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25/03/2010 - 02h30

Igreja, pedofilia, ayahuasca, etanol

da Folha Online

Igreja

"Ao observar a charge de Benett sobre os padres ( Opinião, 23/3), venho manifestar a minha insatisfação com o mau gosto do cartunista --e da Folha-- com esta imagem."

CLÁUDIO BEZERRA PRADELA (São Paulo, SP)

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Pedofilia

"O artigo 'Padres e pedófilos' ( Ilustrada, 23/3), subscrito pelo sr. João Pereira Coutinho, foi extremamente infeliz ao tentar fomentar um conflito entre as religiões católica e outras religiões, mormente a religião protestante, ao consignar primeiramente que 'na Alemanha protestante a expressão coloquial para designar a frequência de bordéis era 'agir como um bispo''. É totalmente infeliz querer generalizar toda a comunidade protestante na Alemanha com essa frase descabida. Os verdadeiros cristãos protestantes germânicos não cometem essa asneira.
O articulista também cita a posição defendida por Philip Jenkins, de haver crimes sexuais em outras denominações religiosas não celibatárias em idêntica proporção, sob o argumento de que 'o número de padres católicos incomparavelmente superior ao número de pastores de outras igrejas; e estando os crimes de pedofilia disseminados pela população adulta, será inevitável que exista um maior número de casos entre o clérigo católico'.
Sugiro ao articulista que apresente o número de casos de pedofilia das outras religiões e o número dessas ocorrências na Igreja Católica, mostrando, ainda, o número de adeptos de cada denominação ou religião --se é que existe tal pesquisa por parte de Jenkins. Se não existir, ele foi leviano ao fazer tal assertiva.
É bem possível que haja casos de pedofilia nas outras religiões, mas pretender igualar proporcionalmente com o número de casos ocorridos na Igreja Católica sem um levantamento sério, parece-me uma histeria contra as demais religiões não católicas, razão pela qual aguardo que sejam apresentados tais números para uma melhor avaliação sobre o assunto."

HENDERSON PETERS SANTOS SILVA (São Paulo, SP)

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"Ao ler o artigo de João Pereira Coutinho, deparei-me com o absurdo de ele ter comparado o que acontece entre a Igreja Católica e as demais denominações religiosas, demonstrando posição velada de apologia aos padres pedófilos. Cita, em defesa da sua tese, o escritor Philip Jenkins, com o qual também ouso discordar.
Não posso falar pelas outras denominações, mas pela Igreja Assembleia de Deus, da qual faço parte há 32 anos, nunca ouvi falar em pedofilia, até porque pastores e demais obreiros têm que ser obrigatoriamente casados, com suas famílias constituídas, esposa e filhos frequentes na igreja e conhecidos por todos.
Devido a extensão da igreja em todo o Brasil, ocorrem fatos longínquos e esporádicos de adultério. Porém, os impasses são solucionados dentro das nossas fronteiras, voltando os protagonistas ao 'status quo', isto é, perdem o seu ministério, voltando ao seu lugar de onde nunca deveriam ter saído.
Portanto, fica aqui o meu repúdio pelo imbróglio do colunista ao comparar o comportamento de pastores casados com o que fazem os padres solteiros."

SAMOEL LOURENÇO FERREIRA (Franca, SP)

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"Gostaria de compreender o eufemismo utilizado pela leitora Claudia Azevedo ('Anticatólico', 'Painel do Leitor', 24/3).
Em relação ao artigo de João Pereira Coutinho, questiono o que a leitora entende por 'escorregada sexual', já que se trata visivelmente do caso de estupro à uma criança inocente, cujos pais a enviaram a uma entidade religiosa em busca de princípios morais e éticos, que são quebrados abruptamente mediante tal crime. Saliento que esse fato não é exclusividade da Igreja Católica, mas recorrente a outras religiões e à sociedade como um todo. Não podemos ficar calados mediante tais acontecimentos.
Reivindicar, expor e denunciar são obrigações de uma sociedade que visa reduzir o número de incidentes, que só fazem traumatizar a vida de crianças indefesas."

LAILA DIAZ RAMOS (São Paulo, SP)

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Ayahuasca

"A abordagem feita a respeito do assunto pelo editorial 'Santo Daime' ( Opinião, 24/3) foi marcada pela prudência e pelo equilíbrio.
Realmente, não dá para desqualificar o trabalho social feito pelas igrejas que utilizam o chá da ayahuasca em seus cultos simplesmente pelo fato de duas pessoas terem sido assassinadas por alguém que frequentava uma delas, no caso, a criada por uma das vítimas, o cartunista Glauco.
O que deve ser discutido neste momento é a péssima assistência aos portadores de doenças mentais em nosso país. Como não conseguem tratamento com técnicos especializados, muitos portadores de tais patologias buscam ajuda em instituições de cunho religioso, sendo que em algumas vezes acontecem fatos como o relatado acima.
Seria bom que o jornal, que sempre se destacou por estar na vanguarda da luta por mudanças sociais, se colocasse à frente da luta por uma assistência adequada à saúde mental no âmbito do SUS. Como estamos em ano de eleições, quem sabe tal tema pudesse fazer parte das discussões entre os candidatos a cargos públicos.
O Brasil não vive só de planos econômicos e de obras superfaturadas. O Brasil morre cotidianamente pela omissão de seus governantes a respeito de assuntos como o que foi pautado pelo editorial da Folha."

JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

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Etanol

"O professor Carlos Henrique de Brito Cruz foi oportuno e preciso em sua avaliação sobre a sustentabilidade do etanol brasileiro ('Produtividade com sustentabilidade', 'Tendências/Debates', 24/3).
O etanol de segunda geração que está sendo cogitado, oriundo da celulose, será um avanço maior ainda nesse cenário favorável ao Brasil. Esquecem os antagonistas que não há mais gasolina pura no país --mesmo carros importados rodam com a blenda etanol-gasolina-- e que o uso do bagaço de cana para produzir o bioetanol propiciará aumento de produtividade muito superior a um eventual aumento da área de cana plantada. E isso tudo mantendo o equilíbrio da cogeração para produzir eletricidade e da água consumida no processo."

ADILSON ROBERTO GONÇALVES (Lorena, SP)

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Apoios

"O artigo de Mark Weisbrot ('Irã: Lula não deve ceder à pressão dos EUA', 'Tendências/Debates', 21/3) argumenta, de modo sensato e lúcido, a posição do presidente Lula em relação ao Irã, ao contrário do que vem ocorrendo com a imprensa brasileira.
Argumenta-se que o presidente Lula não deveria tê-lo recebido em nosso país, devido o regime repressivo adotado pelo Irã. No entanto, se aqui tivessem vindo o presidente do Egito e os príncipes da Arábia Saudita, provavelmente ele não seria criticado, pois os Estados Unidos apoiam esses regimes repressivos.
São dois pesos e duas medidas. Além do que, por enquanto, o Brasil ainda é um país soberano e não precisa se curvar diante de posições externas.
Em tempo, acho que a democracia ainda é o melhor regime de governo, ainda que frágil."

GENY KALIL SALLES (Barbacena, MG)

 
 

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