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05/10/2009 - 02h34

Rio 2016, Ética, Enem, Educação, Honduras

da Folha Online

Rio 2016

"Os cariocas e os demais brasileiros - que são homens do bem - estão esfuziantes com a escolha da exuberante e belíssima cidade do Rio de Janeiro para sediar a Olimpíada de 2016.
Mas os que vivenciam essa enorme, cândida e benfazeja alegria haverão de tomar cuidado com uma nefasta categoria de brasileiros - homens do mal - que também estão alegres com a escolha do Comitê Olímpico Internacional, mas por motivos diversos. Tais brasileiros são os amigos do alheio, os prevaricadores, os corruptos, os empreiteiros desonestos, os superfaturadores de obras e os embolsadores profissionais de dinheiro público que, com toda certeza, estão esfregando as mãos de contentamento diante da possibilidade de desviar, para os seus bolsos, parte dos bilionários recursos, oriundos dos cofres da nação, que serão destinados às Olimpíadas verde-amarelas.
Que esses malditos, que tanto mal fazem ao Brasil, não avacalhem a festa olímpica nem manchem a nossa história - e a história dos Jogos Olímpicos - com a sua perversidade sempre ávida por dinheiro que não lhes pertence.
Parabéns (e olhos abertos), cidade maravilhosa!"

TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

*

"A política petista de pão e circo para o povo, copiada dos antigos coronéis, está tomando um vulto assustador. Se trazer a Copa do Mundo para o Brasil em 2014 já representava um grande desvio de recursos públicos que poderiam ser racionalmente aplicados em educação, saúde, segurança e moradia, agora chegamos às raias da insanidade com a vitória do Rio para sediar a Olimpíada em 2016.
Vários setores da economia nacional, como o tráfico de drogas, grandes construtoras e também administradores públicos, já vislumbram um grande ambiente de 'negócios' para os próximos anos, em detrimento de nossas necessidades prementes.
Como o TCU é sabedor, qualquer estimativa de custos será no mínimo duplicada no final dos eventos e ninguém saberá informar para onde foi o dinheiro. Essa história de que trarão benefícios para o Brasil é pura balela, pois em nenhum outro país contribuíram para a melhoria permanente das condições de vida de seus povos. Apenas enriqueceram alguns. A conta será pendurada nos ombros de todos os brasileiros, que assistirão, impotentes, a seus extorsivos impostos serem sugados pelo ralo da irresponsabilidade e da corrupção."

SERGIO VILLAÇA (Recife, PE)

*

"Depois de todas as denúncias de superfaturamento envolvendo as obras exigidas para o Pan-Americano de 2007 no Rio de Janeiro, não há dúvidas de que a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 vão abrir espaços bem mais amplos para a maioria dos nossos governantes e seus apadrinhados continuarem se envolvendo com enriquecimento ilícito. Com certeza vamos ficar na mesma situação das cidades de Atlanta 1996, Sidney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008, que, até hoje, não saldaram os gastos que fizeram para promover uma Olimpíada. E mais, vamos bancar uma Olimpíada para o resto do mundo ver somente as nossas belezas. Nossas mazelas, jamais.
Quem não se lembra das declarações de atletas como Gustavo Kuerten, Aurélio Miguel, Joana Maranhão, César Cielo e tantos outros que foram unânimes em dizer: o incentivo ao atleta brasileiro é quase zero. É muito estranho o Brasil ganhar o direito de patrocinar em sequência esses eventos que são considerados os mais caros do mundo. Isso cheira a eleição 2010. Acorda, povo brasileiro."

LEÔNIDAS MARQUES (Volta Redonda, RJ)

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"Sediar ou não sediar? Será sempre polêmico. Entendo que os Jogos Olímpicos deveriam ter uma sede fixa. Por que não Atenas, que sediaram os primeiros Jogos? Cada país contribuiria com uma quantia proporcional ao número de atletas de sua delegação para aperfeiçoamento e infraestrutura. Assim, milhares e milhares de dólares não seriam 'jogados fora' a cada quatro anos e não haveria tanta tergiversação quanto à realização."

ANTÔNIO DE MORAES LOPES (Embu Guaçu, SP)

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Ética no Brasil

"A pesquisa Datafolha constatando que 13% do eleitorado admite já ter vendido o voto é fato que causa espanto e revolta. Fala-se tão mal da classe política como um todo. E muitos desses críticos não assumem que votaram em pessoas que não deveriam ter sido eleitas. E a pesquisa vai fundo, são 17 milhões de pessoas que não tiveram o mínimo problema em praticar um ato que tem reflexo sobre toda a comunidade, pois quem compra votos não tem boas intenções. Essa questão deveria servir de reflexão para muitos cientistas políticos, para que efetivamente fizessem criticas aos maus políticos, e não a todos, como é muito comum."

URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)

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Enem

"Não seria muito admitir que as provas do Enem estão passando uma imagem de desorganização geral na educação brasileira. Desde que, no início do ano, foram pautadas as mudanças para este ano, surgiram impasses quanto à real utilidade em ter vigência neste ano, e com essas alterações agora explicitadas pela delação. Por outro lado, a situação ficou em manchete de primeira página em jornais e demais caminhos midiáticos apenas na quinta-feira, pois na sexta-feira já vibrávamos com a certeza de uma Olimpíada no Brasil. Pão e circo? É isso que o governo propõe aos estudantes e aos pais deles? A máscara petista cairá. Quando?"

VITÓRIA DENCK (Curitiba, PR)

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Educação

"A discussão sobre o salário do professor não deve ser pautada sobre a má formação de muitos desses profissionais e/ou a má qualidade de muitas faculdades. Afinal, profissionais e cursos ruins há em todas as áreas. A discussão se deve pautar sobre a consequência para a educação da baixa remuneração desses profissionais. Muitos bons professores (e não são poucos), decepcionados com o baixo salário, têm abandonado a rede pública de ensino. O que ainda está mantendo muitos professores competentes na rede é a estabilidade. Além do êxodo dos bons profissionais, muitos recém-formados têm evitado a rede pública de ensino. Na Folha de ontem, há um brilhante comentário de Bernadete Gatti (coordenadora de um estudo da Unesco sobre professores): 'O problema é que se um jovem bem preparado não vê perspectivas salariais na carreira, irá procurar profissões mais atraentes'. Simples, direto e lógico."

FÁBIO GOMES BARBOSA (Campinas, SP)

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Honduras

"Perdoe-me o professor Marco Antonio Villa, assíduo frequentador de 'Tendências/Debates'. Que é apaixonado opositor do governo Lula, disso já sabemos. A oposição, mesmo as mais ferrenhas, quando exercida de forma madura e esclarecida, é um dos alicerces da democracia. Também é sabido que, em concordância com os setores mais conservadores de nosso país, demonstra 'torcer' para que tudo dê errado por aqui. Não interessa se isso prejudique 'os lulistas' ou todo o povo brasileiro.
Agora, tentar justificar a truculência dos golpistas hondurenhos, como deu a entender em seu artigo de domingo ('Saudades do barão', 'Tendências/Debates'), aí é demais. Assombra-me descobrir nesse episódio de Honduras quanta gente por aqui parece ser saudosa de golpes e quarteladas."

MARCELO DINO FRACCARO (Santo André, SP)

 
 

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