Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
20/04/2009 - 02h30

Moral e civismo, Congresso, PT x PSDB, saúde mental, educação

da Folha Online

Moral e civismo

"Em relação à construção civil, limito-me a pequenos consertos em minha casa e à eventual contratação de um profissional para a manutenção geral de minha residência. Não pretendo e não quero tentar ensinar aos grandes dirigentes da construção civil sobre as diretrizes de seu setor ou como administrar as suas empresas.
Assim, lamento ler a opinião do senhor Emílio Odebrecht (Opinião, ontem) sobre o ensino de educação moral e cívica no Brasil, quando 'palpita' em um assunto sobre o qual aparentemente pouco entende. A moral (aqui entendida como os valores socialmente tidos como corretos) e o civismo já têm seu tratamento previsto como temas transversais, ou seja, devem ser tratados em todas as disciplinas em seus contextos específicos e, sempre que possível, de maneira integrada. Toda vez que alguém acorda pensando na relevância de um tema, sugere que seja transformado em disciplina escolar, quando as tendências pedagógicas atuais procuram enxugar o currículo em vez de inchá-lo."

FÁBIO SAMPAIO MARQUES, professor do ensino médio da rede privada (Mogi Mirim, SP)

*

"Todos os Odebrecht que conheci são pessoas de ilibada moral e civismo.
O artigo de ontem do senhor Emílio Odebrecht, intitulado 'A moral e o civismo', corrobora com uma conclusão dos alunos do 7º Curso de Especialização em Assessoria Parlamentar da UnB.
O retorno da disciplina de educação moral e cívica ao ensino fundamental contribuiria, e muito, com a formação do brasileiro que almejamos.
Parabéns ao senhor Odebrecht por sua corajosa reivindicação: moral e civismo já!"

MIGUEL JOSÉ TEIXEIRA especialista em assessoria parlamentar (Brasília, DF)

-

Congresso

"O Ministério Público Federal precisa ser enérgico na sua recomendação ao Congresso Nacional sobre o uso das passagens aéreas pelos parlamentares. Fazer cumprir a norma de que se utilize passagem somente para a sua terra de origem, não permitir que terceiros utilizem os bilhetes e evitar que os congressistas representantes do DF usem passagens. Acabar com a nefasta verba indenizatória. Improbidade administrativa para quem desrespeitar.
Outra questão importante: O Congresso precisa ter coragem para tirar da gaveta a importante proposta do ex-deputado Clodovil Hernandes, que reduz para 250 o número de parlamentares. Chamo a atenção do PR, partido de Clodovil, para a tomada dessa iniciativa e chamo a atenção do PSOL, aparentemente o único partido hoje do país que ainda batalha pelo honestidade, para pôr fim a essa imoralidade que é a farra dos bilhetes aéreos. Detalhe: não sou filiado ao partido."

SANTO CREVELARO NETO (Birigui, SP)

*

"É uma vergonha para o Brasil ter no Congresso um deputado como João Paulo Cunha, do PT-SP. Foi flagrado no caso mensalão, inventou histórias de TV a cabo, mas depois acabou confessando ter recebido o dinheiro. Agora vêm as notícias de que ele viajou para o exterior com a família com o dinheiro da Câmara, ou seja, com o dinheiro do nosso suado imposto.
É demais fazer tudo isso e não ser cassado."

ELIANA ODA (São Paulo, SP)

*

"As viagens internacionais de nossos 'pouco ilustres' congressistas, às custas de nosso pobre dinheirinho, podem até estar cobertas por normas e regulamentos criados por eles em causa própria, mas são, sem sombra de dúvida, uma das coisas mais imorais que acontecem no Brasil. O que é legal nem sempre é moral. A compra de passagens aéreas para deputados e senadores foi instituida para que pudessem visitar suas bases nos Estados (como se isso fosse verdade). Ao que me consta, nenhum parlamentar tem, ainda, suas bases fora do país. O que mais espanta é que até os que se apresentam como paladinos da moralidade, como o Sr. Ivan Valente, estão no rol dos aproveitadores. O Congresso Nacional, a casa do povo, se transformou na casa-da-mãe-joana e não tem mais mais solução, é caso perdido."

ANTONIO CARLOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE FRANCO (São Paulo, SP)

-

PT x PSDB

"O mais interessante no artigo de autoria de José Dirceu ('Os tropeços de um neotucano', 17/4) é quando qualifica os oito anos de governo FHC como 'marcados pela ruína do Estado, supressão de direitos sociais e econômicos, privataria de patrimônio público na bacia das almas, empobrecimento das camadas populares, desemprego, explosão da dívida e subordinação ao capital internacional'. Só pude entender como pilhéria, pois que certamente Dirceu não deve ignorar que a era FHC herdou um país com um índice de 80% mensais de inflação, sem expressão nenhuma no cenário internacional, com um sistema financeiro à beira da falência e entregou ao sucessor um país respeitado, estabilizado e, ao contrário do que diz, apenas com a última prestação da dívida do FMI a ser liquidada. Não terá sido à toa que, num exagero de lucidez, o economista-mór do PT, senador Aloizio Mercadante, afirmou recentemente que o Proer, obra de FHC, foi o que 'salvou o Brasil da crise'. Talvez, para não desperdiçar o surto de clareza, o senador possa aproveitar para expor ao ex-líder que os programas sociais do PT vieram na raiz do governo anterior e que, unicamente, foram mantidos no atual governo."

GUTTEMBERG GUARABYRA (São Paulo, SP)

-

Saúde mental

"Em relação ao artigo de Ferreira Gullar de 12/4, digo que a lei 10.216 foi uma conquista nossa, em especial, dos familiares, dos usuários e dos técnicos. Tive um filho internado, faz mais de 20 anos, e vi o que é um hospital psiquiátrico por dentro. Sei do que estou falando e, se falo, é por experiência própria. Aqueles lugares eram muito, muito ruins. O que meu filho e eu presenciamos era dramático: portões; portas; grades; cadeados; violência do atendente despreparado; falta de higiene e de privacidade (privadas sem portas, imundície, insalubridade); nudez, pelo abandono; excesso de medicação (impregnação); eletrochoques, aplicados como punição; camisa-de-força química e física; cárcere privado (até mesmo, pasmem, de crianças com menos de dez anos). Isso tudo eu vi! Isso tudo não é literatura! É legítimo! Será que o poeta nunca ouviu falar disso? Graças às nossas denúncias, tudo isso está deixando de existir (mas, ainda existe, infelizmente...).
Cresci muito como pessoa durante todos estes anos, repito, mais de vinte, e, desde aquela primeira internação, nunca mais houve outra."

GERALDO PEIXOTO, primeiro familiar a participar das duas primeiras Comissões de Reforma Psiquiátrica do Ministério da Saúde, membro da Câmara Técnica de Saúde Mental da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, conselheiro do Conselho Municipal de Saúde de São Vicente, membro da Associação Brasileira de Saúde Mental (São Vicente, SP)

-

Educação

"Louvável e preciso o título do editorial referente a posse do novo (?) secretário da Educação do Estado de São Paulo: 'O nó do ensino paulista'. Talvez mais preciso ainda seja o quinto parágrafo: 'Paulo Renato, em entrevista à Folha, não foi explícito quanto ao que planeja fazer'.
Dentro de um mundo de lógicas e de teorias, sempre nos manifestamos ideologicamente, ou seja, defendemos o que acreditamos depois de anos de pesquisa e prática. Pensando assim, o senhor Paulo Renato parece perdido ideologicamente, pois nem sequer tem planejado o que pretende fazer.
Não seria a consolidação de uma ideologia, o ponto principal para ser resolvido na educação?"

EMERSON ROBERTO DE OLIVEIRA SITTA (Itu, SP)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página