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30/10/2010 - 02h26

Lobato, eleições, poupança, aborto

DE SÃO PAULO

Lobato fora da escola

Como podemos culpar de atitudes racistas o escritor Monteiro Lobato simplesmente pela interpretação míope de alguns, que não conseguem enxergá-lo como um das figuras mais coerentes de sua época?
Sugiro a esses que leiam a biografia escrita por Francisco de Assis Barbosa sobre a vida de Lima Barreto, escritor negro, alcoólatra, louco e gênio, e que descubram por si mesmos de que, mais do que palavras, os atos que Lobato pôs em prática para ajudar o seu amigo (como assim o chamava), quando já se encontrava em plena decadência pelo vício e pelo desprezo das pessoas, demonstram exatamente o contrário dos que hoje pensam em colocá-lo na condição de réu.

CARLOS HENRIQUE MACIEL BARRETO (São Paulo, SP)

*

Proibir Monteiro Lobato? Proíbam também "Casa-Grande e Senzala" e por que não "Os Sertões"?
Talvez a "Divina Comédia" também deva ser banida, ou qualquer autor que tenha escrito segundo a época em que viveu. Depois disso, convoquem a inquisição e instaurem um regime talibã.

ADRIANA PETRELLA (São Paulo, SP)

*

O Conselho Nacional de Educação sugere que o livro "Caçadas de Pedrinho" não seja distribuído nas escolas sob acusação de racismo. E a igreja e os ambientalistas de plantão não se manifestarão também?
Creio que precisamos começar a preparar as fogueiras.

MARLI PEIXOTO FERNANDES (São Paulo, SP)

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Ficha Limpa

O TSE se pronunciou contrário ao conteúdo acusatório das campanhas eleitorais dos candidatos à Presidência e manifestou que interferirá para que a prática não tenha continuidade. Muito louvável a providência. Mas não seria o caso também, com maior prioridade, de impedir que o presidente da República utilize ocasiões oficiais e recursos públicos para promover a candidata do PT, bem como impor-lhe as sanções cabíveis pelas transgressões já perpetradas em todo o período eleitoral? Se trata de crime seríssimo contra a República!
Como exigir que os demais cidadãos sejam cumpridores das leis se o maior dignatário do país afronta a legislação impunemente?
Depois o Judiciário reclama que não é respeitado.

ROBERTO OLIVEIRA (São Paulo, SP)

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Eleições

Parabéns ao jornal Folha de S.Paulo pelo artigo "Estratégia republicana fracassa", de Mark Weisbrot, mostrando por que a estratégia do Serra foi que cavou sua própria cova.
O artigo mostra as razões da escolha por parte da maioria do eleitorado em Dilma nas eleições do dia 31. Esse artigo é realmente imperdível para todo leitor, independente de sua posição política, para que todos tenham uma melhor compreensão do momento político atual despido dos preconceitos.

CARLOS ROBERTO PENNA DIAS DOS SANTOS, historiador (Rio de Janeiro, RJ)

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Será que estamos todos errados e os intelectuais e artistas de renome estão certos? Fui petista de carteirinha tantos anos e quase morri de infarto depois do mensalão. Graças a Deus saí do hospital viva, sem sequelas e hoje, além de decepção, bate-me uma desesperança! Assim como os assinantes do Manifesto pela Democracia, também intelectuais e sérios em suas convicções democráticas, temo por nossas instituições com o que se nos apresenta. Dilma é mais lulismo e uso da máquina, além de tentativa de restaurar a ditadura atrás de uma pseudodemocracia. O que fazer?

VANILDA SOUZA (Piracicaba, SP)

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Esta foi a campanha mais indigente que acompanhei ao longo dos meus 74 anos. Nenhum dos candidatos tem "persona" própria. Dilma é a Pitta do Lula; Serra é apenas a opção dos anti-Dilma.
Não se fazem mais políticos no Brasil.

THOMAS HAHN (Cotia, SP)

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A proposta de aumento do salário mínimo para R$ 600 do presidenciável José Serra representa um aumento de 20%, ou seja, bem superior à inflação e crescimento do PIB, onde creio que trará diversos impactos negativos à economia, dentre eles o retorno significativo da inflação, pois os empresários repassarão esse aumento aos produtos e serviços e, com o aumento da inflação, haverá um aumento significativo das taxas de juros.

JOSUÉ KAZUO NISHIMURA (Campo Grande, MS)

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Poupança

Comovente como o Supremo Tribunal Federal, sem mais delongas e sem tergiversar, se "sensibilizou" pelos bancos sobre as perdas da poupança com os planos econômicos do governo.
Dá vontade de chorar.

ELIA ALVES (Varginha, MG)

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Aborto

Interessante a reportagem "Feministas dão aval a recuo de Dilma sobre aborto" Mas o título foi apelativo, como se o jornal transparecesse ali um desejo escondido de que o feminismo de fato recuasse em sua luta pela legalização do aborto no Brasil. Impossível! Seria assassinar o próprio feminismo.
Lendo a reportagem, vemos que não é bem este o conteúdo dos diversos depoimentos de feministas. Com posturas independentes frente às candidaturas, uma coisa é certa: todas as feministas concordam que o uso que foi feito da questão do aborto nesta campanha eleitoral foi de enorme perda para o debate aberto, diverso, laico e no marco dos direitos reprodutivos e da democracia, de que o Brasil tanto precisa e o tema merece.

ANGELA FREITAS (Rio de Janeiro, RJ)

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Educação

No artigo "Falsidades federais", Paulo Renato, ex-ministro da Educação do governo FHC (1995-2002), faz alusão a dados que, a priori, devem ser melhor avaliados.
Contudo, omite, e espertamente, que no mesmo período minguaram-se as contratações de professores para as universidades federais, acumulando-se um deficit histórico de quase 6.000 professores, entre aposentados, falecimentos e desligamentos.
O texto tem em foco o aumento de matrículas e o aumento do número de formandos, omitindo o número de contratações para reposição do quadro docente, porque ele foi irrisório diante das reais necessidades do período e ainda é reduzido face aos objetivos a atender.
Nesses oito anos de FHC, os professores (mestres e doutores) receberam de aumento a quantia de R$ 500, através de uma GED (Gratificação de Estímulo à Docência). E mais nada.

FERNANDO PACHECO CORTEZ, Departamento de Ciências Administrativas e Contábeis --Decad (São João Del Rey, MG)

 
 

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