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11/10/2010 - 02h30

Eleições, urubus

DE SÃO PAULO

Eleições

Tive de ler duas vezes para ter certeza de que era verdadeira a informação de que o assessor especial para Assuntos Internacionais do governo, Marco Aurélio Garcia, torcia para que Evo Morales da Bolívia fosse o ganhador do Nobel da Paz. Não, não estava acreditando. Isso depois de ler outra excepcional coluna de Clóvis Rossi. Ele mais uma vez colocou em palavras sentimentos meus e de tanto brasileiros que se escandalizam há anos com os padrões do presidente Lula, que habituou o país a seus disparates. Neste caso, em vez das bobagens constrangedoras, o que se viu foi o silêncio covarde que aponta para a complacência de sempre com o desrespeito aos direitos humanos.

NINA DRAKE (São Paulo, SP)

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Falar sobre apoiar aborto numa campanha eleitoral no Brasil, um país de grande maioria religiosa, é de afundar qualquer candidato (Cotidiano, 10/10, Danuza Leão), por isso, no programa de Dilma, eles vão retirar esse tema. Isso faz parte da sociedade, mas não é crucial. Há outros temas de maior interesse para a sociedade, e que geralmente não se comentam nem discutem. Isso é um jogo dos marqueteiros para explorar assuntos que no momento não estão em pauta e desviar o foco da atenção da população.

ADALBERTO FERNANDO SANTOS (Taubaté, SP)

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Não tem como acreditar que seja "boato" e "calúnia" o PNDH-3, que Dilma assinou em 2010 e que reafirma a descriminalização do aborto.
Portanto, Frei Betto engana-se e confunde o leitor desavisado quando afirma que Dilma jamais contrariou o Evangelho e os princípios cristãos ("Tendências/Debates", ontem).

ANA C. N. SASAKI (São Paulo, SP)

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Por que será que frei Betto defende tanto Dilma?
Não é porque foi colega de infância que pode falar em nome dela. É preciso saber que as pessoas mudam. Ele próprio mudou em relação a seu amigo Lula. Por quê?
Se nós todos fossemos sempre do mesmo jeito, não poderíamos enxergar os erros e os acertos que encontramos durante a vida.
Portanto, o fato de Dilma ter sido criada em colégio católico não significa que ela vá ser sempre uma religiosa convicta. As atitudes dela agora são ridículas, pois já demonstrou claramente ser a favor do aborto e de "otras cositas mais". Todas as atitudes dela são de extrema arrogância.

CLEUSA HUGUENEY (Uberlândia, MG)

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Excelentes, esclarecedoras e, em grande medida, lastreadas em pesquisas os textos sobre aborto publicados ontem pela Folha. Permitimo-nos fazer um reparo ao brilhante artigo do jornalista Elio Gaspari, no qual ele refere que o Supremo Tribunal Federal estaria votando "o direito das mulheres de interromper a gravidez". Na verdade, tramita há mais de seis anos no STF a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 54 (ADPF 54) que permitiria, se votada favoravelmente, apenas a interrupção da gravidez se a mulher assim o desejar em casos de fetos portadores de anencefalia e portanto incompatíveis com a vida.

THOMAZ RAFAEL GOLLOP, professor livre-docente em genética médica pela USP (São Paulo, SP)

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Que "meiga" a crônica de Frei Betto de ontem. Quer dizer que "Dilma Roussef nunca falou, escreveu ou agiu contra o que prega o Evangelho e a fé cristã"? Então seria melhor santificá-la em vida, e Frei Betto poderia encaminhar o assunto ao Vaticano. O dominicano-petista também fala na "coerência das ações e na ética dos procedimentos políticos" de Dilma. Ora, permitir que, diante de seu nariz, no seu gabinete de chefe da Casa Civil, ocorressem os escândalos já fartamente divulgados é ser "ético" e "coerente"? Por fim, Frei Betto se vale do Evangelho para afirmar em favor de Dilma que "a árvore se conhece pelos frutos". Ainda bem que ele nos alertou: os frutos, quer dizer, os filhos de Erenice Guerra, primeira-amiga e fiel escudeira de Dilma, estão aí para nos dar uma ideia de como é a árvore.

EDGARD SOPARES (São Paulo, SP)

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Urubus

Para as pessoas que fazem tanto barulho por causa dos urubus protegidos e alimentados em uma das instalações da Bienal no parque Ibirapuera, eu recomendo uma visita a qualquer lixão no imenso território brasileiro para atestarem as condições de vida daqueles homens, mulheres e crianças que "disputam" com os urubus o alimento que é jogado no lixo.

HELVIO GONÇALVES (Taboão da Serra)

 
 

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