Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
23/09/2009 - 02h30

Peste, Candidatos, Educação, Segurança, Dia sem carro

da Folha Online

Peste

"Em relação à matéria de Reinaldo José Lopes que versa sobre a morte do cientista norte-americano por peste, consta que 'um assassino microscópico que parecia ser coisa da Idade Média (ao menos no Primeiro Mundo) pode ter matado...'. Vale registrar que nos EUA ocorrem anualmente entre 10 a 20 mortes, o que torna a zoonose um agravo merecedor de atenção nas áreas focais. Aqui em Alagoas, por exemplo, 28% do território faz parte da chamada 'área pestígena', e os últimos casos foram notificados em 1972. A bactéria circula entre roedores nos focos do Nordeste e recentemente foram detectados canídeos sorologicamente positivos na serra dos Órgãos, como constatam os levantamentos realizados pelo Programa de Controle da Peste. O significado desse evento --a Yersinia pestis circula livremente nessas regiões-- estabelece que a peste continua a ameaçar os humanos.
No Brasil, a doença sempre se manifestou por sua forma mais leve, a peste bubônica, que pode ser confundida, por exemplo, com algumas doenças sexualmente transmissíveis (DST). Nas unidades básicas nas áreas de risco, quase sempre distantes dos grandes centros, pode haver uma confusão, pois nelas utiliza-se o chamado 'diagnóstico sindrômico'. A nossa sorte é que as drogas utilizadas nas DST podem ser eficazes na peste e, assim, 'atira-se no que se vê e acerta-se no que não se vê'. A professora Alzira de Almeida e a equipe do Centro de Referência de Peste (CPqAM/Fiocruz) estão repletos de razão quando continuam insistindo na necessidade de conferirmos a devida prioridade à peste, o que atualmente não ocorre, pois a sociedade, os profissionais e autoridades de saúde desconhecem-na ou a esqueceram. As consequências desse fato são as mais diversas, porém a mais provável é que só diagnostiquemos uma epidemia após a ocorrência de mortes."

CELSO TAVARES, professor da UFAL (Maceió, AL)

-

Candidatos

"Romário, 'o baixinho' que tantas vezes lavou a alma dos brasileiros em campo, vai se filiar ao PSB. Aparentemente nada demais, visto que ele já se aposentou na carreira futebolística, porém, a se confirmarem as suspeitas, o jogador está indo para onde vão todos aqueles que querem a proteção do guarda-chuva chamado foro privilegiado e imunidade parlamentar. Triste é ver a bandeira que Romário diz que irá defender --a educação. Infelizmente todos apelam à educação para se eleger, o lamentável é que as promessas nunca são cumpridas. E, sinceramente, Romário faria muito pela educação abraçando uma causa, pois tem recursos e um nome a zelar. Na política será mais um a dizer amém."

IZABEL AVALLONE (São Paulo, SP)

*

"Acelino Freitas, o Popó, se filiou ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) e vai ser candidato a deputado federal pela Bahia. O partido está confiante: 'Se ele aparecer na TV com calção, sapatilha, luvas e cinturão e disser 'vou brigar por você', quem não vai querer votar nele?'. É, pessoal, estamos no caminho certo: vem aí o 'voto nocaute' _direto da Bahia!"

SILVANO CORRÊA (São Paulo, SP)

-

Educação

"Mais uma vez a Folha publica uma reportagem sobre a escola pública ouvindo apenas o secretário e a dirigente da Apeoesp ('Rotatividade de diretor afeta nota de escola', Cotidiano, 21/9). Nunca vai mais fundo no assunto ouvindo os maiores envolvidos: professores e alunos. O secretário diz que o professor muda de escola procurando escolas próximas de sua residência em bairros de classe média. Quem lê esse absurdo é capaz de acreditar que eles são realmente a maioria e que na periferia das cidades não temos um professor sequer. Com o salário que recebemos, a ideia se torna ainda mais absurda. Sou de uma escola de periferia, trabalho lá desde 1999, moro em um bairro a uns 12 km de distância, nunca pensei em mudar, mesmo quando no início do governo José Serra perdi o adicional por localização --ou seja, tive meu salário reduzido em 20%, valor que não será recuperado em muitos anos, seguindo-se a falta de atualização dos salários pagos pelo governo estadual, que não nos dá nem uma parte da inflação ou reajusta os tíquetes alimentação. Será que o professor tem motivação para o trabalho em meio a tanta violência e descaso dos alunos? Será que o professor não deve mudar de escola para gastar menos em transporte e alimentação? Quais outras culpas os professores devem carregar sozinhos para justificar fracassos que não têm apenas uma origem? A Folha deveria fazer uma reportagem, ou melhor, uma série delas, para ouvir todos os lados dessa história mal contada."

ANGELA FERNANDES AUGUSTO (Campinas, SP)

*

"Está na hora de desenvolver um programa que, de forma obrigatória, leve os pais de alunos com baixa escolaridade ou sem escolaridade para dentro das escolas. Achar que a responsabilidade pela educação é só da escola não dá resultado bom em São Paulo e em lugar nenhum. Isso é hipocrisia. Talvez o Bolsa Família possa afinal cumprir este papel. A ideia é que pais assíduos em programas mínimos da comunidade escolar dos filhos recebem o benefício; quem não for não recebe. Assim melhoramos o ensino, damos responsabilidade aos pais pelos filhos e também damos um futuro de verdade para estas famílias. Por enquanto, o Bolsa Família carece de resultado para a população que o sustenta."

ANA F. CAMPOS (São Paulo, SP)

-

Segurança

"A Fundação Getúlio Vargas descobriu que até julho deste ano 14 Estados e 53 municípios receberam verbas do Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), mas a maioria deles deixou o dinheiro parado em contas bancárias. Alguma coisa está muito errada nessa história. Qual o governante no Brasil que deixa alguma verba liberada pelo governo federal parada no banco podendo estar ganhando uma boa comissão no pagamento dos serviços prestados por empreiteiras e nas compras de qualquer produto dos fornecedores? Será que os corruptos estão amedrontados? Será que o milagre da honestidade finalmente aconteceu no mundo da roubalheira? Ou será que estão esperando o ano eleitoral para distribuir as verbas para os oportunistas amigos do poder? Enquanto isto, estes mesmos governantes que não usam essas verbas liberadas que ajudariam na segurança do cidadão, fazem discursos diários contra a violência, e, invariavelmente, alegam que não possuem dinheiro suficiente para resolver eficazmente o problema da segurança pública."

WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)

-

Dia sem carro

"Não considero o 'dia mundial sem carro' uma medida inconsequente, inócua e muito menos 'uma palhaçada'. Aderi voluntariamente à campanha e fiz uma caminhada de cerca de dois quilômetros da minha casa ao local onde trabalho. Não concordo, no entanto, que a prefeitura proíba o estacionamento em determinados locais públicos e muito menos que crie restrições para a circulação de automóveis na cidade. Sendo uma campanha visando à conscientização do cidadão, nada deveria ser obrigatório, ainda mais com tantos problemas de acessibilidade e carência de transportes públicos ágeis e confortáveis, inexistência de ciclovias e de bicicletários. Será preciso repetir a campanha em ações periódicas, para que o cidadão compreenda o quanto é importante deixar o carro em casa em benefício da preservação do planeta."

SINVALDO DO NASCIMENTO SOUZA (Rio de Janeiro, RJ)

-

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página