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Democracia, Obama no Brasil, Japão, Barros Munhoz e lição de casa
DE SÃO PAULO
Democracia
Concordo com Clóvis Rossi (Opinião, 17/3) no sentido de que o mundo ocidental, e mesmo as potências democráticas europeias, estão coniventes com a situação em que se encontram os países árabes com levantes clamando por democracia. Acredito, porém, que um mundo que assistiu ao enforcamento de Saddam Hussein e à invasão do Afeganistão pela maior democracia do mundo pode aceitar passivamente a inatividade dos países democráticos frente ao perjúrio dos rebeldes árabes que levaram tantos anos para acordar e, quando o fazem, ganham de apoio alguns dias de mídia mundial... apenas.
ANDRÉA A. ROMANO DE SOUZA (São João da Boa Vista, SP)
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Obama no Brasil
Por que o leitor Carlos Brisola Marcondes ("Painel do Leitor", 17/3) acha que é histórica a visita de Barack Obama ao Brasil? Só para desqualificar os EUA escrevendo que é "uma potência em decadência"? Tomara, sr. Marcondes, o Brasil fosse decadente como os EUA.
AGNES ECKERMANN (Porto Feliz, SP)
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Discordo do leitor Carlos Brisola Marcondes ("Painel do Leitor", 17/3), que refuta com deselegância a carta da leitora Maria Cristina Rocha Azevedo ("Painel do Leitor", 16/3) quando ela afirma que a visita de Obama ao Brasil não é histórica.
O argumento dado por ele, de que é a primeira vez que o presidente de uma potência em decadência visita o Brasil, revela a cor de sua ideologia baseada no "quanto pior para o oponente, melhor" e o prazer indizível de achar que os EUA "já eram". Vale lembrar que os EUA ainda são a nação mais rica do planeta.
MARA MONTEZUMA ASSAF (São Paulo, SP)
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Japão
Não tinha reparado que a Folha tem um caricaturista talentoso como o jovem João Montanaro (Ilustrada, 17/3). Não vejo em sua charge fazendo a onda de Hokusai ser um tsunami nenhum desrespeito ao povo japonês. E quero cumprimentá-lo pela qualidade de sua arte e da reflexão nela implícita.
RENATO JANINE RIBEIRO, professor de filosofia na USP (São Paulo, SP)
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Alguns pilotos japoneses que estão lançando água nos reatores nucleares se expõem além do limite. Técnicos dizem que os ventos podem levar a radiação em direção a Tóquio, que tem 39 milhões de habitantes. O povo teria que debandar em massa.
Torço para que tudo corra da melhor forma possível. O Japão precisa pedir socorro ao mundo e admitir que está em sérios apuros.
JAIME PEREIRA DA SILVA (São Paulo, SP)
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Achei extremamente infeliz o comentário do ministro do Trabalho, Carlos Lupi (Mundo, 16/3), dizendo que "o Brasil vai acabar, apesar de não desejarmos essa tragédia para ninguém, não tendo prejuízo, até ganhando com isso". Apesar da ressalva, penso que esse é um momento doloroso para todo "mundo", e quando digo mundo, me refiro a todos os que habitam esse planeta, independentemente de suas nacionalidades.
É claro que especialistas disso e daquilo, munidos de estudos acadêmicos, não veem tragédias --quaisquer que sejam-- por esse prisma, mas sinceramente, penso ser esse um momento de tanta dor que é impossível pensar em "lucro". Aqueles que têm alguma sensibilidade estão petrificados --e eu estou-- com as notícias que não param de nos alarmar em relação agora, principalmente, ao perigo da radiação (afinal, quem vai deter o vento que pode espalhar partículas radioativas por todo o planeta?).
O que está acontecendo no Japão afeta a todos nós. Esse papo de que estamos "a salvo" ou de que nossa economia está tão "bem" que nada nos afetará e que gera comentários infelizes como o do ministro é simplesmente revoltante.
ANA CLAUDIA VARGAS (Osasco, SP)
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Barros Munhoz
É deplorável que deputados paulistas, na defesa de interesses nada republicanos, elejam um candidato como Barros Munhoz para presidir a Assembleia Legislativa (Poder, 16/3). Como é que o PSDB e os governistas tiveram coragem de indicar um candidato envolto em suspeita de fraude em licitação e apropriação de dinheiro público? E o PT e os oposicionistas? Qual a justificativa para apoiar essa barbaridade?
Também chama atenção nesse episódio o silêncio dos conselheiros do TCE [Tribunal de Contas do Estado] que aprovaram contratos e pagamentos irregulares e recusam-se a prestar contas ao distinto público que paga seus salários.
Parabéns à Folha, que continua firme na apuração de mais esse lamentável caso.
MÁRCIA MEIRELES (São Paulo, SP)
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Lição de casa
Observar que algumas escolas públicas (municipais ou estaduais) não utilizam a lição de casa como um método de aprendizagem (Cotidiano, 17/3) não me causa espanto.
A lição de casa é tão importante quanto uma aula. É o momento do aluno rever, fixar e olhar sob outro ângulo aquilo que foi discutido em aula. É também um raro momento, atualmente, em que pais e filhos podem sentar-se juntos, pois cabem a eles auxiliar e, até mesmo, direcionar as lições de casa dos filhos.
FERNANDO ANTÔNIO MAGRI JUNIOR (Americana, SP)
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Natureza
A mente humana foi capaz de criar coisas inacreditáveis, viajar além da atmosfera e desafiar o impossível. Infelizmente, ainda não aprendemos a viver como irmãos. Existem tantas desigualdades, tanta falta de amor, de convivência. Estamos perdendo o nosso planeta. Em quanto tempo conseguiremos destruir a Terra? A natureza já responde.
MATHEUS APARECIDO GONÇALVES (Paraguaçu, MG)
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