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Aposentados

"Nota zero para o presidente da Câmara Federal, deputado Michel Temer (PMDB-SP), e seu debochado 'sorriso', transmitido pela TV no momento em que assumiu os trabalhos daquela Casa, no dia 4/11, na falsa tentativa de colocar em votação o aumento dos aposentados e pensionistas ('Lula tenta novo acordo para aposentados', Dinheiro, 6/11).
Certamente Temer já sabia o que ia acontecer, chegando a ameaçar os aposentados e pensionistas no momento em que eles protestavam contra a já conhecida equipe de choque do presidente da República.
'Nos finalmentes', o irônico Michel Temer teve a petulância de dizer para os idosos que ali estavam: 'É um show de democracia'. Que democracia é essa que, num conluio claro e evidente, leva os aposentados e seus familiares para o fundo do poço?
Acorda gente! Esse homem e seus conchavados estão vindo por aí nas eleições de 2010. Lembrem-se que, com os nossos familiares, temos o peso de aproximadamente 50 milhões de votos. É preciso que não nos esqueçamos, jamais, que eles já negociaram e traçaram os nossos destinos."

LEÔNIDAS MARQUES (Rio de Janeiro, RJ)

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"Que pena, como se comprovou o editorial de 4/11. Seria mais elucidativo caso se chamasse 'Arapuca parlamentar, mais uma artimanha do Michel Temer'. Mesmo porque, ao contrário do que procura insinuar o articulista, o sr. Michel Temer é o maior aliado do sr. Luiz Inácio da Silva e, com este, faz uma dupla extremamente habilidosa no encaminhamento de soluções para situações embaraçosas.
O reajuste dos aposentados do regime geral da Previdência Social é assunto que merece ser tratado com seriedade, e não com gaiatices do tipo projeto demolidor das contas públicas e, muito menos, com abordagens tendenciosas, porque lastreadas em artificialismos impressionistas de números nunca examinados com realismo, que não resistem a mais simplista auditoria.
Com efeito, tivesse o articulista a pequena curiosidade de ler trabalhos criteriosos e insuspeitos elaborados pela Anfip (Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil) e pela Fundação Anfip, onde se destaca a análise do resultado do Orçamento da Seguridade Social: receitas e despesas - 2007 e 2008 (Revista de Seguridade Social, nº 99 - abril/junho de 2009), não adotaria a falácia do decantado débito da Previdência, 'a ponto de comprometer a própria geração de riquezas no pais', como registra o infeliz fecho do editorial.
Ademais, é bom lembrar que foi e é o Estado que contribui para o atual estado de penúria em que se encontram os aposentados e pensionistas do RGPS. Estes, e somente estes, carregam o ônus do destempero orçamentário brasileiro. Hoje mesmo, ao procrastinar a solução de projeto, que apenas amenizaria o descompasso cada vez maior dos proventos de aposentadoria e pensões do pessoal do RGPS, o Parlamento o fez em conluio com o governo central, de modo a permitir a liberação das vergonhosas emendas parlamentares, destinadas a azeitar as eleições do próximo ano.
Então, são os aposentados e pensionistas do RGPS os culpados pelo deficit orçamentário do governo da União. São seus elevadíssimos proventos, como, por exemplo, o do sr. Luiz Inácio da Silva --no valor de R$ 5.480,00--, que contribuem substancialmente para que o país tenha mais essa arapuca parlamentar!"

EMANOEL CAMPOS, presidente da Asaprev/RJ --Associação dos Aposentados e pensionistas da Previdência Social do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, RJ)

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Pensão

"Discordo da carta 'Pensão', de Ronaldo José Neves de Carvalho ('Painel do Leitor', 6/11).
O que não se pode aceitar, e deve ser criticado, é o sistema vigente do país, que permite esse tipo de coisa, essa lacuna e/ou brecha que permitiu, não só à atriz Maitê Proença, mas a outras pessoas se beneficiarem.
Independentemente de qualquer coisa, o que está na lei é para ser cumprido. Se a lei apresentar incoerência ou distorções, então deve-se mudá-la."

ADALBERTO FERNANDO SANTOS (Taubaté, SP)

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Lula na Inglaterra

"Dando mostras do poder sobre as estatais federais, o presidente Lula recebeu o prêmio Chatham House, em Londres, como o 'motor-chave da estabilidade' na América Latina ('Estatais patrocinam prêmio concedido a Lula em Londres', Brasil, 5/11). Tudo conseguido à custa dos donativos a Venezuela, Equador, Bolívia e Paraguai --via empréstimos a fundo perdido do BNDES--, doações de aviões, e o que é pior: o comitê organizador do Prêmio Royal Institute Affairs contou com os patrocínios de estatais como Petrobras, BNDES e Banco do Brasil.
Enquanto isso, o país vive uma pandemia da violência urbana, assassinato de milhares de jovens --que tiveram no tráfico o seu primeiro emprego--, descaso com a saúde, SUS sucateado e pessoas morrendo nos corredores. Pena que isso não seja levado em conta na avaliação do nosso presidente, sem falar na falta de ação contra o desmatamento da Amazônia, que agora resolveram privatizar para o plantio de soja e pastagens à agropecuária.
Isso é o Brasil. O resto é resto."

JOSE PEDRO NAISSER (Curitiba, PR)

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Lula-Vargas

"Desde que Lula assumiu, ele e sua equipe vêm montando a estrutura do neogetulismo: sindicatos pelegos, UNE anestesiada, forte intervenção nas grandes empresas (Oi-Telemar/Brasil Telecom), assédio na Vale, entre outras. Além, é claro, de todo o populismo assistencialista, que não resolve o problema dos menos favorecidos, mas atenua as tensões. É o projeto Lula/PT-Sindicalista, nos velhos moldes do getulismo --ou peronismo como FHC prefere--, mas, sem dúvida, com um viés muito autoritário."

FRANCISCO DA COSTA OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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Diesel

"Carro de passeio a diesel? O óleo diesel tem um preço inferior ao da gasolina por se destinar ao uso em transporte coletivo e de cargas. Para atender ao consumo atual, o país importa diesel e exporta gasolina. Quem quer comprar um carro a diesel deveria pensar nisso ou, ao menos, mencionar tal condição ao criticar a proibição da venda destes carros no Brasil."

ROGERIO BELDA (São Paulo, SP)

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Ambiente

"O empreendimento da ThyssenKrupp CSA Siderúrgica do Atlântico, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, foi muito elogiado pelos economistas por tratar-se do maior investimento do setor privado do país, com a geração de milhares de empregos, mesmo no auge da crise financeira.
Agora, é chegada a hora de pagarmos parte da conta com o impacto ambiental, já que a CSA, quando estiver funcionando, aumentará em 76% o lançamento de dióxido de carbono na atmosfera da cidade.
Para nós, que moramos, trabalhamos e vivemos nesta região e acompanhamos estarrecidos a degradação da Baía de Sepetiba pela catastrófica empresa de mineração Ingá, só resta repetir uma das máximas de Aparício Torelly, o Barão de Itararé, quando dizia: 'Nada está tão ruim que não possa piorar!'."

SINVALDO DO NASCIMENTO SOUZA (Rio de Janeiro, RJ)

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Violência

"Oportuno o editorial 'Violência em São Paulo' ( Opinião, 4/11), esclarecendo pontos positivos que faltaram na matéria do jornal sobre o assunto.
A Folha é mais que um jornal local, é uma das fontes de referência mais importantes sobre grandes temas sociais do país, sendo necessário que amplie suas considerações.
Estudiosos do impacto do noticiário sobre o medo da população recomendam que os dados da violência sejam contextualizados para se evitar o terrorismo noticioso. Reconheça-se que há muito por fazer na segurança em São Paulo, mas é importante ressaltar que tanto o Estado (com população superior à da Venezuela e Argentina) como a sua capital apresentam a mais notável queda da violência em todo o mundo. A problemática capital paulista, com 2,5 milhões de pessoas vivendo em favelas e cortiços, tem 1/3 dos índices de homicídios de Curitiba e Brasília; 1/5 do Rio e Pernambuco; 1/6 de Salvador e do Espírito Santo; 1/10 de Maceió e 1/15 do índice de Caracas.
Há 155 cidades brasileiras que matam, proporcionalmente, mais jovens que São Paulo. Os estudiosos se debatem para explicar esse sucesso, mas há que se reconhecer que a polícia paulista, com todos seus defeitos, teve os principais méritos na preservação de milhares de vidas. O equivocado e dispendioso programa de segurança do governo federal, assim como os Estados que fracassaram em sua política de segurança, deveriam olhar os fundamentos básicos que deram certo em São Paulo."

JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO, coronel da reserva da PM de São Paulo (São Paulo, SP)

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Estado

"No artigo 'O Estado moderno, o servidor e o cidadão' ('Tendências/Debates', 28/10), dentre as 'maravilhas' proporcionadas ao servidor público de São Paulo, faltou a Sydnei Beraldo elencar, humildemente, a melhor de todas para o funcionalismo: o pagamento dos precatórios alimentares aos servidores, que seu chefe insiste em negar, em total desrespeito ao Judiciário.
Pela enxurrada de publicidade (enganosa) do governo paulista na TV, o dinheiro deve estar faltando mesmo."

FERNANDO OLMO PACHECO (São Paulo, SP)

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Políticos

"Não é de hoje que parimos, nas eleições, políticos corruptos, hipócritas e sem o 'abecedário' suficiente para governar.
Em 2010 não será diferente. Nossos representantes irão, mais uma vez, vomitar na democracia e esquecer a ordem e progresso. Nos shows idolatrários, que chamam de comício, enfeitarão as cidades, retirarão os mendigos das ruas e limparão os esgotos. Mas de nada valerá limpar os esgotos, pois os nossos políticos estão cada vez mais fétidos e imundos. Estão fazendo do voto de seu povo, esmola.
No entanto, é assim que tem que ser e, ainda, mostrarão aos eleitores que eles são palhaços e que, novamente, irão os reeleger."

LINDIAGANE MAYARA SILVEIRA (Cascavel, PR)