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16/09/2009 - 02h30

Enchentes, Petrobras, Estradas, Vans, FAB, Pondé, F-1, Rossi, Depressão

da Folha Online

Enchentes

"No Tendências e Debates de 15/9, dois secretários de governo esforçaram-se retoricamente para continuar fazendo ver à sociedade e ao próprio governador que tudo vai às mil maravilhas no combate às enchentes da metrópole paulista. E, já viciados na velha tecla, debitam mais essa terrível enchente às chuvas atípicas do último dia 8 de setembro. Aliás, pelo número de chuvas que são dadas como atípicas pelas autoridades oficiais, chegaremos a uma conclusão pluviométrica interessante para a região, onde a atipicidade teria se tornado, por desígnios de Deus, o fato paradoxalmente comum e normal. Ao criticarem artigo meu publicado nesse mesmo espaço no último dia 11, utilizam-se desinibidamente de uma acintosa mentira ao afirmar que propus a extinção dos 43 piscinões instalados na região metropolitana. Mentem também ao afirmar que as administrações públicas estadual e municipais estão já implementando as medidas que propus. Pois bem, onde estão as ações de desimpermeabilização dos quase 3.000 quilômetros quadrados de área urbanizada da metrópole? Onde estão as ações de combate à erosão que anualmente lança mais de 3,5 milhões de metros cúbicos de sedimentos sobre todo o sistema de drenagem de São Paulo? Onde estão as ações sistemáticas de combate ao lançamento irregular do entulho de construção civil e do lixo? Todo cidadão desta metrópole sabe, por ver e conhecer, que essas ações simplesmente não estão acontecendo. Não procurem enganar a sociedade e o próprio governador com algumas poucas ações pontuais citadas, muitas ainda em planos e ideias, que não fazem efeito algum diante da dimensão de áreas e volumes que precisam ser atacados para um exitoso enfrentamento das enchentes. Afinal, humanamente, em que vocês estão se permitindo transformar?"

ÁLVARO RODRIGUES DOS SANTOS, geólogo (São Paulo, SP)

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Petrobras

"Em relação à matéria 'Governo prevê gastar 30% mais em propaganda', publicada neste jornal em sua edição de 14/9, a Petrobras esclarece que os investimentos das estatais em publicidade constam do relatório da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), de onde foram retirados os dados para a reportagem. O histórico dos investimentos da Companhia em publicidade pode ser verificado no Blog Fatos e Dados. Todos os dados são divulgados de forma transparente."

LUCIO PIMENTEL, gerente de Imprensa da Petrobras (Rio de Janeiro, RJ)

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Estradas

"A capa da Folha de 15/9 ('Selva de Pedra') ilustra bem a preocupação ambiental que a concessionária Autoban tem com seus vizinhos. A concessionária que administra o sistema Anhanguera-Bandeirantes vive em outro mundo quando o assunto é meio ambiente. Se já não bastasse a concessionária omitir-se no controle de ruído que emite 24 horas por dia, alterando o ambiente de redutos de fauna de parques como o Pico do Jaraguá e Anhanguera, contribui ainda para o extermínio da fauna paulista."

EDSON DOMINGUES, diretor do Movimento de Defesa do Parque Estadual do Jaraguá (São Paulo, SP)

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Vans

"O governo Sérgio Cabral dá uma canetada e restringe as vans no Estado. As vans existem para suprir a carência do transporte de massa que é muito deficiente na região metropolitana do Rio. O governador não ouviu a população que usa esse meio de transporte não porque goste, nem porque seja mais barato, mas única e exclusivamente por necessidade. E do lado dos proprietários das vans, em sua maioria eles dependem dessa modalidade de transporte para sobreviver. Mas parece que o governador só ouviu os donos das empresas de ônibus, que não atendem devidamente a população --daí a necessidade das vans. Dizer que as empresas vão colocar mais ônibus, que junto com a implantação do bilhete único o caos no transporte vai ser superado, tudo isso tinha que ser colocado em prática antes para não prejudicar os usuários, que ficaram sem alternativa. Sabemos da influência dos donos das empresas de ônibus junto aos governadores no financiamento das campanhas, mas quem vota e elege é o povão. Governador, o tiro pode sair pela culatra!"

EMANUEL CANCELLA (Rio de Janeiro, RJ)

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FAB

"Lula está certíssimo por optar pela compra dos Rafales com transferência de tecnologia, para podermos fabricá-los e num futuro próximo exportá-los, gerando divisas para o Brasil. A França é um país sério e confiável. Basta lembrar que os Estados Unidos abortaram uma venda de aviões brasileiros porque estes tinham componentes americanos: a Venezuela deixou de comprar do Brasil, comprou dos russos o famoso Sukhoi, e ficamos 'chupando o dedo'. Se comprarmos dos americanos, amanhã ou depois eles vão abortar a venda a outros países, sob qualquer pretexto. E precisamos nos armar para defender nossas riquezas, nossas indústrias alimentícias e nossos laboratórios, inclusive os de regeneração de tecido humano _certo, sr. Clóvis Rossi?"

ALEXANDRE MOISÉS NETO (Ituverava, SP)

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"A Aeronáutica --com o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica, de conceito internacional), suas academias e suas escolas técnicas, que preparam oficiais altamente especializados e qualificados para o desenvolvimento e a defesa aérea da nação-- foi pretensiosamente subestimada pelo lamentável presidente Lula, que falou: 'Compro os aviões quando eu quiser'. Subiu-lhe à cabeça o cargo que ocupa (ao deus-dará). Isso não é condizente com a postura de um presidente e, principalmente, induz denegrir a autoridade e a evidente capacidade técnica da Aeronáutica. Demonstra querer ser o que não é, talvez por saber ser o que realmente é."

FAUSTO M. G. VIEIRA DE CAMPOS (São Paulo, SP)

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"A notícia veiculada na Folha de 15/9 (pág. A10) mostra que de fato os países que detêm tecnologia (sua fonte principal de renda, quando fica obsoleta) nada transferem. Valeria a pena verificar que porcentagem de tecnologia de helicópteros foi transferida pela França via Helibrás. Tal promessa de transferência foi um ponto decisivo para a aquisição de helicópteros pela aviação do Exército brasileiro. Será que a história vai se repetir? Mais um caso de amnésia."

GIORGIO E. O. GIACAGLIA (Taubaté, SP)

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Pondé

"Penso que Luiz Felipe Pondé, em artigo publicado na Ilustrada (14/9), tem absoluta razão quando fala na burocratização e proletarização do espaço acadêmico. Realmente, tanto as universidades públicas quanto as particulares têm sucumbido diante das pressões exercidas pela lógica perniciosa do capital. A 'asfixia burocrática em nome da democratização do ensino' tem sido um empecilho considerável para o aumento da qualidade do ensino superior no Brasil. Cada vez mais vende-se a ideia de que é preciso passar pela universidade para ser feliz (entenda-se progredir socialmente) e perde-se de vista os princípios básicos da vida acadêmica: o conhecimento do homem e do mundo visando transformações 'qualitativas' e não 'quantitativas'. A democratização da universidade (pública e privada) não pode servir aos desígnios da mediocridade pragmática."

SIDNEI FERREIRA DE VARES, professor universitário (São Paulo, SP)

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"O artigo de Luiz Felipe Pondé (E9 de 14/9) mostra o que está por detrás da máquina universitária: ascensão profissional. Guardadas as devidas proporções, é raro encontrar um aluno/professor que realmente queira compreender o mundo: quer apenas se utilizar dele. Resumindo, quer o 'diploma'. É a 'formação miojo'. Em três minutos está pronto para consumo. Utilitarismo incentivado, que leva à mediocridade pura e límpida. Parabéns ao Pondé."

NELSON HEIN, professor universitário (Blumenau, SC)

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Fórmula 1

"Não sou fã de Rubens Barrichello, mas acho que a comparação entre tirar o pé para o companheiro de equipe passar e causar intencionalmente um acidente, feita pelo leitor Diamantino Gama Filho ('Painel do Leitor', 14/9), não tem sentido. No caso de Barrichello tratava-se de um jogo de equipe legítimo, que ocorre também no ciclismo, por exemplo, quando a equipe determina que um atleta deixe outro mais bem colocado passar à frente. Já no caso de Piquet, seria comparável, mantendo-se a analogia anterior, a um ciclista tombar na frente de um pelotão para beneficiar um companheiro. São coisas muito distintas. A batida de Piquet gerou preocupação e mobilização da equipe de segurança do autódromo."

PEDRO VALADARES (Brasília, DF)

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Rossi

"Gostei muito do artigo de Clóvis Rossi na Folha de 15/9. Penso que já é mais do que hora de se mudar esta religião das cifras por outra que vise nosso bem-estar primeiramente, entendido como paz, alegria, saúde, amigos, valores e --por que não-- dinheiro! Esta 'religião' deveria também ser estendida para o mundo corporativo mundial, onde hoje em dia, em nome do lucro e tão-somente do lucro, empresas transformam empregados em commodities, constantemente pressionados a aumentar sua produtividade, suas vendas. Oxalá esta iniciativa frutifique e traga resultados que se reflitam no bem maior de todos!"

MARK CEDRIC FEDDERSEN (Vinhedo, SP)

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Depressão

"'Fico um pouco revoltado com essas teorias [sentir culpa por estar deprimido], porque é muito comum você ver gente que acha que uma forma negativa de ver a vida ajudaria a desenvolver tumor. É uma simples especulação maldosa', argumenta [Drauzio] Varella.' A frase do oncologista e colunista da Folha conclui o artigo 'Depressão eleva risco de morte em doente com câncer' (15/9). Ora, meu caríssimo médico da mídia, o sr. esquece que deve sempre tratar o doente que entra em seu modesto consultório, e jamais a doença do paciente, com a sua possível patologia. Sim, o doente é o único responsável de sua terrível doença, e não há nada de maldoso em atribuir à depressão o desenvolvimento patológico quando o câncer se hospeda no organismo. E, diria mais ainda, que a causa (aitia em grego) do câncer foi motivada por uma depressão. Ou, em outras palavras: não existem doenças, de modo geral, mas sim doentes."

WALTER ZINGEREVITZ, doutor em Filosofia pela Sorbonne (São Paulo, SP)

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