milhões deixaram a faixa do terço mais pobre da população (até R$ 545,66 de renda familiar) e passaram a integrar a faixa intermediária (com renda familiar de até R$ 1.350,82). Além disso, 3,6 milhões saltaram dessa faixa intermediária para o terço superior de renda, que ganha acima de R$ 1.350,82. Esses lados são, sim, motivos de orgulho. Mas ainda é pouco. A desigualdade não desapareceu no país, a fome está viva, a escola pública é medíocre e deixa muito a desejar, segurança e transporte são problemas crônicos e de polícia. A ascensão dos brasileiros está causando aumento do consumo, o que faz movimentar a economia. Isso é prova que pobreza não dá lucro. Ou seja: desenvolvimento social dá lucro no Brasil e em qualquer outro lugar do planeta."

TURÍBIO LIBERATTO (São Caetano do Sul, SP)

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Crise

"Herdamos do século 19 a polaridade esquerda-direita. O primeiro extremo, a esquerda, caiu na real após a queda do Muro de Berlim e da debacle soviética. Faltava humanizar o outro extremo. O capitalismo selvagem parece que agora vai para a jaula, local dos selvagens. E o capitalismo mais voltado para os seres humanos talvez prevaleça a partir daí. A razão de ser do capital é o ser humano. Isso de privatizar os lucros e socializar os prejuízos, como quer a dupla Bush-Paulson, tem que acabar. Parece que o Congresso americano vai disciplinar isso. E teremos uma mudança radical no capitalismo."

HERCULANO KELLES (Belo Horizonte, MG)

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Fumo

"O leitor fumante Hermínio L. Cidade ('Painel do Leitor', 27/9) queixa-se de ter seu direito de fumar prejudicado por lei que visa vetar o uso do cigarro em ambientes fechados. Entendo que, como os medicamentos controlados, a venda de tabaco também assim deveria ser, bem como sofrer carga tributária diferenciada. Assim, o tratamento dispensado aos viciados seria coberto pelo uso integral dos impostos oriundos da venda do veneno, somados à contribuição compulsória de recursos da indústria do fumo (desde o plantio até o maço). As pessoas desenvolvem o hábito por conta da oferta publicitária, imitação, necessidade de afirmação, insegurança etc. Com relação ao pretenso direito ao suicídio lento e oneroso ao sistema público de saúde provocado pelo fumo, lembramos que os não-fumantes também possuem os mesmos direitos ao preferirem respirar ar não saturado de particulados, fumaça e cinzas. Mormente em ambientes destinados à alimentação e lazer."

EDUARDO MUZZOLON (Cascavel, PR)

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Novela

"A novela 'A Favorita' da Rede Globo é uma escola de maldade e violência envolta em glamour. Tudo o que espíritos mais fracos precisam para copiar na íntegra. Todo mundo sabe da força da TV e de sua influência nos costumes da sociedade. Onde anda o Programa de Qualidade da Globo, onde andam as autoridades responsáveis que não dão um basta a tal barbaridade?"

GLORIA SCANAVINO (São Paulo, SP)

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Médicos

"Vi com imensa satisfação o tema de 27/9 último sobre processos médicos no caderno Cotidiano. Sou médico anestesiologista e imploro através desta coluna que, na reforma do Código de Ética Médica, que está sendo debatida, entre o seguinte parágrafo: é ato atentório à boa prática médica a realização de procedimentos médicos que sejam consagrados a outra especialidade médica. Na consulta que o nosso Conselho Federal de Medicina pede sugestões sobre a mudança do nosso Código de Ética já fiz a mesma sugestão. Gostaria que esse mesmo texto fosse encaminhado pela Folha a nossas entidades de classe enquanto tramita a legislação federal que proíbe definitivamente a execução de procedimentos médicos por não-especialistas. Assim haveria mais respeito ao paciente, que é alvo de nosso zelo."

RODRIGO TAVARES CORRÊA (Catanduva, SP)

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