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17/03/2010 - 02h30

Glauco, crianças, educação, Lula

da Folha Online

Glauco

"Com todo o respeito à dor imensa da família do grande ser humano Glauco e seu filho, quero, como profissional da saúde mental, dizer que esse rapaz que o assassinou, por todas as notícias veiculadas (''Foi eu', afirma o acusado de matar a tiros Glauco e Raoni', Cotidiano, 16/3), tem sérios distúrbios psiquiátricos, como, provavelmente, esquizofrenia e dependência de drogas. A mãe dele também parece sofrer de transtorno mental.
Fico estarrecido ao saber que ele vinha consumindo, nos últimos dois anos, o potente alucinógeno Daime (Ayahuasca) nos rituais da seita. Isso é um absurdo! Deveria ter sido orientado e até proibido pelo perfil psiquiátrico dele. É claro que isso, com certeza, poderia piorar muito a evolução do seu quadro psiquiátrico de base.
Ouvi de alguns colegas psiquiatras, forenses ilustres, que ele não estaria, provavelmente, psicótico (fora de seu juízo e crítica normais, com alucinações e delírios) porque fez tudo de forma planejada e premeditada. Questiono muito isso. Para mim, por tudo o que foi divulgado na imprensa e até pela expressão dele na prisão, é muito provável que ele estivesse sim psicótico. Essa mistura provável de drogas e do alucinógeno Daime foi péssima para o quadro psiquiátrico do rapaz.
Há muitas pessoas com transtornos mentais que frequentam algumas seitas que permitem o uso controlado de droga. Por mais que falem o contrário, não há evidências científicas de que o Daime poderia curá-lo de sua dependência química --isso deveria ser proibido. Muito pelo contrário! Líderes religiosos e espirituais deveriam ser mais bem informados e ficarem muito atentos às vulnerabilidades psíquicas dos seus fiéis ou seguidores.
Apenas um alerta: o Daime, para mim, é uma droga como qualquer outra, mesmo sendo para fins religiosos, que, repito, respeito mas não concordo. Os doentes mentais também não são mais violentos, como regra geral, que o restante da população --exceto se sob efeito de álcool e drogas.
Não quero que este triste e doloroso episódio aumente ainda mais o estigma do doente mental, que já é elevado. Nada justifica um crime hediondo, mas o rapaz, infelizmente, parecia sim estar em pleno surto psicótico grave. Isso terá que ser analisado com rigor e imparcialidade."

JOEL RENNÓ JR., diretor do ProMulher --Programa de Saúde Mental da Mulher (São Paulo, SP)

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Crianças

"O artigo de João Pereira Coutinho ('Crianças' Ilustrada, 16/3) retrata a agressividade infantil. Infelizmente, a realidade educacional portuguesa não está diferente da brasileira por conta de atitudes governamentais que destroem a 'autoridade do professor', transformando as escolas públicas em 'faroestes grotescos'."

MÁRCIO ALEXANDRE DA SILVA, professor (Assis, SP)

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"O crime organizado abusa dos anseios dos jovens em consumir a todo custo; se não consomem de modo civilizado, vão atrás de seus objetivos a bala. O crime organizado não funciona sem a criança, adolescentes e jovens sedentos de consumo a qualquer custo.
Parabenizo Frei Betto pelo belo artigo 'Criança e consumo' ('Tendências/Debates', 16/3)."

LUIS YABIKU, vereador pelo PDT-SP (Campinas, SP)

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"Depois de o incrível Frei Betto afirmar à Folha que, 'por princípio, não critica Cuba fora do país', o principal devoto de 'São' Fidel Castro ainda publica artigo no mesmo jornal, posando de defensor das criancinhas."

ROGÉRIO MEDEIROS GARCIA DE LIMA (Belo Horizonte, MG)

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"A Folha de 13/3, na coluna 'Frases', sob o título 'Amigos', trouxe publicada frase do frade dominicano Frei Betto: 'Amigos se criticam, inimigos se denunciam. Não falo fora de Cuba o que eu penso dessa situação; falo lá dentro'; frase que foi inserida no contexto da morte do preso político cubano Orlando Zapata Tamayo, causada por prolongada greve de fome, da nova greve de fome de outro preso político e dissidente cubano, Guillermo Fariñas, e do preocupante pronunciamento do presidente Lula, explicitando entre outras coisas que não trata com dissidentes.
Frei Betto, que também é amigo de Lula, talvez não tenha falado nada ainda, lá em Cuba, a julgar pela persistência dos acontecimentos noticiados, ou, se falou alguma coisa contra as prisões arbitrárias, certamente não foi ouvido, já que tudo está como dantes no quartel de abrantes, o que indica que seus amigos, lá de Cuba, vale dizer, Fidel e Raul, não deve ter apreço nem consideração por Frei Betto, já que nada fizeram para mudar essa aflitiva situação. Ou, ainda, se disse alguma coisa --o que falou nada tinha a ver com as prisões de cubanos, algo do gênero--, vem aí uma tempestade tropical. A não ser que tenha parabenizado os Castros no controle dos descontentes, tudo imaginado em função da inalterabilidade da situação. Aliás, hipótese plausível, porque não ficou claro se Frei Betto é contrário ou não às prisões de cubanos."

JACKSON ULHOA (São Paulo, SP)

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Educação

"Convidamos o senhor Gilberto Dimenstein para que venha conhecer 'in loco' uma escola pública do Estado de São Paulo e assumir a cátedra por pelo menos um período, fazendo-se passar por professor substituto e utilizando o material pedagógico distribuído pela SEE, para compreender o que é ser professor da rede pública. E, ao final do período, receba R$ 42 por seis horas-aula.
Após essa experiência, esperamos a análise criteriosa do jornalista a respeito das condições de trabalho e salário do professor da rede pública, comparando com o seu salário, que temos certeza deve ser dez vezes mais que ao desse servidor público, tão desrespeitado e maltratado nas análises de sua coluna.
A opinião só é relevante e digna de crédito se estiver baseada na experiência com conhecimento de causa."

SILVIA HELENA DECLEVA, MARY DE ALMEIDA SOUZA e DIONICE MARIA DE PAULA, professoras (Assis, SP)

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Lula no Oriente

"Parabenizo a Folha pela ótima abordagem aos erros, cada dia mais frequentes, da nossa política externa; e acho que as coisas não acabam por aqui.
O meu grande temor é que o nosso presidente se empolgue por estar tão próximo do Hamas e Hezbollah ('Israel pressiona Lula a se afastar do Irã', Mundo, 16/3), e acabe falando mais do que a tradicional diplomacia brasileira permitiria --e sabemos que isso não é nada difícil de acontecer.
A nós resta rezar, rezar e rezar para que ele volte logo e acabe com essa aflição!"

ANA PRUDENTE (São Paulo, SP)

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Royalties

"Um recado para o senhor Sérgio Cabral: não é tarefa de um governador incentivar um movimento de rua para cobrar nada do Estado ('Rio mobiliza servidores em ato por royalties', Dinheiro, 16/3).
A obrigação de solucionar o caso dos royalties, a que tem direito o Rio de Janeiro, é de responsabilidade dele governador e de todos os deputados e senadores, principalmente os do Rio de Janeiro, que foram eleitos e recebem salários para não deixarem casos como esses acontecerem --uma armação programada para direcionar, não sei para onde, as eleições de 2010.
Usar o povo para aumentar o prestígio político, que está em decadência, é errado."

LEÔNIDAS MARQUES (Rio de Janeiro, RJ)

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Verdadeiro

"Muito oportuna e corajosa as colocações de Luiz Felipe Pondé no artigo 'Finesse' ( Ilustrada, 15/3) a respeito de movimentos sociais, cotas para negros e direitos dos gays. É muito raro no jornalismo alguém dizer tantas verdades, pois o politicamente correto e o medo de parecer direitista impedem.
Que Pondé não se intimide com as críticas daqueles que não querem que suas ideias sejam contestadas, pois o que ele faz é jornalismo verdadeiro."

RAFAEL ALBERTI CESA (Caxias do Sul, RS)

 
 

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