Jader Barbalho é recebido com festa em aeroporto de Belém

O senador Jader Barbalho (PMDB-PA) afirmou nesta quinta-feira (15) que "pressão faz parte da sociedade democrática", ao ser recebido com festa no aeroporto de Belém.

Ontem, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que ele assumisse o cargo de senador, para o qual havia sido eleito e que não tinha assumido ainda por ter sido barrado pela Lei da Ficha Limpa.

Jader defendeu a atuação de seu partido, que se reuniu anteontem com o presidente do STF, Cezar Peluso. "É um dever de qualquer agremiação política defender perante o Judiciário a aplicação da lei", afirmou em entrevista no aeroporto.

O senador ressaltou que o próprio STF já havia considerado que a Lei da Ficha Limpa não valeria para 2010, motivo pelo qual, em sua avaliação, sua posse no Senado já deveria ter sido liberada.

"Quem pressionou o ministro Peluso não foi o PMDB, foi a decisão do próprio STF em março que entendeu que a lei não valia para 2010. Da mesma forma o PSDB foi ao STF para cobrar agilidade no processo do governador Cássio Cunha Lima [da Paraíba]", disse.

Sobre as cartas que enviou à casa dos ministros do STF, o que foi considerado pelo relator Joaquim Barbosa uma forma de pressão, Jader Barbalho afirmou que houve um "mal-entendido". "Cartas qualquer homem público deve recebê-las. As cartas que escrevi aos ministros do Supremo foram as mais respeitosas possíveis", disse.

Ele foi recebido por cerca de 200 pessoas que carregavam bandeiras com seu nome, um carro de som e uma escola de samba do município de Ananindeua (região metropolitana de Belém). No total, 5.000 bandeiras foram levadas pelo PMDB ao aeroporto.

Todos se amontoaram na saída do desembarque. Jader sairá em carreata pela cidade até a sede do PMDB, no centro.