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19/08/2009 - 02h30

Quadrinhos, ferrovias, constituição, Senado, fumo

da Folha Online

Quadrinhos

"Os quadrinhos são o meu recanto preferido quando leio a Folha. Acho o time de primeira, faz pensar e diverte ao mesmo tempo. É simplesmente maravilhoso, principalmente depois de ler tantas falcatruas e violência, mostradas diariamente em outras seções do jornal.
Angeli, Glauco, Laerte, Caco, Adão, Gonsales, Davis e outros nos fazem relaxar diante de tanta tensão. Um grande time.
Mas, no último sábado (15/8), tentei entender, da maneira mais democrática possível, a tira de Allan Sieber
Sou totalmente contra a censura e acho que todos devem ter a liberdade para expor sua opinião. Mas como beatlemaníaco --não colecionador contumaz, mas de acompanhar tudo desde os anos 60--, me senti desconfortável. Sempre procurei acompanhar os grupos e as tendências musicais que surgiram depois dos Beatles e jamais acharia que os Beatles são intocáveis, isentos de falhas, bem como seus fãs.
Por isso, penso que o 'idiota' e o 'gosto musical duvidoso' endereçado ao fãs dos Beatles foi um pouco além da conta. Mas ele tem todo o direito de se expressar assim.
Na próxima vez eu pediria, pelo menos, que ele faça o garoto se transformar em Paul McCartney (dos anos 60, evidentemente) . Quem sabe sua tira faça sucesso."

JOSÉ LUIS DE PAULA QUEIROZ (São Paulo, SP)

-

Ferrovias

"Finalmente alguém botou o dedo na ferida (editorial da Folha de 18/8). A prioridade do trem-bala São Paulo-Rio é claramente questionável diante da situação caótica dos transportes urbanos, tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro.
Como obra puramente de demonstração política, passível de arriscar recursos financeiros difíceis de mensurar a priori, o trem de alta velocidade --que aliás nem sequer se aventuraria a passar pelo centro da congestionada São Paulo, obrigando os futuros usuários a grandes deslocamentos e perda de tempo antes do embarque-- em nada parece superar a utilidade da ponte aérea existente.
Desnecessário dizer que os recursos seriam muito mais democraticamente empregados em obras, por exemplo, dos metrôs paulista e carioca. Um dia, no futuro, resolvidos os problemas imediatíssimos do fluxo de trânsito urbano, São Paulo e Rio poderiam voltar a falar do assunto, uma vez que não restam dúvidas de que o desafio de uma realização desse porte não deixa de ser fascinante. Mas, como governar é também estabelecer prioridades, e não podemos correr o risco agora de termos um 'trem-vala' ao invés de um meio eficiente de transporte de longa distância. Salvo melhor juízo."

ADEMIR VALEZI (São Paulo, SP)

*

"Lendo o editorial 'Trem de propaganda', gostaria de fazer um convite ao ilustre corpo de jornalistas da Folha: que vocês fizessem um passeio pela malha de trens metropolitanos que servem a região metropolitana de São Paulo, tanto metrô quanto a CPTM.
Os vagões do metrô já circulam lotados as 5h30, e os trens da CPTM estão em uma situação deplorável, mal conservados, os atrasos são constantes, as portas mal fecham direito e a lotação é surpreendente.
Se a proposta do governo federal de construção do TAV é ufânica, o chamado projeto 'Expansão SP' parece ser fruto de uma ilusão do governo de São Paulo. A linha 3 do metrô, a mais movimentada e que circula por toda zona leste, não recebeu nem sequer um vagão novo; a lotação é constante; as inaugurações de novos ramais de metrô não veem nunca e andam a passos de tartaruga. Já na CPTM, a única linha que ganhou novos trens foi a 9 diamante, que justamente circula por um dos centros financeiros da cidade como Pinheiros e Berrini.
Gostaria que a ilustre Folha prestasse um serviço à população e mostrasse o descaso com que o transporte público é tratado tanto pela prefeitura quanto pelo governo do Estado. Também gostaria que a Folha revelasse o quanto o governo de São Paulo gasta em publicidade com o 'Expansão SP'. São vários outdoors nas estações, nos trens e nos meios de comunicação."

OSMAR FERREIRA RANGEL NETO (São Paulo, SP)

*

"Inaudito o que a politicagem faz. Todos os governos abandonaram as ferrovias existentes, privatizaram e tomaram de volta; privatizaram novamente e acabaram com um patrimônio que começou com o barão de Mauá. E, agora, lançam um projeto complexo e caro em vez de investir nas ferrovias abandonadas e na construção e ampliação das linhas metroviárias nas grandes capitais.
Enquanto se priorizam as brigas de comadres e projetos para ricos, faltam governantes com visão para melhorar o futuro do Brasil. O que é uma pena."

CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

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Constituição

"São inaceitáveis os argumentos dos deputados Régis de Oliveira e Sérgio Carneiro ('Tendências/Debates', 17/8) para justificar a proposta de Constituição enxuta.
O grau de maturidade da sociedade brasileira é o que sustenta a força da Constituição e não pode ser pretexto para tirar dela os direitos duramente conquistados pelo povo. É piada dizer que os direitos do povo serão mais bem tratados nas mãos dos parlamentares. A pretensão de liberdade de agir de maiorias circunstanciais e desqualificadas num Parlamento desgastado e desacreditado, à margem das regras claras que querem tirar da Constituição, é um golpe branco contra o patrimônio político do povo brasileiro.
Faltou aos parlamentares coragem para dizer claramente o que qualificam de 'excrescente' na Constituição. Eles propõem a supressão dos direitos trabalhistas, dos idosos, das crianças, dos índios, ao meio ambiente, à educação, à seguridade social e outros. Para os nobres deputados, isso é excrescência! Cada um que se vire com suas férias, 13º salário, aposentadoria, escola, habitação e saúde.
Suas excelências merecem a perda dos seus mandados por quebra do decoro parlamentar, pois não lhes foi dado pelas urnas o direito de atentar contra a Constituição e propor um golpe branco contra o povo. Isto é grave e inaceitável."

LUÍS FERNANDO CAMARGO DE BARROS VIDAL, presidente do Conselho Executivo da Associação Juízes para a Democracia (São Paulo, SP)

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Senado

"Frei Betto ('Catilina abusa de nossa paciência' 'Tendências/Debates, 16/8) foi de um fantástico senso de oportunidade, além de demonstrar sua grande cultura.
Um aspecto que me incomodou foi pensar em quem será o nosso próximo Calígula. Será que ele vai prometer caçar marajás ou outra balela qualquer, ser cassado e voltar àquela digníssima Casa gritando e sendo bajulado? Nesse caso, a história não precisa nem sequer ser repetida como farsa."

CARLOS BRISOLA MARCONDES (Florianópolis, SC)

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Fumo

"João Pereira Coutinho ( Ilustrada, 18/8), ao que parece, não gosta de ler os colegas que escrevem no mesmo espaço que ele. Após divagar sobre o fumo passivo, ao menos poderia ler o dr. Drauzio Varella."

MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

*

"Enquanto a violência contra os cidadãos de bem continua em índices vergonhosos, o governo Serra edita uma lei proibindo que se fume em quase todos os lugares, causando sérios prejuízos aos comerciantes e às empresas. Pior: os fumantes são tratados como delinquentes por estarem viciados numa droga legal e vendida em qualquer esquina. Enquanto isso, as pessoas continuam morrendo nas mãos dos bandidos e não há sequer um 'fiscal' para proteger essas vítimas da violência.
A referida lei, que possui cunho eleitoral, destaca centenas de 'fiscais' para tratar pessoas de bem como criminosos. Já os criminosos ficam dando risada da nossa cara, pois cometem seus crimes sem nenhuma punição.
Talvez fosse mais interessante criar uma lei que funcionasse para ajudar quem deseja parar o vício do cigarro. Mas o objetivo do governo Serra é somente criar um fato político para manter seu nome na mídia e se utilizar disso nas próximas eleições. A bem da verdade, o PSDB destruiu a Polícia Civil, que hoje somente investiga crimes de repercussão na mídia. Da mesma forma, o governo do PSDB fez a educação do Estado mais rico da Federação se tornar uma das piores do país. E a mídia, por interesses que não se sabe quais são, se mantém cega, surda e muda diante de tanto descalabro praticado pelo PSDB, que, de passagem, engavetou mais de 70 pedidos de CPI na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo."

ALBERTO BENEDITO DE SOUZA (São Paulo, SP)

*

"João Pereira Coutinho foi de uma precisão cirúrgica ao apontar o rumo totalitário que estamos seguindo. A lei antifumo é apenas a ponta do iceberg do desprezo à liberdade individual. O governo de São Paulo, quando constitui uma polícia sanitária, remonta à assepsia feroz do 3º Reich. O mais lamentável é que a sociedade é cúmplice e indiferente aos extremistas, como disse Coutinho. O nosso horizonte já foi mais promissor."

HÉLIO TOMAZ DE AQUINO (São Paulo, SP)

*

"João (perdoe-me pela intimidade) prepare-se! Depois de seu artigo 'Até tu, São Paulo?', os ignaros e os hipócritas vão querer defenestrá-lo, dizendo 'como a Folha publica isso'? Uns são ignaros por simples incapacidade intelectual; outros são hipócritas, porque se recusam a aceitar a lógica das ideias alheias. Infelizmente, são duas condições sem chance de cura.
Todo politicamente correto é desonesto e todo eufemismo é ridículo. Como diz minha prima surda (genética familiar): com ou sem eufemismo, eu não escuto m... nenhuma, mas o meu cérebro não é deficiente."

MAÍRA EUGÊNIA C. CAPELLINI (Bertioga, SP)

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Escudo

"Em outros tempos, a mentira, tida como imoral, era condenável e punida. Hoje ela serve como escudo e tem força suficiente para encobrir as falcatruas dos poderosos, objetivando o mal maior que são as próximas eleições. Desde que o presidente disse que não sabia de nada sobre o mensalão, tal afirmação, mesmo que possa ter sido verdadeira, disseminou a prática do descompromisso com a realidade e a impunidade dos baleleiros oficiais. Senadores, ministros, prefeitos, deputados e até presidentes podem vir a público e mentir sobre seus parentes beneficiados; sobre seus currículos e encontros; sobre a situação do trânsito; sobre seus castelos e até mesmo sobre seus gastos com dinheiro público. E, acreditem ou não, eles podem fazer isso porque não existe nenhum, absolutamente nenhum, mecanismo capaz de impedi-los, a não ser os atos deles mesmos. E não venham com esse papo de resposta na urna, pois o brasileiro, de maneira geral, se vende barato. A mentira pode dormir tranquila."

MARCELO CRUVINEL MARSIGLIO (Paulínia, SP)

 
 

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