Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
02/11/2009 - 02h30

Desconfiança, valor da política, drogas, microvestido

da Folha Online

Desconfiança

"Muito bom para reflexão o texto do empresário Emílio Odebrecht. O grande problema é que, no Brasil, quem prega a cultura da confiança é visto como um utópico, um ingênuo. O que acontece, na verdade, é um 'salve-se quem puder'. E é por isso que o grande problema desta Terra Brasilis é o famigerado 'caixa 2', praticado tanto no setor público, com o fim de desviar recursos públicos, como no setor privado, com o objetivo de sonegação fiscal e outras tantas mazelas. Mas há esperança. Há ainda quem prefira ser ingênuo a ser corrupto."

FRANCISCO DE ASSIS MOURA ARAUJO (Teresina, PI)

-

Valor da política

"Danilo Gentili é um comediante de raro talento. Luciana Gimenez nem tanto, mas é de beleza igualmente rara. E uma aluna que sofra violências verbais em uma universidade é algo digno de notícia, ao menos.
O que espanta, contudo, é verificar que essa turma toda, reunida e elevada à milésima potência, não tem a relevância histórica que os últimos dois presidentes da República brasileiros possuem. E, pasmem, no dia em que a Folha Online anuncia o mais contumaz artigo de FHC (o 'dono' dos anos 90) à administração de Lula (o 'dono' dos anos 2000), ao se passar os olhos pela coluna 'Mais lidos' do website, aparecem as personagens anteriormente citadas. Isso pode ser sintomático de uma abissal ignorância coletiva, do desencanto com a política ou com os dois. O desencanto com a democracia é compreensível e é, num certo sentido, parte do próprio processo democrático. O que assusta é a substituição da política pelo mesquinho, pelo medíocre."

ANDRÉ GOMES DE ASSIS (São Paulo, SP)

-

Drogas

"Houve uma época em que o Governo mandava recolher os leprosos e confiná-los aos leprosários para o tratamento. Foi uma época macabra, triste. O doente não tinha escolha, era levado, consequentemente separado da família, em um veículo próprio, com a insígnia: contagioso. E assim eram internados para o tratamento. Mas, graças ao progresso da medicina, esses confinamentos não acontecem mais. Os leprosários foram praticamente desativados e o combate à doença foi praticamente vencido.
Com os viciados em drogas, estamos vivenciando as mesmas situações daquele passado triste. Se o governo criasse centros adequados de reabilitação de dependentes químicos e mudasse a legislação a respeito, os recolhimentos seriam inevitáveis, pois localizá-los é tarefa fácil. Foi pego se drogando, seria conduzido ao confinamento para tratamento adequado. Com prudência, mas com audácia, alguma coisa tem de ser feita.
Agora, a outra hipótese seria legalizar as drogas por um período de um ano para ver os resultados. Se o tráfico, a corrupção e o consumo diminuírem, terá sido uma boa experiência."

JOSE LAERTE DUTRA (Uberlândia, MG)

*

"É curioso que num país onde se consome cachaça, cerveja e outas bebidas livremente, a ideia da legalização de outras drogas cause tanta celeuma. Para aqueles que ainda se opõem à legalização de certos psicoativos, diria que é de fácil compreensão o fato de que, uma vez legalizadas, as drogas hoje ilícitas poderiam perfeitamente passar pelo mesmo processo das substâncias legalizadas: pagariam IPI, ICMS, teriam fiscalização da Anvisa, venda proibida a menores de 18 anos e seu consumo serviria para gerar milhares de empregos diretos e indiretos (em vez de alimentar o crime organizado), como já acontece com o tabaco e o álcool. Este último também é um entorpecente, legalizado em nosso país, mesmo sendo reconhecidamente o que mais causa danos em nossa sociedade, e nem por isso certos paladinos da 'moral' e dos 'bons costumes' cogitam sua proibição."

FLÁVIO GUIMARÃES DE LUCA (Limeira, SP)

-

Microvestido

"Acho que a Uniban deveria reunir seus alunos e funcionários em seu auditório e discutir com eles os fatos que envolveram uma aluna que foi hostilizada em seu campus por usar uma roupa um pouco curta. Seria muito bom que desse episódio fosse tirada uma lição aos envolvidos, pois tem faltado amor e respeito entre as pessoas. Talvez essa seja a melhor lição que aquela universidade possa passar aos seus alunos, vinda justamente de um caso tão infeliz."

PAULO ARY DIAS RIBEIRO (Santos, SP)

*

"O falecido estilista e deputado Clodovil Hernandes, polêmico, podia até ter lá os seus defeitos, mas acertou em cheio quando exclamou certa vez que o modo como a mulher brasileira andava a se vestir a vulgarizava, por exceder no tamanho diminuto de saias, 'fendas' e 'rachos', além de decotes ousados que não levavam em consideração o respeito a si mesmo, quanto mais aos outros.
O infeliz episódio ocorrido na Uniban lhe deu razão."

PAULO BOCCATO (São Carlos, SP)

*

"Excelente o texto da leitora Luciana Martins. Diz absolutamente tudo o que deve ser dito sobre o lamentável episódio envolvendo a estudante que 'ousou' trajar minissaia na faculdade.
É triste verificar em nosso meio universitário não a incapacidade de indignar-se, mas a gigante distorção de enfoque em sua manifestação. Onde estão os estudantes que iam às ruas para lutar contra a falta de liberdade? Os estudantes que erguiam a bandeira de causas nobres? Hoje campeia no país a corrupção, a imoralidade, a falta de ética em todas as esferas da administração pública, em favor de grupelhos políticos que se aliam para eternizar-se no poder, e não parte uma única voz dessa juventude alienada e anestesiada para manifestar alguma forma de protesto.
Em ato de monstruosa intolerância, parece-lhes mais grave e condenável a minissaia da jovem colega que todas as cuecas cheias de dólares de origem nebulosa que circulam por aí."

GERALDO DE MENEZES GOMES (São Paulo, SP)

-

Profissão

"Permito-me discordar do comentário de Elio Gaspari, quanto ao uso do termo profissão. Uma rápida consulta ao Aurélio, ao Michaelis, edições impressas e eletrônicas (infelizmente não tenho o Houaiss à mão), e rápida
busca na internet levam-me a aceitar o uso de profissão e ocupação como sinônimos. Ofício talvez tenha conotação mais restrita. Será que o jornalista não se refere a profissão de forma mais restritiva, em termos de profissão liberal, profissão regulamentada?"

JOSÉ MARIA PACHECO DE SOUZA (São Paulo, SP)

-

Tempo e futebol

"Não, Tostão, você não precisa se preocupar que o achem um romântico, um saudosista. É que o futebol de hoje pertence aos jogadores truculentos, aos brucutus, aos que somente jogam deitados dando carrinhos criminosos que deveriam ser caso de polícia. Para você, para mim, para os amantes do futebol-arte, com classe, cheio de 'finesse', esse futebol, realmente, não existe mais. É, como você diz, infelizmente, um outro esporte.
Que pena!"

NORBERTO JOSÉ BONAZZI (São Paulo, SP)

-

Desmatamento

"A legislação brasileira é infelizmente minada por imperfeições e distorções de difícil correção devido a pressões políticas, econômicas ou ideológicas.
É o caso da legislação ambiental ora em discussão: uma coisa é impedir e penalizar o desmatamento ilegal, outra é não reconhecer o desmatamento legal.
As vezes até o óbvio fica esquecido, tal como o fato de que a agricultura e a pecuária substituíram cobertura nativa desde que o homem iniciou sua existência. E só deixa de fazê-lo com o a advento de legislação restritiva.
Ora, o aspecto contra o qul se insurge a grande maioria dos produtores rurais é que a atual legislação equipara desmatamento legal a desmatamento ilegal, exigindo a recomposição de 20% (ou mais) de toda e qualquer área agrícola.

LUIZ RIBEIRO PINTO (Ribeirao Preto, SP)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página