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1º dia de campanha de plebiscito no Pará tem jingle e apelo econômico
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AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM
Enquanto a campanha contra a divisão do Pará abusou de jingles, os defensores dos novos Estados apelaram para estimativas econômicas no primeiro dia de horário eleitoral gratuito na TV e no rádio.
O principal argumento usado contra a divisão é que o Pará remanescente perderia 87% dos rios e florestas e 85% das riquezas minerais.
"Com pouca terra e nenhum recurso, o Pará não teria como gerar emprego e atender cerca de 5 milhões de pessoas, que é a população que restaria ao Estado", disse um narrador, enquanto eram exibidas imagens das florestas e de rebanhos bovinos do Estado.
O Pará tem 7,5 milhões de habitantes e 4,6 milhões de eleitores.
O ritmo predominante na propaganda foi o do technobrega, com a participação de artistas locais como Edilson Moreno e Gang do Batidão.
No dia 11 de dezembro, um plebiscito no Pará perguntará aos eleitores se querem que o Estado se divida e dê origem a mais outros dois: Carajás (região sul) e Tapajós (região oeste).
A campanha a favor da divisão argumentou que o atual governo não tem recursos para resolver os problemas do Pará, o que seria resolvido pela criação dos dois novos Estados.
Ao fundo, imagens da periferia de Belém ilustravam dados apresentados durante o programa sobre a pobreza da população paraense.
Dirigindo-se diretamente ao eleitor de Belém, a propaganda apresentou estimativas econômicas mostrando que cresceria a arrecadação do Pará caso fosse aprovada a divisão.
"Belém, não feche os olhos, o futuro desse povo esta nas suas mãos", entoou um jingle ao ritmo sertanejo.
O trecho do Pará que permaneceria inalterado com a divisão concentra a maioria dos eleitores. Por isso, é estratégico o convencimento deles para uma vitória nas urnas.
A propaganda pela divisão é comandada pelo marqueteiro Duda Mendonça. O grupo contrário é coordenado pelo marqueteiro paraense Orly Bezerra.
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