Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
10/11/2011 - 12h48

Irritado, Lupi rebate críticas a Lula e diz adorar o ex-presidente

Publicidade

ANDRÉIA SADI
DE BRASÍLIA

Bastante exaltado, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, rebateu nesta quinta-feira (10) as críticas da oposição de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria doado para os partidos aliados os ministérios do governo durante a sua gestão.

"Eu adoro o Lula e o povo brasileiro também. [..] Eu tenho muito orgulho de ter sido ministro de Lula e agora da presidente Dilma", disse Lupi durante participação na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara, onde esclarece denúncias contra sua pasta.

Em sessão na Câmara, Lupi critica imprensa e diz amar Dilma
Ministro do Trabalho se retrata após bronca de Dilma
Líder do governo diz que houve 'excesso de verbalização' de Lupi
Senador do PSDB pede em plenário que Dilma demita Lupi
Lupi diz que denúncias 'vazias e irresponsáveis' estão superadas

O líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP), atribuiu os bons números de crescimento de emprego no país ao Plano Real. Lupi se irritou, elogiou Lula e disse ao tucano que seu discurso foi de "ódio".

"Vou relevar isso, porque a situação que se encontra seu ministério é muito delicada", disse Nogueira.

Mais cedo, Lupi pediu desculpas públicas por ter declarado que só sairia do ministério "abatido a bala" e disse amar a presidente Dilma Rousseff. "Presidente Dilma, desculpe se fui agressivo, não foi minha intenção: eu te amo."

O ministro afirmou que desde que assumiu o ministério, em 2007, querem tirá-lo do cargo. "São 200 dando tiros na gente, falei nesse sentido. Posso ser tudo menos uma pessoa deselegante, despreparada. Peço desculpas públicas. Desde que entrei no ministério tem gente querendo me derrubar. Tem até bolsa de aposta."

Os próprios pedetistas consideraram a fala exagerada e divulgaram uma nota para minimizar as declarações. "Não foram de ameaça à presidente Dilma Rousseff ou a quem quer que seja, mas sim um desafio aos acusadores anônimos."

Ontem, os líderes Acir Gurgacz (Senado) e Giovanni Queiroz (Câmara) enquadraram novamente o deputado Reguffe (PDT) por pedir o afastamento de Lupi até que as investigações fossem concluídas.

Apesar disso, Lupi enfrentou ataques de integrantes antigos da legenda. Ex-deputado estadual pelo PDT e um dos fundadores da legenda, Fernando Bandeira se reuniu com outros colegas para pedir investigação no Trabalho.

"Esse apoio é provisório [da bancada]. Esperamos que Lupi saia do Trabalho e da direção do partido", disse. Eles encaminharam à PGR (Procuradoria-Geral da República) e à CGU (Controladoria-Geral da União) pedidos de investigação.

Gustavo Lima/Agência Câmara
Ministro Carlos Lupi fala em comissão na Câmara
Ministro Carlos Lupi fala em comissão na Câmara

IMPRENSA

Lupi também aproveitou a presença na comissão para criticar a imprensa.

"A bolsa de apostas da mídia é para saber quem é o próximo[ ministro a cair]. Quando começa a atirar no soldado é para atingir o general."

O ministro comparou a crise que vive a um "tribunal de inquisição".

"Que que é isso, Jesus? Busquem as provas pelo amor de Deus. Eu não compactuo com corrupção. Quero os dois na cadeia: se alguém fez algo no ministério do Trabalho foi individual."

Reportagem da revista "Veja" desta semana afirma que três servidores e ex-servidores do Ministério do Trabalho estavam envolvidos num esquema de cobrança de propinas que revertia recursos para o caixa do PDT, partido de Lupi, que está afastado temporariamente da presidência da sigla por ser ministro.

Um dos assessores citados na reportagem, Anderson dos Santos, foi afastado do cargo no último sábado.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página