Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
13/10/2010 - 02h30

Eleições, São Vito, Nobel

DE SÃO PAULO

Eleições

Assisti ao debate e li na Folha a reportagem "Com trocas de acusações, Dilma e Serra travam duelo mais duro da campanha" .
Finalmente acabou o clima de "compadre e comadre" e o pseudorrespeito foi descortinado. Espero que nos próximos debates apresentem propostas, ideias e soluções!

MÁRCIO ALEXANDRE DA SILVA (Assis, SP)

*

A charge de 10/10 captura perfeitamente o momento bizarro pelo qual estamos passando. O Estado tem que se manter neutro em questões de fé, porque não foi para catequizar que o criamos; para isso já existem as igrejas. O governo impondo dogmas religiosos equivale a um engenheiro distribuindo receitas médicas. Não importa que a maioria da população anseie por isso; fato é que ele não tem nem preparo nem legitimidade para tal.

ALAN PIRES FERREIRA (Belo Horizonte, MG)

*

Certa feita, perguntaram a uma ex-colega de trabalho --filha da elite de um Estado do Nordeste-- como é que lidavam na sociedade local se a mocinha engravidasse indesejadamente. Sua resposta não deu margem a dúvidas: "Depende. Se o rapaz for de boa família, aí tem que casar! Se não for, então tira".
Parabéns a Vladimir Safatle por expor de forma brilhante a hipocrisia que ronda o tema do aborto no debate eleitoral, e o perigo subjacente que ameaça a verdadeira discussão desse e outros temas relevantes à cidadania.

JOSÉ MARCOS THALENBERG (São Paulo, SP)

*

Marina Silva demonstra que está, e com razão, deslumbrada pela expressiva votação que teve no primeiro turno. Todavia, há que ter muito cuidado ao anunciar seu apoio aos candidatos do segundo turno. Se ficar neutra ou apoiar José Serra creio que poderá fazê-lo com certa tranquilidade, pois certamente será bem compreendida por aqueles que nela votaram. Penso que se declarar apoio à candidata petista deixará claro que nunca saiu do PT, tampouco desligou-se do governo e que está com os pés fora, mas com o coração dentro dele, embora tenha sido preterida e exonerada pelo presidente Lula em detrimento da então chefe da Casa Civil, a ex-ministra Dilma Rousseff, quando as duas se digladiaram sobre o tema meio ambiente em relação a construção de usinas hidrelétricas e estradas na Amazônia.
Marina não pode titubear, sob pena de cair no ostracismo político depois de tantos sacrifícios para chegar onde chegou. Mesmo porque 2014 vem aí!

JOÃO CARLOS GONÇALVES PEREIRA (Lins, SP)

*

A polêmica sobre o aborto não tem pé nem cabeça. São milhares de crianças abandonadas pelas calçadas do Brasil e não há providências para salvá-las. Entretanto, discute-se o aborto como direito à vida.

CARLOS ALBERTO CARVALHO JÚNIOR (Brasília, DF)

*

O voto é o instrumento do cidadão para a escolha dos candidatos que poderão representá-lo nas respectivas instâncias do poder político. A conscientização do eleitor para este exercício é fundamental. Não se trata de uma aventura, um simples protesto, um jogo de interesses, uma banalização, uma mera competição. Especialmente para o cargo de presidente a situação requer um grau de responsabilidade elevado. Em se tratando do posto mais importante da nação, a escolha deve recair naquele que pretende governar o país com isenção de interesses particulares, pensando sempre no bem geral, visando atender as necessidades da sociedade brasileira como um todo. O governo deve ser exercido de maneira equilibrada, de forma a não desestabilizar o país e conduzir a um estado de luta de classes, animosidades, revoltas. É necessário ter competência e empenho a fim de manter a harmonia social e, consequentemente, poder cuidar adequadamente dos setores que dizem respeito às necessidades da população: saúde, segurança, educação, trabalho, assistência social, cultura, lazer, habitação, desenvolvimento humano, entre as demais áreas importantes para todos, a fim de possibilitar as condições primordiais aos legítimos interesses dos cidadãos.

ASCANIO LUIZ LOPES (Juiz de Fora, MG)

-

Frei Betto

Em relação ao artigo "Dilma e a fé cristã", é compreensível que Frei Betto faça apologia da fé cristã e defenda o que considera ser o posicionamento de sua candidata a presidente.
No entanto, é lamentável que, em seu texto, associe o ateísmo às práticas de tortura. Tal ideia serve apenas para disseminar o preconceito em relação a quem pensa de maneira diferente e a intolerância.

CARLA FAIMAN (São Paulo, SP)

-

São Vito

Oportuno e feliz análise de Gabriel Kogan ("A equivocada demolição do São Vito") sobre o infeliz ato da Prefeitura de São Paulo em demolir um daqueles dois imensos edifícios residenciais em meio de uma crise habitacional que existe na grande cidade, e por razões puramente estéticas. Que luxo. Um prédio ideal para aqueles que trabalham no Brás, na rua 25 de Março, no velho mercado, nas ruas do comércio ruralista, no centro.
A ausência de debate e indignação entre vereadores, engenheiros, urbanistas e imprensa diante de ato tão cruel do prefeito Kassab, que prejudica a população de baixa renda e sem oferecer boas alternativas, revela chocante insensibilidade. Isso é revitalização do centro? De forma predatória?

ALFREDO STERNHEIM (São Paulo, SP)

-

Nobel

Com a vitória de Vargas Llosa ao prêmio Nobel de Literatura, alguns leitores deste painel enviam cartas lamentando que continuam ainda sem atribuir o prêmio a algum brasileiro. Fiquei quase surpreso. Meu Deus, o nacionalismo cega! Isso de um lado. De outro lado, não se está supervalorizando esse prêmio? Será essa tão desejada distinção sinônimo de realmente boa literatura, de criatividade estilística, de criação do novo?

GUSTAVO ADOLFO RAMOS MELLO NETO (Maringá, PR)

-

Saúde

Faltam médicos, especialmente nos hospitais públicos. Em especialidades como pediatria, geriatria e ortopedia é difícil termos atendimento a população mais pobre. Assim, o Conselho Federal de Medicina, o MEC e o Ministério da Saúde precisam tomar medidas urgentes para incentivar e viabilizar a residência médica em nosso país.
Um médico residente ganha uma bolsa de apenas R$ 1.900 brutos para trabalhar 60, 80 horas por semana, além dos plantões noturnos. Em muitos hospitais públicos, quem oferece atendimento a população são esses abnegados médicos, que salvam vidas.
É necessária uma rígida fiscalização para evitar a sobrecarga de trabalho, além de melhor remuneração e condições de trabalho. As vagas para a residência médica são poucas, apesar de se pagar uma bolsa que é cerca de cinco vezes menor do que a remuneração de um médico generalista. Há que se pagar uma bolsa digna a esses médicos e aumentar o número de vagas nas residências médicas. Assim, com certeza, melhorará o atendimento médico a população, corrigindo essas injustiças.

MARIA ELAINE SANTOS (Brasília, DF)

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página