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21/09/2009 - 02h30

Dilma, Refugiados, Toque de recolher, Rio, Pedágios, Bulas, Raw

da Folha Online

Dilma

"A candidata-ministra Dilma Rousseff, afora o uso pejorativo da etnia indígena, desconhece que indígenas dispensam a organização em forma de Estado."

ANA LÚCIA AMARAL, procuradora regional da República (São Paulo, SP)

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"Adoro os textos de Ferreira Gullar, mas não posso deixar que a admiração turve os meus pensamentos ou dificulte a minha capacidade crítica. E é o que faço ao ler na edição de domingo, 20/9, na Ilustrada, o seu texto 'Bola de cristal'. Se a ministra Dilma Rousseff possui 17% ou 19% dos votos neste momento, não é certeza de que não poderá subir nas pesquisas com o horário eleitoral que irá herdar do PMDB. E os índices do prefeito paulistano Gilberto Kassab na campanha? Esqueceram? Se o apoio de certas figuras políticas envolvidas em escândalos compromete uma candidatura, não podemos então esquecer que o governador José Serra, em sua busca frenética pela Presidência, terá em seu palanque e, com seu apoio, o ex-governador Orestes Quércia --nefasto, até há pouco tempo, para alguns tucanos nobres."

ROBERTO GONÇALVES SIQUEIRA (São Paulo, SP)

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"Muito inteligente, perspicaz e oportuno o artigo de Ferreira Gullar ('Bola de Cristal', 20/9) que, sem medo de contrariar a possível opinião dos chamados 'cientistas sociais', diz: 'Intuo que a ministra Dilma Rousseff dificilmente será eleita presidente da República', por ser a mesma resultado de uma aliança imposta, compulsória. Também, sabiamente, põe em jogo o confronto da candidatura emergente da senadora Marina Silva, que vem crescendo e continua 'fiel ao princípio de ética na política'."

AGNALDO LEITE DO SACRAMENTO (São Caetano do Sul, SP)

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"Lembro que em seu primeiro artigo na Folha o sr. Ferreira Gullar afirmava que não sabia por que tinha sido escolhido pela Folha para escrever uma coluna. Concordo com ele. Não houve lógica nenhuma, dada a mediocridade demonstrada, a cansativa repetição e a falta de criatividade nos temas que aborda. Normalmente só sabe criticar grosseira e burramente o governo Lula, sem sequer ter a coragem de se assumir como peessedebista. Contrasta com articulistas como Contardo Calligaris, Luiz Pondé e outros. Em sua coluna esculhambou a ministra Dilma Rousseff, desqualificando-a inclusive e maldosamente pelo fato de ter tido câncer! Lamentável! Que volte para as suas poesias!"

RICHARD DOMINGUES DULLEY (Peruíbe, SP)

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Refugiados

"Expulsos da Palestina por israelenses, foram impedidos de refugiar-se nos países árabes vizinhos até que conseguiram refúgio no Iraque. Expulsos do Iraque em 2003 com a queda de Saddam Hussein e ascensão dos xiitas ao poder, impedidos de refugiarem-se na jordânia, barrados na fronteira entre os dois países, na região desértica de Ruweished, onde formaram o campo de refugiados onde permaneceram por cinco longos anos. Expulsos de Ruweished e agora, refugiados no Brasil. Esse é um resumido relato da saga de 117 refugiados palestinos que, no final de 2007, foram trazidos para o Brasil no chamado Programa de Reassentamento Solidário, num convênio 'ultrassecreto' e de regras duvidosas entre o governo brasileiro (através do Conare), a Acnur-Brasil, a Cáritas Brasileira e a Associação Antonio Vieira (ASAV). Mas, infelizmente, a transferência desses refugiados para o Brasil não significou o fim do drama, conforme lhes foi prometido ainda em Ruweished; foi sim a continuação da 'nakba' (catástrofe) dessas vidas humanas, que está longe de acabar se as autoridades brasileiras continuarem a não dar a devida atenção. O Conare, a Acnur-Brasil, a Cáritas e a Asav provaram a sua total incompetência para atender os refugiados. Os dois anos de duração do Programa de Reassentamento Solidário foram dois anos de descaso dessas instituições e entidades que impossibilitaram a adaptação dos palestinos no Brasil e, consequentemente, impossibilitaram que pudessem sequer começar a reconstruir as suas vidas. É urgente que o Judiciário intervenha no caso e apure com profundidade o porquê de tanta negligência do Conare, da Acnur-Brasil, da Cáritas e da ASAV. Todas têm responsabilidade na situação, mas nenhuma assume. São cúmplices na situação de risco social em que jogaram os refugiados e são recíprocas na defesa umas das outras."

MAURO RODRIGUES DE AGUIAR (Mogi das Cruzes, SP)

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Toque de recolher

"Parabenizo a Folha por nos propiciar duas opiniões respeitáveis sobre um tema tão polêmico como o 'Toque de Recolher', adotado em muitos municípios brasileiros, no caderno Opinião de sábado! Sob a égide da proteção de crianças e adolescentes, algumas respostas têm sido à luz do antigo Código de Menores, revogado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990. Dezenove anos depois, o Estado continua ausente para algumas populações, entre elas crianças e adolescentes das regiões pobres e periféricas das grandes metrópoles. Por mais respeito que tenha pelo professor Dalmo Dallari e toda a sua contribuição na área da infância no Brasil, considero um equívoco a defesa de tal medida em detrimento de soluções mais eficazes, sobretudo porque o toque de recolher recairá, mais uma vez, naqueles menores de 18 anos que já não estão protegidos por ações garantidoras de direitos, que são vítimas preferenciais da violência policial e do crime organizado. Há um problema sério no Brasil da proliferação do uso abusivo de álcool e outras drogas e um atentado contra os adolescentes, pois, de acordo com o Índice de Homicídios de Adolescentes, apresentado neste ano pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, morrem todos os dias 15 adolescentes, isto é, cai um avião a cada dez dias com adolescentes e jovens. E quais são as medidas adotadas: restringir direitos dos menores de 18 anos? Felicito Paula Miraglia pela lucidez da sua análise."

FÁBIO SILVESTRE DA SILVA, conselheiro do Conselho Regional de Psicologia (Embu-Guaçu, SP)

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Rio

"O Rio acaba de ganhar, com exclusividade, status de primeiro Estado da América do Sul a ter um volume do 'Guia Verde Michelin', honraria que o coloca na vitrine de milhares de operadores de turismo internacionais. Na contramão deste acontecimento, a cidade que tinha 560 favelas quatro anos atrás, hoje tem mais de 1.000. Ou seja, a velocidade com que as favelas crescem é exponencial e nos faz perguntar: para que servem os políticos? Para que servem as reservas e as riquezas de um país?"

JOSÉ APARECIDO RIBEIRO (Belo Horizonte, MG)

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Pedágios

"Na rodovia D. Pedro 1º, no sentido Campinas, está sendo construído mais um posto de pedágio nas proximidades de Itatiba. No sentido contrário já existe um posto nas proximidades, que cobra R$ 9,00 --um absurdo, considerando as péssimas condições da rodovia. Vamos aguardar a próxima obra de José Serra, o rei dos pedágios. Será na marginal do rio Tietê?"

ANTONIO CARLOS CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE FRANCO (São Paulo, SP)

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Bulas

"O SUS fornece grande parte dos medicamentos para pacientes através do sistema público, inclusive remédios de alto custo. São milhões de usuários. Não me consta que sejam fornecidas bulas. Seria, então, o caso de estender a todos as informações contidas nas bulas, e não apenas para quem pode pagar pelos medicamentos."

PAULO CEZAR NAGLIO PALLADINI, psiquiatra (Mococa, SP)

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Raw

"Certa ou errada, a forma do afastamento do dr. Isaias Raw pelo conselho curador do Butantã revela aspectos importantes da sociedade brasileira. As ações do Ministério Público e Polícia Federal estão sendo divulgadas num clima de 'Aqui e Agora', aquele programa de TV de julgamento público e sumário (característico da ditadura), copiado dos EUA. 'Here and Now' chegou a inspirar um filme, quando um executivo erroneamente acusado convocou uma coletiva e suicidou-se na frente de toda imprensa: um protesto desesperado contra o linchamento público. A manchete da Folha do mesmo dia da divulgação do afastamento informa que o Brasil tem 9,8% de analfabetos. No 'Aqui e Agora' que estamos vivendo, não há nenhuma consideração para com professores eméritos. Afinal, educação e saber não são prioridades para nós. O professor Isaias Raw tem 82 anos. Ou seja, no 'Aqui e Agora' também não há motivo para respeitar um octogenário, mesmo que ele continue trabalhando com tecnologia numa das mais respeitadas instituições de pesquisa do Brasil. Talvez isso tudo seja só vingança, afinal o professor Isaias Raw há poucos meses trouxe a público informações claras e verdadeiras que ajudaram a desmistificar a Gripe A --tudo o que o 'Aqui e Agora' não precisa."

JOSÉ CRISTIANO PITHAN DAUDT (Caxias do Sul, RS)

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