Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
25/03/2009 - 02h30

Petrobras, Senado, Beatles, drogas, segurança,

da Folha Online

Petrobras

"Trata-se de um verdadeiro despropósito a greve dos funcionários da Petrobras. O momento é extremamente delicado para a conjuntura econômica mundial, com reflexos no Brasil. Milhares de trabalhadores estão perdendo os seus empregos, e os funcionários da Petrobras, que são quase funcionários públicos, ganham mais que a média dos trabalhadores brasileiros, além de terem estabilidade no emprego, complemento de aposentadoria e uma série de outros benefícios a que a maioria dos brasileiros não tem direito."

MARCO ANTONIO MARTIGNONI (São Paulo, SP)

-

Senado

"O escândalo do Senado é uma ofensa à sociedade brasileira, que paga uma carga tributária absurda e sem precedentes. O afastamento de diretores ajuda, mas não resolve, pois as despesas são infinitamente maiores. É apenas um exemplo dos abusos praticados pelo Congresso, pagos com enorme sacrifício pelo povo brasileiro."

CLÁUDIO FROES PEÑA (Porto Alegre, RS)

-

Beatles

"Sobre 'Beatles num céu de diamantes', o crítico da Folha equivoca-se, a meu ver, em querer que um espetáculo traga a rebeldia dos anos 60. Também não vejo nenhuma relação com a visão de sonho do espetáculo que ignora a contracultura da época.
Nós, beatlemaníacos de carteirinha, estamos satisfeitos com o que estamos vendo no musical. Um espetáculo irrepreensível, com leituras excepcionalmente novas, com cantores-atores muito acima da média geral, com cenários e roupas sem exageros.
As bandas covers que estão por aí, aos milhares, cumprem com competência o papel de retratar com fidelidade a indumentária, os cabelos, a rebeldia, enfim, o grupo que, segundo ele, a contracultura desviou. Esses grupos chegam até mesmo a exagerar --ninguém aguenta mais ver grandes grupos covers, com ótimas interpretações, mas com aquelas perucas desbotadas e deslocadas na cabeça.
Quem acompanha os Beatles desde os anos 60 sabe que inúmeros motivos, além é claro, dessa contracultura, foram decisivos para o fim do grupo. A morte do empresário deixou um grande conglomerado de entretenimento, que eram os Beatles, à deriva num mar infestado de tubarões. A tentativa de Lennon de fazer de Yoko um outro Beatle também pesou muito. Além disso, Paul, ao tentar salvar o grupo, tornou-se arrogante e ditador, se desentendendo com os demais. Para terminar, não chegaram a um acordo quanto ao novo empresário Allen Klein. Antes de Paul dizer adeus, Ringo, George e John já haviam deixado o grupo.
Portanto, não queremos que os Beatles estejam no palco, nem que voltem a existir, com as ressuscitações de John e George. Nós queremos lembrar os Beatles com a beleza, com as cores e com as possibilidades apresentadas no espetáculo. Uma coisa diferente de tudo o que já vimos sobre Beatles até hoje.
Quem quiser ver a realidade final dos Beatles que assista 'Let it be', um filme muito bom, por sinal."

JOSÉ LUIS DE PAULA QUEIROZ (São Paulo, SP)

-

Drogas

"Esclareço de antemão que nunca usei drogas ilícitas nem pretendo usá-las se um dia forem liberadas. Também nunca fumei tabaco, e meu consumo anual de álcool se resume a uma taça de sidra no Réveillon (às vezes, nem isso). Ainda assim, achei um delírio os argumentos apresentados por José Maria e Silva ('Tendências/Debates', 23/3) contra a política de 'redução de danos'.
É da liberal (no Brasil 'conservadora') revista inglesa 'The Economist', e não de narcomarxistas, a defesa mais enfática da liberalização das drogas ilícitas. Segundo a revista, décadas de 'guerra às drogas' não conseguiram nem reduzir o consumo nem aumentar o preço das drogas (dois de seus principais objetivos) e ainda ajudaram a alimentar o crime organizado, que aterroriza não só pessoas como nações inteiras (vide México). Mostra ainda o semanário britânico que o consumo de cocaína por jovens nos EUA e na Inglaterra é mais de cinco vezes superior ao dos Países Baixos, famosos por liberarem a maconha em determinados estabelecimentos, nos quais o tabaco é proibido.
Por último, por uma questão de honestidade jornalística, segue o mesmo parágrafo do texto do Ministério da Saúde que relaciona o prazer do crack a um orgasmo: 'Num tempo um pouco maior de uso, ele perde todas as noções básicas de higiene, ficando com um aspecto deplorável'. Se a referência a 'orgasmo' não for suficiente para levar uma criança de 12 anos a 'pipar' uma pedra de crack, 'aspecto deplorável' certamente a fará, não?"

FABIO STORINO (São Paulo, SP)

*

"Em seu artigo 'Ciência viciada', José Maria e Silva argumenta conservadoramente sobre a questão do uso de drogas. Parecendo o Parlamento republicano dos EUA, só apresenta críticas às posições alheias, sem sugerir soluções.
Já está demonstrado em números que a política de enfrentamento não tem reduzido o número de usuários. Segundo o 'Relatório Mundial Sobre Drogas 2008', divulgado pelo Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC-Brasil), houve aumento expressivo no consumo de maconha.
Pergunto ao autor do artigo: o plantio caseiro da maconha (considerado crime) por seus usuários traz mal a quem? Certamente não traz mal ao articulista, que não usa a droga e não quer fomentar o tráfico. Ao usuário? Certamente menos que a droga que ele está acostumado a adquirir do crime (sem qualquer controle de qualidade, ou pior, provavelmente conservada com produtos tóxicos)."

CARLOS HUGO BARROS CARDOSO (Curitiba, PR)

-

Segurança

"O ABS, dispositivo de segurança ativa, reduz a distância de frenagem, controlando o travamento das rodas. O 'airbag', dispositivo de segurança passiva, diminui a gravidade da colisão interna dos passageiros com o interior do veículo. Nenhum deles tem poderes mágicos capazes de preservar a vida dos ocupantes em acidentes nas situações e velocidades das estradas, como na colisão frontal com uma carreta de 45 toneladas a 80 km/h ou com um automóvel de 1,5 tonelada a 100 km/h.
Em vez de tornar esses equipamentos obrigatórios, onerando os compradores, sugiro as seguintes medidas, muito mais eficientes para a diminuição da calamidade que é o tráfego no país:
1) Fiscalização das condições técnicas dos veículos, principalmente dos caminhões e ônibus.
2) Controle do regime de trabalho dos motoristas profissionais (máximo de oito horas diárias);
3) Avaliação dos motoristas: cansaço, embriaguez, drogas ('rebites') e documentação.
A frequência do controle deveria ser de pelo menos um em cada 20 veículos, priorizando as estradas de maiores índices de acidentes.
Grandes efeitos serão obtidos pela divulgação entre os usuários, da aplicação aos frotistas e motoristas, de multas e sanções inesquecíveis, como a retenção dos veículos e das respectivas habilitações."

OMAR MADUREIRA (Cotia, SP)

-

Lula

"A desmoralização do sistema capitalista, com a crise econômica mundial deflagrada pela especulação irresponsável do sistema bancário americano, é um prato cheio para os eminentes revolucionários de plantão, que ainda acreditam numa insurreição proletária socialista. Diferentemente de seus amigos Chávez e Morales, que se esforçaram para eliminar qualquer oposição política e que através de dúbios plebiscitos populares vão pouco a pouco minando e modificando a Constituição de seus respectivos países rumo à ditadura socialista bolivariana, Lula, sem se comprometer com nada, vem desde o mensalão acompanhando de camarote a deterioração dos Poderes Judiciário e Legislativo do nosso país. Aproveitando toda e qualquer oportunidade para adicionar lenha à fogueira, Lula tem esperança de que na ocasião oportuna será empurrado pelas hordas descrentes em direção ao terceiro mandato."

VICTOR GERMANO PEREIRA (São Paulo, SP)

-

FHC

"O ex-presidente FHC parece ter se esquecido do que aconteceu em seu governo ao criticar o governo Lula sobre a crise. Durante seu mandato, o país quebrou diversas vezes: na crise asiática, em 1997, na crise russa, em 1998, quando o Brasil tomou o maior empréstimo da história do FMI, seguida da maxidesvalorização em janeiro de 1999, e na crise Argentina, em 2001.
Ao contrário do que FHC e seu partido afirmam, o Brasil não quebrou devido a fatores externos, mas devido principalmente à sua política de sobrevalorização cambial, que fez o déficit externo e a dívida interna explodirem em seu governo, o que, nos momentos de crise, fez com que o país chegasse a insolvência devido à paralisação dos fluxos de capital externo que financiavam esse déficit e que vinham para lucrar com os juros mais altos da história econômica do Brasil _quiçá do mundo.
Hoje, a mais grave crise econômica desde 1929 tem como epicentro países centrais e desenvolvidos, e não emergentes, como nas crises enfrentadas por FHC, e os efeitos aqui, econômicos e sociais, apesar de fortes, não chegam nem aos pés do que ocorreu no governo do ex-presidente."

CRISTIANO REZENDE PENHA (Campinas, SP)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página