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15/12/2009 - 02h30

Educação, esquerda, meu erro, violência, São Paulo, show

da Folha Online

Educação

"A ideia de limitar a idade de ingresso ao primeiro ano do ensino fundamental somente pela idade cronológica é mais um desserviço prestado pelo MEC à educação de nosso país.
Primeiramente, é muito óbvio (existem pesquisas acadêmicas comprovando) que o aprendizado e a maturidade para o aprendizado dependem de uma série de fatores, e a idade cronológica é somente um deles.
O ambiente ao qual a criança foi exposta e suas características inatas são fatores igualmente importantes e totalmente ignorados pelos pseudoeducadores, que concluíram que um problema administrativo e secundário (disciplinar a transferência dos alunos) requer uma medida que pune a grande maioria das crianças, tratando de forma igual aos desiguais.
O editorial 'Questão escolástica' ( Opinião, 14/12) apresentou uma alternativa bem melhor: autonomia."

ENOCK GODOY DE SOUZA (São Paulo, SP)

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Esquerda

"Ser militante de esquerda é manter viva a indignação e engajar-se em prol de mudanças que façam cessar a marginalização e a exclusão. Um militante de esquerda pode perder tudo, a liberdade, o emprego e a vida, menos a moral. Certamente, por essas razões e outras mais, mencionadas no livro 'A Mosca Azul', Frei Betto, ex-assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e coordenador do Programa Fome Zero, passou a ser considerado uma persona non grata para o presidente Lula e sua turma, a ponto de excluírem-no do filme 'Lula, o Filho do Brasil'.
O ódio que o presidente e sua turma têm por Frei Betto, por abandonar o governo quando percebeu que os interesses do PT e da maioria que dele fazem parte eram outros e por denunciar em seu livro as mentiras da turma, tornou-se algo incomensurável. A impressão que temos é que Frei Betto descobriu que na turma do PT estão os verdadeiros ditadores brasileiros."

LEÔNIDAS MARQUES (Rio de Janeiro, RJ)

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Meu erro

"Li na coluna de Elio Gaspari ( Brasil, 13/12) que o empresário Eugênio Staub disse, com relação a problemas em sua empresa, a Gradiente: 'Os erros cometidos foram meus, de mais ninguém'.
Um gesto de dignidade, raríssimo no país de nossos dias. Sensibilizado com isso, tomei uma decisão, embora simbólica, de apoio ao plano de recuperação da empresa: vou trocar meu aparelho de som Gradiente, da década de 1970, mas funcionando bem, por um novo --da mesma marca, obviamente."

VALDIR SANCHES (Guarulhos, SP)

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Violência

"Depois do lastimável episódio da hostilidade selvagem à moça de vestido curto, outros três universitários de um curso de medicina em Ribeirão Preto, entre 19 e 21 anos, na madrugada do último dia 12, agrediram e insultaram um trabalhador negro que se dirigia para o trabalho de bicicleta.
Provavelmente voltando de uma balada, os três jovens utilizaram o tapete de borracha do automóvel para golpear o ciclista pelas costas, lançando-o ao chão, além de ofendê-lo com expressões racistas, como sinhozinhos faziam com seus escravos. Em seguida, arrancaram com o carango, comemorando aos gritos o grande feito.
Perseguidos por outro motorista e seguranças que presenciaram a cena, acabaram presos em flagrante, mas já tiveram relaxada a prisão, após pagamento de fiança e graças a uma interpretação benevolente da tipificação legal do ato praticado ('Juiz não vê racismo e manda soltar jovens', Cotidiano, 14/12).
É simplesmente aterrorizante esse tipo de comportamento, que reflete o caráter de parte da atual geração --justamente a mais privilegiada--, com acesso a cursos superiores, assim como a formação que esses moços estão recebendo da família e da escola.
Cabe indagar que tratamento dispensarão eles, depois de formados, a seus pacientes mais humildes?"

ANTONIO CARLOS AUGUSTO GAMA (Rio de Janeiro, RJ)

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São Paulo

"Concordo plenamente com Esaquel Gilberto Chilo ('Serra', 'Painel do Leitor', 13/12) sobre o excesso de propaganda política do governador José Serra. De onde será que vem tanto dinheiro? Deve ser da economia dos precatórios tungados dos paulistanos/paulistas e dos funcionários públicos aposentados do Estado mais rico da União, que até agora não tiveram anunciado o reajuste de aumento.
Infelizmente, não temos nenhum deputado estadual que lute pelos funcionários públicos aposentados. Já os aposentados da Previdência Social têm vários representantes em Brasília que lutam por seus interesses. Se não fosse por eles não haveria nem o aumento de 6,2% para os que ganham acima de um salário mínimo. Sabemos que a luta por percentual de aumento igual ao do salário mínimo continua.
Portanto, nós, ludibriados pelo governo do sr. José Serra, vamos colocar no nosso caderninho os nomes de todos que nos enganaram para darmos o troco na próxima eleição."

CÉLIA TEIXEIRA MAGALHÃES (São Paulo, SP)

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Show

"Em relação ao show de Maria Bethânia no último sábado ('Em novo show, Bethânia transforma simples e sofisticado em sinônimos', Ilustrada, 14/12), em contraste com a delicadeza da artista, foi triste constatar a falta de civilidade de grande parte do público paulistano. Pululavam, em todas as filas, espectadores armados com suas máquinas fotográficas digitais ou telefone celulares para tirarem fotos ou filmarem trechos do espetáculo, sendo que pouco importava o incômodo que visores de LCD acesos causam em um ambiente escuro. Os 'bips' das máquinas fotográficas contribuíam para distrair e incomodar, tudo o que a artista não queria ao escolher um teatro para realizar o espetáculo, conforme noticiado na Folha. Assistindo ao show por pequenos visores de LCD parece que esses espectadores não atentaram ao que Bethânia cantou em uma das músicas do repertório: 'Moço, apague essa candeia. Deixo tudo aqui no breu. Quero nada que clareia. Quem clareia aqui sou eu'."

PEDRO LEAL FONSECA (Campinas, SP)

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Engenheiros

"Muito oportuno o artigo do professor Roberto Leal Silva a propósito do deficit, já crônico, de engenheiros no país ('Mais engenheiros para o Brasil', 'Tendências/Debates', 14/12). Faltou apenas considerar que uma política de incentivo, tanto à criação de novas vagas na área como a seu preenchimento, seria, por si só, ineficaz. Sou docente de cursos de engenharia de uma instituição particular de ensino e acompanho, ano após ano, o escandaloso grau de despreparo da imensa maioria dos alunos ingressantes, a maioria deles advindos de escola pública. A degradação do ensino público brasileiro (fundamental e médio) chegou a tal ponto que, por melhores que sejam os programas de recuperação dos alunos ingressantes por parte da instituição de ensino superior e por maiores que sejam os esforços individuais por parte de seus alunos, uma percentagem bem pequena --é forçoso constatar-- tem condições de levar a bom termo um curso superior. Embora a constatação se aplique aos cursos superiores em geral, ela é ainda mais apropriada aos cursos de engenharia, que requerem uma sólida formação matemática, consolidada ao longo de 11 anos de estudo. Enfim, sem a contrapartida de investimento num consistente e duradouro programa de recuperação do ensino público nacional, não há como conseguir aumentar o número de engenheiros formados anualmente. Seria o mesmo que querer erguer um edifício sobre alicerces precários."

MAURÍCIO CHIARELLO (Ribeirão Preto, SP)

 
 

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