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17/12/2008 - 02h30

Vereadores, pichação, AI-5, Santa Catarina

da Folha Online

Vereadores

"Quem será que são os apadrinhados que ficaram de fora da vereança municipal?
Em tempos de crise econômica como a que estamos vivenciando, em que cortes nas mais diversas esferas da economia são realizados diuturnamente, as curiosas atitudes de nosso Legislativo, ao criar mais cargos de vereadores Brasil afora, nos levam a concluir que de fato não faltam verbas no alto escalão do Poder; o que falta mesmo é vergonha na cara.
Pergunto-me: existe algum projetinho de lei, ainda que de lei ordinária, que vise dar, de graça e de bandeja, um labor digno aos milhares de trabalhadores que recentemente, da noite para o dia, se viram sem emprego?"

CAMILA PINTARELLI (Limeira, SP)

*

"Deputados e senadores que são favoráveis à recriação de 7.343 vagas de vereadores no Brasil merecem sapatadas da população. Conforme vimos em recente eleição municipal, os vereadores em sua maioria tiveram um desempenho medíocre: 70% deles cuidaram de homenagens à personalidades e deram nomes a ruas, praças e pontes, enquanto os problemas das cidades, tais como segurança, violência, trânsito e enchentes continuam sem solução. Vamos continuar sustentando parasitas ou vamos dar um basta nessa situação distribuindo sapatadas nas urnas? Com a palavra o eleitor, que paga a conta salgada e precisa ser responsável por votar mal."

IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

*

"A justificativa do senador Álvaro Dias para a aprovação do aumento das vagas de vereadores é um insulto: 'É uma pressão forte, temos amigos dependendo disso...'.
Legislar para os amigos, esse é o objetivo que, infelizmente, move muitos parlamentares no Congresso Nacional."

FABIANA TAMBELLINI (São Paulo, SP)

-

Pichação na Bienal

"Recomendo aos intelectualóides, incluindo o ministro da Cultura, que defendem com tanto ardor as 'obras de arte' da pichadora Caroline Pivetta da Mota, que desçam do alto do seu Olimpo e vão lá concluir o trabalho da 'artista'. Em país civilizado ela seria presa por vandalismo e vadiagem: sem ocupação e sem endereço fixo."

STILIANOS VICÓPULOS (Belo Horizonte, MG)

*

"Deixe-me ver se entendi: roubar e desviar milhões das contas públicas, agravando a miséria, a pobreza e tornando ineficiente as politicas para combatê-las, não representa um sério risco e o réu endinheirado pode ficar livre com qualquer habeas corpus. Mas agora, pixar um pavilhão vazio da Bienal, alvo de descontentamento de toda uma classe artística pelo absurdo de se ter uma exposição de arte sem obras de arte, isso sim é perigoso. E o réu precisa ser mantido a todo custo sob custódia do Estado, sob o risco deste se expressar. As acusações contra a jovem Caroline são injustas, exageradas e somente podem ser legadas ao nosso triste passado --que se faz presente-- autoritário e retrógrado. Liberdade para Caroline Pivetta da Mota!"

WADY ISSA FERNANDES (São Paulo, SP)

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AI-5

"A passagem dos 40 anos da decretação do AI-5 traz à nossa memória o comportamento autoritário dos vários organismos dirigentes da época. Cada um mais radical e reacionário, querendo mostrar força e ocupar espaços. A área de comunicação foi vítima da censura prévia e de muitas punições a quem ousava desafiar as determinações que eram impostas, pois agora, em plena democracia, temos um caso que lembra muito aqueles momentos. Uma pessoa toma uma atitude que não merece elogios, que foi a pichação pura e simples do pavilhão da Bienal, promovida por um grupo e que resultou na prisão de Caroline Pivetta da Mota. Teria ela cometido um crime tão bárbaro para justificar uma detenção por várias semanas? Tem outros criminosos que sequer são recolhidos à prisão. E respondem às acusações em liberdade, usando de artifícios protelatórios para não pagar pelo crime que cometeram. Qual é a pena que a mesma poderá ser condenada? No máximo, deveria ser obrigada a promover a recuperação do que estragou, mas nunca ir para a cadeia. É lamentável essa ocorrência. Em todos os sentidos."

URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

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Santa Catarina

"O Brasil é o país da caridade e sempre em todas as épocas aparecem os canalhas, sejam eles de que nível for. Ajudar para ser ajudado, essa é demais!
A oportunidade cria o ladrão, e isso é antigo mas atualizadíssimo. Mas não podemos aceitar isso calados.
Essas pessoas mostram o quanto a nossa sociedade é afetada pela maldita Lei de Gerson, ou seja, todos querem levar vantagem em qualquer ambiente e em qualquer ocasião.
As doações de tanta gente preocupada pelo problema não podem ser manchadas por canalhas. As autoridades constituídas têm que ser duras e agirem para evitar que isso se repita."

ANTONIO JOSÉ G. MARQUES (São Paulo, SP)

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PSDB

"A carta do leitor Roberto Zammataro ('Painel do Leitor', 15/12) faz ataques ao governador José Serra, ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e ao PSDB, pelo que chama de 'desmanchismo' provocado pela venda de estatais. Importante lembrar que foi FHC quem, com a política econômica herdada e adotada pelo atual governo, garantiu ao país o crescimento dos últimos anos e a estabilidade dos dias atuais, modernizando definitivamente o país. Da mesma forma, a gestão Serra tem garantido a São Paulo volumes recordes de investimento em infra-estrutura e em programas sociais, com uma gestão voltada para a eficiência e a melhoria de vida das pessoas. Buscar o dinheiro necessário para isso também com a venda de empresas que não precisam necessariamente pertencer ao Estado não é 'desmanchismo'. É, e os exemplos mostram, boa administração."

ANTONIO CARLOS MENDES THAME, presidente estadual do PSDB-SP (São Paulo, SP)

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Ilustrada

"O artigo de Sylvia Colombo sobre os debates de 50 anos da Ilustrada, ( Ilustrada, 16/12) repete tudo o que foi dito nos próprios debates como se fosse novidade. Os debates, aliás, foram um espelho do caderno: algo sem o qual pode-se passar, com exceção das inspiradas intervenções de Maria Rita Kehl e Marcelo Coelho. Acredito que parte dos leitores continuam esperando algo que mereça ser chamado de debate. Mas, como argumenta apressadamente a mencionada jornalista, isto deve ser apenas nostalgia."

MARCELO SILVA SOUZA (São Paulo, SP)

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Crise

"Se a crise de emprego chegar para valer a melhor saída seria o governo conseguir aprovar em tempo uma proposta como a seguinte: a empresa que não demitir empregados poderá reduzir jornadas, salários e honorários, na estrita proporção da queda de seu faturamento, enquanto persistir essa queda; serão permitidas somente demissões por justa causa.
A proposta é idealista e audaciosa, mas incorpora os princípios da solidariedade e do respeito à dignidade da pessoa, pois: a) todos os empregados mantêm benefícios materiais (salário-hora, refeições, assistência médica etc.) e morais decorrentes do emprego; b) a empresa evita indenizações e perdas de competência; c) o governo evita saques ao FGTS e gastos com auxílio-desemprego e segurança coletiva.
Obstáculos à tal iniciativa certamente existirão. Um deles é a tradicional postura dos sindicatos dos trabalhadores. Outros são os sempre presentes engessamentos constitucionais."

PLÍNIO B.L. CASTRUCCI (São Paulo, SP)

 
 

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