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25/08/2012 - 00h42

Projeto de reformulação do ensino médio melhorará o nível da educação?

DE SÃO PAULO

O Ministério da Educação está preparando um novo currículo do ensino médio em que as atuais 13 disciplinas devem ser distribuídas em apenas quatro áreas (ciências humanas, ciências da natureza, linguagem e matemática).

Em vez de aulas específicas de biologia, física e química, as escolas passarão a ter atividades que integrem estes conteúdos (em ciências da natureza). Antes de ser aplicada, a reforma ainda deve passar pelo Conselho Nacional de Educação.

Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os alunos passarão a receber os conteúdos de forma mais integrada, o que facilitaria a compreensão do que é ensinado. Para alguns educadores, a mudança é boa, mas difícil de aplicar.

Projeto de reformulação do ensino médio melhorará o nível da educação?

SIM

Sou pedagoga e durante minhas viagens ao exterior tive a curiosidade de investigar o currículo do ensino médio em países com bons indicadores na educação. Quando você compara, começa a se perguntar de onde saiu a grade curricular das escolas brasileiras. Já sabia, por experiência própria, que ensinar análise sintática e morfológica, assim como equação de segundo grau para alunos de 12 anos era uma absoluta perda de tempo, já que você decora sem encontrar relação com a realidade, o que faz disso um conhecimento inútil. Mas foi observando a educação que produz resultados que percebi ser inútil investir recursos ou qualquer iniciativa quando temos um currículo burro. Um professor americano, amigo meu, observou que muito do que temos aqui no ensino médio, só é aplicado aos alunos no ensino superior em outros países. Com a vontade de fazermos um ensino forte, fizemos um ensino inútil. A mudança no currículo é o primeiro passo para que a escola tenha ressonância com o mundo real e o desperdício de tempo permaneça como a tônica da educação brasileira.

Míriam Moraes (Goiânia, GO)

NÃO

As políticas públicas que tratam da educação continuam a seguir caminhos incertos. Muito embora haja a necessidade de uma mudança do conteúdo do ensino médio, não é este o problema que caracteriza a péssima qualidade obtida pelos Estudantes brasileiros. Antes, precisamos entender que não se trata apenas da má qualificação dos professores, ou de sua baixa remuneração, mas sim de um problema social, onde houve uma distorção do conceito de escola ao longo dos tempos. Atualmente, as escolas servem como um alívio para os pais, que podem passar a metade do dia sem se importar com seus filhos, e, para estes, serve como prisão, onde são obrigados a passar a metade do dia num lugar em que nada os agrada. Não adianta mudar a grade curricular sem mudar o pensamento das pessoas envolvidas. Os alunos não deixam de aprender por causa da matéria A ou B. Enquanto não observarmos que a desmotivação parte de uma repulsa pelo aprendizado, continuaremos a obter os péssimos índices na qualidade da educação. Só o envolvimento dos pais, da sociedade, e dos próprios alunos, pode mudar esse cenário.

Tobias Astoni Sena (Brasília, DF)

HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO

Infelizmente, a nossa Constituição Federal menciona muitos deveres e direitos determinados aos cidadãos brasileiros que não são cumpridos. De fato, não somos todos iguais perante a lei. Os detentores do poder constituído ou econômico são mais iguais que os cidadãos produtivos do país.

Moacyr Lopes Junior-25.ago.2012/Folhapress
O candidato a prefeitura de Sao Paulo, Celso Russomanno (PP) durante Sabatina da *Folha*
O candidato a prefeitura de Sao Paulo, Celso Russomanno (PP) durante Sabatina da Folha

Vejam a entrada do horário eleitoral gratuito. Nele os candidatos têm esse horário pago por todos os trabalhadores para falar o que lhes interessa, seja verdade ou mentira. Por que nós brasileiros não temos também o mesmo tempo disponível para apresentar nossas sugestões ou desmentidos? É injusto esse diálogo de uma só voz. Enquanto um lado fala, o outro não tem chance de contestar ou se defender.

Benone Augusto De Paiva (São Paulo, SP)

GREVE NO ENSINO

Sou estudante do curso de direito da Universidade Federal do Amapá e, quando a greve das federais teve início, em 17 de maio, eu cursava o primeiro semestre da faculdade. Até então, quando algumas paralisações ocorriam, eu não via naquilo nada muito significativo, até o dia em que um dos líderes grevistas explicou em sala o motivo, mais do que justo, para o início da greve, que teve indicativos um ano antes. Por esse motivo, fico triste quando vejo relatos como o de uma leitora que considera a greve "nada mais do que um custo oneroso à sociedade". É caro, mas acima de tudo, é justo! É o futuro da sociedade, como o clichê já diz, mas acima de tudo, a cura para ignorância que atinge tantas pessoas, inclusive essas que conseguem desprezar o valor de um professor.

Giuliana Martins Ramos (Macapá, AP)

MENSALÃO

Num país em que um advogado faz declaração garantindo que os condenados não serão levados ao presídio neste ano de 2012 (algo absolutamente absurdo, sem precedentes em nenhum país do mundo e no tempo), em que o STF se cala diante dessa declaração, onde um réu do quilate de João Paulo Cunha é absolvido, o que se pode esperar? Somente a incoerência como normalidade. O que fugir a isso, sim, é uma completa injustiça. Quantos mais ministros estão vendidos para o PT? Só gostaria de saber o que iria acontecer comigo se eu também resolvesse assaltar o Banco do Brasil agora.

Eduardo Mendonça de Lima (São Leopoldo, RS)

 

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