Serrismo, Fórmula 1, literatura, afogamento, segurança

Falcões do serrismo

"Minha alma foi lavada e enxaguada só com o primeiro parágrafo da coluna 'Falcões do serrismo' (Opinião, ontem). Era tudo o que durante anos eu tentava explicar para as pessoas e não conseguia. O PT sempre 'sacaneando' o povo quando colocava moradores vinculados ao partido nas subprefeituras; o PSDB, quando trazia subprefeito de outras cidades que nunca esteve no lugar, era competência.
Obrigada, Fernando de Barros, agora posso morrer sossegada, pois não sou louca nem encrenqueira e vejo que alguém vê o que eu sempre vi."

SONIA DUGAICH São Paulo, SP)

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Fórmula 1

"Felipe Massa comprovou que o Brasil é mesmo um país gerador de exímios talentos para a Fórmula 1. Não fossem as incontáveis trapalhadas praticadas pela Ferrari durante o ano, ele seria com toda a justiça o exímio campeão desta temporada. Sua vitória em Interlagos seria muito mais consagradora se na volta final não surgisse o desalento com o título pulando de mãos."

HABIB SAGUIAH NETO (Marataízes, ES)

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"Queria deixar registrada a minha repulsa em relação ao que a 'cantora' Fafá de Belém fez com o nosso Hino Nacional na abertura do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1. Uma vergonha! Desfigurar o nosso hino deveria ser proibido."

FRANCISCO ALFREDO CURCIO (São Paulo, SP)

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Literatura

"Emprestar sentido notável às palavras ('É campeão', Ilustrada, ontem) é um privilégio no Brasil _ e o escritor Cristóvão Tezza é um exemplo invejável. Escreve bem e ganha prêmios em dinheiro, contingências excepcionais em um país que aprova 'mais alunos para melhorar a nota no Ideb' (Cotidiano, ontem) mesmo sem melhorar o desempenho das crianças, da 1ª a 4ª séries, em português e matemática."

DORALICE ARAÚJO, professora de redação (Curitiba, PR)

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Afogamento

"O depoimento racional dos bombeiros, após o dramático afogamento de um homem, que se jogou ao rio Paraopeba, em Minas, tentando salvar o filho de oito anos que se afogava, seguido, no exemplo, pela filha que conseguiu resgatar o irmãozinho, fez-me pensar o seguinte: de fato, procede o aviso racional dos bombeiros, que, ao invés de se lançar, em desespero, às águas, seria melhor lançar uma corda ou uma vara para o quase afogado se agarrar e salvar-se, mas ficam-me as perguntas: 1) Se a irmã não se tivesse também jogado às àguas, e fosse procurar uma corda, não teria perdido o pai e o irmão? 2) Se o pai fizesse antes o mesmo, auxiliado pela filha, enquanto procuravam a corda, o menino também não morreria afogado? 3) Se a corda ou a vara estivessem à mão, teria um menino de oito anos, no desespero do afogamento, a condição de se agarrar a qualquer coisa que fosse? Seria o ideal da razão, mas não a coragem do coração! Minhas homenagens sinceras ao pai que morreu por amor, e à sua filha, que também morreria por amor, e ao permanecer viva, ao lado do irmão que salvou, mantém viva, em sua família, a chama grandiosa da frase de Blaise Pascal: 'O coração tem razões que a própria razão desconhece'!"

SAGRADO LAMIR DAVID, escritor (Juiz de Fora, MG)

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Segurança

"A Segurança Pública vai mal em São Paulo. No dia 27/10, por volta das 18h45min, na r. Tomás de Carvalho, conhecida como ladeira da Paraisópolis, uma quadrilha de marmanjos armados com barras de ferro e pedras de mármore quebrou o vidro de pelo menos dez automóveis, com extrema violência, para assaltar as pessoas que estavam nos carros. Pelo 190, fiquei por 40 min. solicitando socorro sem que aparecesse ninguém. Observei que mesmo às 20hs, ainda parada em um posto da av. Giovanni Gronchi aguardando socorro, após ter o carro destruído na tentativa de assalto, passaram mais dois carros com os vidros quebrados sem que nem sequer uma viatura aparecesse no local. Dado relevante: no mesmo dia e horário, na inauguração de um supermercado Mambo a 200 metros dali, na av. Giovanni Gronchi, havia três viaturas estacionadas à sua porta, que lá permaneceram por horas. A quem serve o serviço de emergência 190?"

SILVANNA TORRES ESGAIB BORGES (São Pailo, SP)

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Beijo gay

"Impressionante como pensamentos anacrônicos e obscuros persistem na sociedade em pleno século 21, apesar dos ideais de 'Liberdade, Igualdade e Fraternidade' tremularem sobre a humanidade desde o final do século 18. Repugnante amostra foi exposta aqui mesmo nesse 'Painel do Leitor', sob o título 'Beijos' (2/11). Compete a cada cidadão e membro dessa sociedade prezar e zelar para que esses princípios imortais e inalienáveis não sejam postos de lado ou encobertos pelo obscuro véu da ignorância. Do contrário, todos os esforços daqueles que lutaram por esses ideais, sacrificando até mesmo a própria vida, terão sido em vão. Aceitar tal acinte seria revalidar todas as justificativas similares que já existiram neste país para retardar a concessão de cidadania plena e de fato, tal como a Lei do Ventre Livre antes da Lei Áurea ou do voto censitário antes do universal."

TARCISIO CASTAÑON ALVAREZ (Rio de Janeiro, RJ)

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Polícia civil

"O secretário da Segurança Pública com sua declaração de que a greve na Polícia Civil tem relação corporativa com o escândalo nacional das carteiras de motorista fraudadas em Ferraz de Vasconselos perdeu excelente oportunidade de continuar calado. No afã de desqualificar a paralisação trabalhista, tentou espalhar a pecha de corrupta a toda a polícia. Como chefe da Segurança Pública, feriu a dignidade de uma instituição centenária, com larga folha de trabalho à comunidade, e de seus milhares de servidores. Tivesse continuado quieto, como fez desde o início do movimento, poderia, no máximo, continuar sendo acusado de chefe de polícia omisso. Mas, agora, deve explicações a toda a classe e à sociedade sobre o que realmente pretendeu dizer ao estabelecer comunicação entre a greve e o crime das carteiras, descoberto pela própria polícia e hoje em apuração na Justiça. É absurdo alguém pensar que os policiais de todo o Estado perderiam seu tempo para apoiar colegas ditos errantes que hoje enfrentam os rigores da Justiça. A classe quer apenas a recomposição dos seus salários, que o governo, sob desculpa de seguir a Lei de Responsabilidade Fiscal, sucateou ao protelar até a reposição inflacionária ao longo de pelo menos 12 anos. O governo estadual precisa encarar com mais seriedade a questão salarial do funcionalismo. Não pode continuar usando os artifícios das gratificações temporárias e localizadas pois, com esse procedimento, só consegue sucatear as carreiras. Joga os policiais para trabalhar no ilegal 'bico', como complementação dos baixos ganhos no Estado. O secretário agride toda a classe e, quando se fala na reivindicação salarial, adota a posição de Pilatos, dizendo que a questão agora é um problema dos deputados. Espera-se que a Assembléia Legislativa demonstre mais juízo que o governo e faça todo o possível para atender com justiça a classe dos policiais e superar os reais motivos da greve que, a cada dia, segue para níveis mais perigosos."

DIRCEU CARDOSO GONÇALVES, diretor da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)
(São Paulo - SP)

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Record

"A coluna 'Outro Canal', de Daniel Castro, anunciou que a tragédia de Eloá Pimentel foi a salvação da Record no mês passado. Impressiona-me que o povo brasileiro esteja tão ávido por sangue. Sim, pois quem teve o desprazer de passar pela cobertura da citada TV pôde assistir ao modo cruel e bizarro com que foram expostos os personagens do fatídico 'evento'. A TV enfatizava sempre que, do seqüestro, a qualquer tempo, poderia advir a desgraça, de modo a prender a atenção dos espectadores, numa manipulação dantesca. Não posso concordar que a preocupação da emissora seja apenas acompanhar o desenvolvimento de fatos e transformá-los em informação ao telespectador, conforme escreveu o gerente nacional de Comunicação da empresa no último dia 30, neste 'Painel'. Parece-me que o canal se inspira demasiadamente na ridícula novela 'Mutantes', que exibe em horário nobre. O pedido de uma apresentadora para que o seqüestrador e assassino aparecesse na janela e acenasse foi mesmo o ápice de 'jornalismo' da emissora."

RENATO ALESSANDRO DA SILVA (São João da Boa Vista, SP)