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Governador do DF se diz vítima de 'armação criminosa'
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BRENO COSTA
FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), voltou a se dizer vítima de uma "armação criminosa", mas não explicou a razão de ter liberado, em 2008, um certificado para a farmacêutica União Química no mesmo dia em que recebeu um depósito de R$ 5.000 do lobista Daniel Almeida Tavares, que trabalhava na empresa.
Há duas semanas, Daniel Tavares entregou documentos à deputada distrital Celina Leão (PSD) que comprometeriam Agnelo. Entre eles, estava o extrato bancário que comprova o depósito efetuado por ele na conta-corrente de Agnelo Queiroz, que ocupava, na época, o cargo de diretor da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Agnelo diz se tratar do pagamento de um empréstimo acordado verbalmente.
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O certificado assinado em 25 de janeiro de 2008 permitia à União Química participar de licitações e registrar novos medicamentos. O documento foi assinado diretamente por Agnelo. A empresa doou R$ 200 mil para a campanha do petista ao governo do DF, no ano passado.
"Procure informação, meu querido", disse Agnelo à Folha. "A pessoa que fala um negócio desse é que não conhece nada o que é um certificado lá. Procurem lá uma pessoa para dar informação, tenham responsabilidade."
Ontem, a Folha fez esse mesmo questionamento oficialmente à assessoria do governador, mas não obteve resposta.
O governador também negou que tivesse dito à revista "Veja", em julho, que conhecia Daniel Tavares apenas de reuniões oficiais. Hoje, ao sair de cerimônia de lançamento de programas de saúde pelo governo federal no Palácio do Planalto, Agnelo disse que Tavares "era uma pessoa amiga minha, militante há anos".
"O que está acontecendo é uma armação, estou sendo denunciado por uma organização criminosa que dominou Brasília, e que continua espalhando dossiês, pagando testemunhas, e é isso que está acontecendo aqui", disse Agnelo, referindo-se a um "grupo que quer voltar ao poder".
O governador sugeriu que eventuais gravações que envolvam o nome dele seriam "montagens", e pediu "atenção e responsabilidade" à imprensa.
Agnelo foi eleito como renovação no Distrito Federal após a renúncia do ex-governador José Roberto Arruda, à época no DEM, acusado de comandar um esquema de distribuição de propinas.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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