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30/05/2009 - 13h50

Educação, colunistas, poupança, juízes, Copa-2014

da Folha Online

Educação

"Lendo a notícia dos resultados da Comissão do Exame da OAB, confesso que fiquei estarrecido com o que vi a respeito das universidades paulistas, incluindo aí a própria USP.
Caiu por terra aquela ideia de que paulistas e cariocas sempre foram melhores do país no ensino. Nos últimos anos, no que diz respeito aos exames da OAB, quem tem figurado no topo da lista são as universidades fora do eixo Rio-São Paulo. Por exemplo: Universidade de Brasília, com 94% de aprovação; Sergipe, 91%; Pernambuco, 80%; e Paraíba, quem diria, com seus 75%. E a USP? Míseros 71%. A 'elite' do ensino de outrora provou que não é o nome da instituição que faz o aluno, é o contrário: são os alunos que fazem o nome da faculdade.
E, no embalo dessa notícia, no programa de TV 'O Aprendiz 6', a vencedora foi uma estudante de Mato Grosso. Cadê os paulistas e cariocas?
Durma-se com um barulhos desses."

EUGENIO DE ARAUJO SILVA (São José dos Campos, SP)

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"Qualquer mudança séria e profunda no sistema político brasileiro esbarra no baixo nível de educação do povo e, especialmente, em sua herança cultural, com valores e crenças inadequados a uma convivência social saudável. Infelizmente, essa observação --ou especulação-- aplica-se a todos os segmentos, inclusive à elite brasileira. A reportagem de Felipe Seligman sobre o terceiro mandato ( Brasil, 24/5) mostra a imaturidade do Legislativo na abordagem de assuntos relevantes para o aperfeiçoamento de nosso regime político, visando a preservação da democracia. Mudança de partido até seis meses antes das próximas eleições e possibilidade de um terceiro mandato são aberrações que não podem ser tratadas casuisticamente. Se não prevalecer a posição madura do presidente Lula e o poder moderador assumido pelo Judiciário na defesa da República, nosso país se transformará em gigantesca Venezuela. E daí, que Deus nos acuda!"

EDUARDO JOSÉ DAROS (São Paulo, SP)

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Colunistas

"Aqui, com os meus botões, fico pensando qual o critério de seleção da Folha para colocar no mesmo cesto de colaboradores pessoas como José Sarney e Fernando Gabeira. Por mais elástico que sejam os referidos critérios, não há como misturar duas criaturas tão díspares, apesar do episódio das passagens em que o Gabeira, infelizmente, escorregou. Mas isso nem de longe o coloca na mesma situação em que se posiciona um ex-presidente que, com a maior desfaçatez, pede as desculpas mais esfarrapadas sobre o recebimento indevido do dinheiro público para o tal auxílio-moradia, como se todos os brasileiros fôssemos idiotas. O Gabeira, ao menos, está purgando a sua pena, andando por estradas e lugares do Maranhão que, com certeza, o senhor Sarney e sua família não conhecem nem em sonho."

WILMA LEAL DE LYRA (São Paulo, SP)

Poupança

"O governo federal pretende, pelo que tudo indica, alterar a sistemática de rendimentos, ora em vigor, para remunerar a caderneta de poupança. Mesmo sabendo que sempre que os juros foram aumentados para remunerar as demais aplicações, jamais se reajustaram os rendimentos da poupança, sempre remunerada pelo tradicional 0,5% de juros ao mês. Atualmente, a título de correção monetária, acrescido da variação da TR.
Agora, vejam só: os rendimentos continuarão a ser isentos de impostos até o limite de R$ 50 mil. A respeito, a maioria dos brasileiros têm na memória uma cifra parecida, Plano Collor 1: todos os depósitos de overnight das contas correntes ou das cadernetas de poupança que excedessem a Ncz 50 mil (cruzados novos) foram congelados por 18 meses.
Crítico-mor da política monetária implantada à época, em protesto, o autodenominado ético PT criou o chamado 'governo paralelo'. É ou não é uma ironia quando se constata a equivalência entre os valores das duas cifras?"

OSMAR ALVES FARIA (Uberlândia, MG)

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Juízes

"Li com muita indignação a coluna do 'jornalista' Valdo Cruz de 28/5 que assim discorria: 'Juízes paulistas ganhavam um auxílio-voto de pelo menos R$ 3.400 por mês. Isso mesmo, para dar um votinho extra, o juiz poderia embolsar ao final de cada mês o equivalente a mais de sete salários mínimos'. Mais indignado fiquei ainda com a sua pífia resposta a um leitor (29/5) e com a breve nota no editorial na seção 'Erramos' (30/5). Como juiz de primeiro grau e integrante de uma das diversas câmaras criminais (portanto, prestador do denominado auxílio-voto), recebi cerca de 300 processos criminais para julgamento, na qualidade de relator, e dezenas de outros, para atuar como revisor. O trabalho que desempenho, sem prejuízo de minhas funções habituais junto a uma vara criminal, não se trata de 'um votinho' (assim como o trabalho desempenho pelo senho Valdo não se trata de uma 'coluninha') e, pelo que me consta, ainda nada recebi pelas três sessões a que já participei. Gostaria de frisar que, infelizmente, alguns colunistas não conseguem esconder o mau sentimento que ostentam por algumas autoridades e, por isso, tentam desacreditá-las publicamente. Aguardo que este jornal se digne a abrir espaços para que questões mal postas como essas sejam devidamente elucidadas e esclarecidas, sem o que estará prestando um desserviço ao direito de informação --e exigirá as devidas medidas jurídicas. Quanto ao leitor Adalberto Santos (29/5), gostaria que me indicasse onde se encontra o meu carro blindado, que não recebi após mais de dez anos de exercício de magistratura."

JARBAS LUIZ DOS SANTOS, juiz de direito (São Paulo, SP)

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Auxílio-moradia

"O jornalista Fernando Rodrigues equivocou-se em seu artigo 'Os R$ 3.800,00 invisíveis'. O senador José Sarney não se desculpou por ter recebido dinheiro público indevido, e sim pelo fato de ter afirmado aos jornalistas que não havia recebico. São coisas bem distintas. Os maiores ofendidos são os 'brasileiros e brasileiras'. Em parecida situação, e sem ter tido dela benefício, o presidente da Câmara dos Comuns britânica, o senhor Michael Martin, pediu demissão do cargo e, segundo informado, está renunciando ao mandato. Isso é que é arrependimento."

PAULO T. JUVENAL SANTOS (São Paulo, SP)

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Copa

"Após o editorial 'Virar o jogo', acerca do que pode ser feito para reverter os males que afligem o nosso futebol, um pouco de esperança ainda nos resta, fãs de futebol. No entanto, na mesma edição, no caderno BEsporte*, tudo vai por água abaixo. Numa eleição, por mais que haja as prévias, nunca se sabe por antemão quem sairá vencedor. E, ao que parece, as cidades já estão decididas há muito tempo. E ser uma cidade-sede é motivo para comemorar, lógico, mas são mesmo necessários shows e fogos pirotécnicos, que servirão apenas para aumentar a gastança? A velha tática do pão-e-circo se faz cada vez mais presente."

MATEUS LUIZ CAMILLO DE SOUZA (São Paulo, SP)

 
 

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