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Lixo, Diesel, Rio, Congresso, Igrejas
da Folha Online
Lixo
"A população, indignada, está se manifestando contra a declaração do prefeito Gilberto Kassab de que 'a cidade está extremamente limpa'. Se estivesse tão limpa quanto ele diz, não haveria caos nas ruas da cidade quando há uma chuva intensa. E o que mais choca é que, apesar das cinco mortes ocorridas na última semana em decorrência das chuvas e dos bueiros entupidos, nada, absolutamente nada foi feito. Uma campanha de conscientização maciça, como os políticos fazem em época de eleição, deve ser feita. O lixo deve ser tema a ser levado com muita responsabilidade, seriedade e compromisso. O centro é lindo, mas é ofuscado pela quantidade de lixo absurda todos os dias e pela quantidade absurda de moradores de rua. Aqueles que tem o poder nada fazem, perdendo a oportunidade de serem úteis à sociedade e colocar seus nomes nos anais da história."
REGINA ANTONIO (São Paulo, SP)
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Diesel
"Penso que a polêmica envolvendo a liberação da venda de veículos de passeio movidos a diesel no Brasil é infundada, pois a liberação é bem-vinda, uma vez que muitos daqueles que enxergam o álcool como combustível limpo nunca tiveram a oportunidade de vislumbrar o processo de produção do combustível 'limpo' e perceber o verdadeiro desastre ambiental que ocorre desde as plantações de cana --visto que, para que estas existam, foram derrubados milhares de hectares de matas-- até as famigeradas usinas que expelem uma fumaça poluente e fétida. Isto sem contar a situação dos trabalhadores boias-frias, que acabam levando uma vida precária nas periferias das cidades, vítimas de trabalho semiescravo e degradante, e outros problemas igualmente alarmantes, como a fuligem proveniente das medievais queimadas, que, além de tornarem o ar irrespirável em determinadas épocas do ano nas cidades circundadas por plantações de cana, deixam as cidades sujas. Ademais há o líquido fétido denominado 'garapão', que é usado como adubo nas plantações, mas acaba poluindo rios adjacentes e impregnando as cidades com seu odor insuportável. Dessa forma, o veículo a diesel deve ser visto como uma opção ao veículo movido ao nada limpo etanol, se levarmos em conta a sua cadeia de produção, que tantos males causa ao meio ambiente --ainda mais quando notícias vindas da Europa dão conta da existência de veículos movidos a diesel com motores bem mais modernos e menos poluidores do que os motores movidos somente a álcool ou híbridos, os ditos 'flex'."
RODOLFO CICCI RESENDE (Ribeirão Preto, SP)
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"Vários leitores têm se mostrado contra a liberação de carros a diesel no Brasil. Argumentam sempre que haverá maior poluição, mais ruído e trepidação, e que o preço e a manutenção do automóvel são mais caras. Demonstram esses leitores que desconhecem a mais moderna tecnologia de automóveis a diesel, utilizada na Europa. São carros silenciosos, econômicos, ecológicos e com preços bastante competitivos, aliás características que europeus exigem de todos os seus carros."
RODRIGO ENS (Curitiba, PR)
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Rio
"Foi aprovado em primeira discussão na Câmara Municipal do Rio de Janeiro o projeto de lei complementar 24/2009. Proposto pelo prefeito Eduardo Paes, o projeto torna servidores públicos os integrantes da Guarda Municipal, que são funcionários com carteira assinada, regidos pela CLT. Nada contra serem os guardas municipais servidores públicos, com garantia de estabilidade (depois de cumprido o estágio probatório) e poder de polícia (melhor definição no artigo 78 do Código Tributário Nacional). O que não podemos aceitar é a transformação de um funcionário regido pela CLT em servidor público sem o devido concurso para tal fim. A Guarda Municipal do Rio de Janeiro, hoje Empresa Municipal de Vigilância, é uma empresa de direito privado. Dessa forma, outros funcionários com carteira assinada que prestam serviços para a prefeitura vão requerer os mesmos direitos. A autarquia Guarda Municipal ainda nem existe --será criada com a aprovação em 2ª discussão e a sanção do prefeito. O correto seria a criação da autarquia e posterior concurso para ocupação das vagas. Atenção, Ministério Público e sociedade civil organizada: quando fingimos que não vemos um erro, outros piores o sucederão."
FABIO TAVARES (Rio de Janeiro, RJ)
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Congresso
"Senador José Sarney, com certeza não é a mídia a maior inimiga do Congresso Nacional. Nestes últimos anos é voz corrente nos quatro cantos do país que os maiores inimigos do Congresso são os deputados e senadores que, além de legislarem em causa própria, se deixaram contaminar pelo vírus da ilicitude. Um exemplo inconteste e recente partiu dos senadores que usaram dinheiro público para bancar as mordomias de seus apadrinhados em países do Primeiro Mundo. Duvidamos que exista dentro do Congresso Nacional um só parlamentar que não tenha um parente ou um subordinado no exterior, gozando de benesses com o dinheiro que poderia servir para devolver aos aposentados o que deles o governo vem roubando desde a época de Fernando Henrique Cardoso. Certamente a mídia está correndo atrás disso. Vai ser com o auxilio da mídia que nas eleições vamos banir do Congresso todos aqueles que, direta ou indiretamente, sugam os cofres da República Federativa do Brasil."
LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)
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Igrejas
"Engraçada a reclamação de Guilherme Stoliar, do SBT. Os evangélicos compram horários e arrendam TVs porque não conseguem espaço de graça, como a Igreja Católica e as religiões afrobrasileiras. Tudo que é católico e afro acaba sendo chamado de cultura e folclore: Festa da Boa Viagem, lavagens de adros, procissões, São Cristóvão, Santo Expedito, Santa Edwiges, Semana Santa, Iemanjá etc. Tudo é manifestação de fé. O que é evangélico é fanatismo, pelo menos em boa parte da mídia brasileira. Quando Marco Maciel era vice-presidente da República, na era FHC, com uma canetada deu mais de 300 concessões de retransmissão para a Rede Vida, e não vi ninguém reclamar. É só conferir as concessões da Rede Vida, Canção Nova, Aparecida, Século 21 e outras. Todas estas TVs estão em nome de fundações, mas vá olhar os diretores: bispos, padres e diáconos. Na maior parte das rádios que conheço, de segunda a sexta, às 18 horas, é transmitida de graça a hora da Ave Maria. Sugiram à Globo o princípio da igualdade: que tal transmitir um culto de graça no domingo? Que tal a TV Cultura, estatal e laica, extinguir a Missa da Aparecida da grade? Por que ninguém comenta que a Canção Nova pede doações em ouro de seus telespectadores? Se o problema com as igrejas nas TVs é de ordem política, econômica e ética, a reclamação de Stoliar também o é. Sem TV, o senhor Abravanel não teria sido um ameaçador candidato à Presidência da República; sem SBT, não teríamos por anos a fio aquela bajuladora 'A Semana do Presidente'. Quando escrever sobre evangélicos na TV, ouça-os. Eu não sou membro de nenhuma igreja, mas vejo várias pela TV e gosto. Quanto aos programas da Igreja Mundial, por exemplo, do Valdemiro Santiago, aquele cara é um senhor comunicador --é uma mistura de Silvio Santos com Ratinho, Chacrinha e Dadá Maravilha. Se eu fosse dono de TV, eu o contrataria como animador. Minha mãe é católica e é patrocinadora do 'Show da Fé', do R.R. Soares. Eu não frequento igrejas regularmente, mas já ajudei o R.R., o Silas Malafaia, a Mundial, a Rede Boas Novas e ajudaria outros que julgasse estarem compartilhando mensagens úteis na TV e pagando por este espaço. Quando o percentual de protestantes atingir 50% ou mais na população brasileira, será que a mídia ainda será tão leviana em relação a este público?"
LUCIANO GERALDO DO NASCIMENTO (São João Del Rei, MG)
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